SIMCA

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gtx gtx
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Re: Venda e Compra de Simcas

falei nestes dias com o camarada que comprou a melhor coleção de simca vedette/chambord do mundo, a do rubem hay.
confirmou, logo transmitiu  quase todos a um neo colecionador belorizontino que se mantém - assim como a coleção - no anonimato. faz uma supressão social. arrisca-se, pela nova legislação cultural/estatuto dos museus, a te-los desapropriados parar ser expostos a público.
do amplo rol reteve duas, rallye e gtx.
Leon Leon
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
Confrades, li uma matéria sobre o Esplanada no bom sítio OficinaBrasil:
http://www.oficinabrasil.com.br/fundo-do-bau/3620-adotado-pela-chrysler-o-esplanada-foi-o-ultimo-modelo-a-carregar-a-alma-simca-no-brasil

Interessantes as fotos do belo Esplanada - que não está no SIMCAdastro - inclusive com um emblema do "Carro do Brasil" (foto 7)...
gtx gtx
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Re: SIMCA

pequenas imprecisões no texto, como a data de assunção da simca pela chrysler - em fev67 -, mas de bom conteúdo. pensei que o automóvel poderia ser brasiliense. ampliei a foto e dei de cara com esta rede de fios suspensos, desconhecidos na capital federal. a plaqueta não contém indicação de ano, não sendo, por ausência, participante do "carro do brasil", mas o modelo que contém a frase "orgulho e paixão".
talvez os editores consigam oferecer o número do chassi. ou o nosso super despachante que anda desaparecido, eis que a barata é licenciada em sp.
rusiq rusiq
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Re: SIMCA

gtx - 13 de abril de 2009 - 22:38
esta unidade é o exemplo da competencia antigomobilistica. o goico comprou-a num estado em que ei, você, nós, acharíamos quase perfeito, dando um trato superficial.
pois ele partiu para a testosterona e refez o carro. e foi uma pena não ter estado em araxá ano passado. não apareceu por prosaico motivo: demorou a reservar hotel e, quando foi faze-lo, não havia acomodação em lugar nenhum.
guinle, peça ao goico a foto da época da compra para que nossa turma entenda o que digo.



GTX, depois de 2009 o Carlos Goicocheia esteve, com sua Simca, em Araxá?
A foto que você sugeriu que fosse pedida, jamais foi aqui postada, mas isso você pode pedir pessoalmente, pois o Carlos Goicocheia é membro (não atuante) deste fórum, e este é o seu e-mail:
carlosgoicocheia@terra.com.br

SIMCA TEMPESTADE
gtx gtx
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Re: SIMCA

este endereço não mais existe. consultarei antigomobilistas de vitória. lá, aliás, desfila um esplanada 69 com kit gtx, carro intocado, sem restauração.
Leon Leon
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Re: SIMCA

Sobre o Esplanada '69 (ESP0069), sem a ajuda do "despachante milagroso" mas com a ajuda das fotos, pude ver que sua série é E63542. Já está anotado para a próxima revisão do SIMCAdastro. Pena que ainda não saibamos quem é seu proprietário.

Sobre o Chambord '66 (GMR1966, C46902), não está mais registrado em Vitória mas noutra cidade capixaba, Aracruz. Pelo que pude depreender das pesquisas que fiz, o Goico estabeleceu-se nessa nova cidade, trabalhando em http://metacs.com.br/
gtx gtx
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Re: SIMCA

o goico trabalhava na aracruz celulose, que batiza a cidade - e estraga o estado colocando abaixo a mata atlântica, substituindo-a por madeira para fazer papel.
pode ser tenha se transferido.
rusiq rusiq
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Re: SIMCA

Meta Central de Serviços – LTDA
Rua Perobas, 266 – Bairro Coqueiral
Aracruz – ES – CEP 29199-117
Tel.: +55 27 3250-1396 – Fax: +55 27 3250-1461
meta@metacs.com.br
Carlos Jones Goicocheia – Diretor Presidente

SIMCA TEMPESTADE
gtx gtx
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Re: SIMCA

o sizenando, capixaba de qualidade, forneceu-me o numero. falamos longamente, mandará as fotos do antes e depois
alemao1 alemao1
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Re: SIMCA

Esta é a loja certa para comprarmos um usado .......




juka juka
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por gtx
Se não me engano a ESP0069 é ou era de José Edaes
gtx gtx
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Re: SIMCA

josé edaes não é médico paulistano ?
juka juka
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Re: SIMCA

Não tenho certeza, mas acho que é esse mesmo
rusiq rusiq
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por gtx
gtx - Postado em 08/07/2014 12:30:00

Há 60 anos a Simca comprava a Ford francesa

O 4 de julho, universalmente saudado como a data de Independência e formação dos Estados Unidos da América, na indústria do automóvel tem registro próprio. À Ford, assinala o dia de deixar a atividade industrial na França e se afastar da negra nuvem da estatização. Para a Simca, francesa com base Fiat, ocasião de enorme salto. Fundada em 1935, na véspera era a 5a maior do país, e nas comemorações da Independência dos EUA, em 1954, por negociação com a Ford, assumira a segunda posição.
Na história do automóvel no Brasil, o negócio entre Ford e Simca há sessenta anos, tem muito relevo. Ano e meio após a Simca decidiu instalar-se em nosso país, e trazer o produto recebido na negociação. No processo de implantação estabeleceu recorde até hoje não bem entendido: noventa dias entre decidir, individualizar máquinas e logística de transferência, selecionar pessoal com facilidade de trato, transportar entre Poissy e São Bernardo do Campo, individualizar, negociar, locar, preparar o espaço e compatibilizar equipamentos, entre os seus e os da antiga montadora de automóveis Nash e Fiat, tirar a primeira unidade da linha de produção. Um feito. Outros praticaria.


O logo da Simca no Brasil adotou o verde e amarelo

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Olhando para trás
A II Guerra Mundial deixou como resultado enorme mudança de comportamento, novas geografias, vontades, exigências, conceitos. Nos automóveis, dinamizou a quantidade em relação à qualidade, liquidou muitas marcas, e até os construtores de refinadas carrocerias especiais. No cenário, como líder dos vencedores, os norte-americanos fidelizaram em consumo sobre os países perdedores, os com moeda fraca, ou em busca de ascensão econômica, disseminando e impondo padrões de moda, consumo, cultura, moeda, produtos úteis e inúteis e, naturalmente, automóveis exitosos ou não.
Em tal cenário com amplas mudanças econômicas e de comportamento, a Ford projetou, clientes exigiriam veículos superiores aos dirigidos antes do conflito. Assim, decidiu elevar o nível de sua marca Mercury, dando-lhe característica – ante os conceitos estadunidenses – de luxo com esportividade. E, para não aumentar a distância de preços entre os Mercury e os básicos Ford, implementou-os. E criou carro menor, para ser o degrau de entrada no mercado. A grosso modo, um mini-Ford.
Em estilo um ganho, ao lembrar um Mercury ’49 em escala. Mecânica tradicional, motor dianteiro, tração traseira. No Brasil o motor era conhecido como Ford 60, indicando a limitada potência do V8, de 2.200 cm3, tracionando versão standard dos Ford de 1937 a 1940.
Porém, às beiradas do lançamento constatou, na prática a teoria era outra. Os estadunidenses queriam tamanho, grandes motores, cromados - demonstrar sobre rodas a aura da superioridade bélica e econômica dos USA. Carro popular podia ser boa ideia – mas não para os USA daquele momento. Em carro pequeno, apenas a Crosley conseguiu sucesso de nicho.
A Ford abortou o processo, empacotou o emergente problema; o projeto do novo automóvel pequeno, inviável pré-lançamento, com o motor de baixa cilindrada, válvulas no bloco, herdado ao inglês Ford Pilot, despachou-o para a França. A compatível combinação foi a família Vedette/Vendôme.


O conteúdo do pacote exportado, Vedette e Vendôme.

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Hora de mudar
Sempre fundada na internacionalização, a Ford estava em França desde 1916, e no pós conflito discutindo judicialmente com o antigo sócio. Produzia carrinho sem maior expressão, o Matford, a grosso modo um Ford 1937 em escala reduzida. Ao contrário da matriz, operações na Inglaterra e na Alemanha, a Ford SAF dava enormes prejuízos. Tantos, era gerida por representante dos bancos credores


Matford

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Henry Ford II é visto o sucessor do avô em soluções, visão, agilidade – e rompantes. Educado, dedicava atenção à Europa, história, tecnologias, absorvidas em cíclicas temporadas na Provence francesa. Numa destas férias ouviu volumosas más referências aos carros e à operação da Ford SAF, endividada, no vermelho, gerida por banqueiros credores. Pós férias, reuniu-se com eles.
O encontro foi antológico choque de culturas.
Nele, por cautela, como ocorrem em negócios envolvendo entendimentos em mais de uma linguagem, tradutor juramentado atuava no afastar dúvidas. Vertia ao francês todas as afirmativas do lado norte-americano, liderado por Ford II. E traduzia para o clã Ford, em inglês, todas as colocações dos banqueiros franceses.
Quase tudo, exceto os comentários, as piadinhas, as críticas irônicas, sobre o herdeiro alto, gordinho, recém assumira a empresa do avô, já se metia a palpitar em finanças, e de ousar indagar do porquê dos prejuízos sob  comando de um honorável representante do sistema bancário francês.
As brincadeirinhas de mau gosto acabaram quando Ford II dirigiu-se aos franceses, em francês, e pediu compostura e respeito. Do susto, do incômodo e da saia justa, conseguiu re negociações com prazos maiores e juros menores.


Henry Ford II

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Mandou mudar tudo. No lugar do banqueiro entronizou Walter Mc Key, conhecido cortador de custos, ajustou planos, autorizou investimentos, reformou a fábrica de Poissy, e em 1953 a empresa cresceu e deu lucro com o novo Ford, o Vedette.
Quando se esperava tranquila expansão industrial, três fatores se trançaram contra o futuro da Ford SAF: a eleição de Vincent Auriol a primeiro ministro, trazendo o socialismo ao poder, e junto o temor da estatização; a certeza da desnecessidade de a Ford operar na França - mais barato importar e distribuir os carros feitos na Inglaterra e na Alemanha; e a demanda por grandes investimentos domésticos na concentrada briga por sobrevivência em seu quintal.
Ford II, prensado pelo receio da estatização, mandou vender a operação francesa; e aglutinar recursos para a matriz.
O maior mercado do mundo, após suprir a demanda reprimida pela suspensão da produção de automóveis durante a II Guerra Mundial, experimentava aura de poder e prosperidade, consumindo quantidades e volumes. Carros grandes, cromados inumeráveis, combinações de cores atrevidas.
A competição reduzira o ciclo de vida das carrocerias, o número de fabricantes às três grandes e à Willys, distante; aumentara enormemente os custos de desenvolvimento.

Ford + Simca = ?           Simca !
Para vender o braço francês, a Ford teceu as variáveis jurídica, institucional e financeira, e foi-se às maiores fabricantes francesas: Citroën declinou por viver um dos grandes saltos de sua carreira, substituir a revolucionária geração Traction – os 11 e 15 L – pelos ID/DS 19 sem perder a aura de inovações em estilo e tecnologia; a família Peugeot tinha aversão cutânea aos norte-americanos; Renault, então estatal, foi desconsiderada.
Restaram as pequenas usinas em patamar intermediário, Panhard e Simca. A primeira vinha de sucessivos erros, interessou-se pelo negócio, mas foi preterida em cima da hora. Sobrou a Simca, como a Ford, vista pela xenofobia típica do país, como a segunda não-francesa – a Ford tinha capital dos EUA, e a Simca, italiano da Fiat, do gestor local Henri Pigozzi, e suiço pelos banqueiros da família Agnelli, controladora da Fiat.
Negociação longa. A Simca não se motivava ao negócio. Considerava, a produção e venda de 100 a 120 Vedettes/dia não justificava negócios. A Simca vendia 400 Aronde dia, mais caminhões Unic, tratores. A Ford lembrava não transferir apenas um produto, mas um pacote, incluindo a mais atualizada das fábricas na França; um produto de vendas estáveis; e enormes extensões de terra.
Sem outro cliente potencial, em esforço final para definir a situação, a Ford juntou toda a contra-argumentação, e levou ao líder Henri-Theodore Pigozzi números, resultados, e dois argumentos candentes, secretos. Numericamente projetava os ganhos econômico-financeiros pela redução dos custos de manufatura na primeira fábrica onde “máquinas controlavam máquinas “. Depois, os trunfos inesperados: primeiro, o protótipo do novo Vedette II, com linhas atualizadas, mudando totalmente o produto mandado à França poucos anos antes; complementaria a gama Simca atuando na faixa superior, como produto topo-de-linha.
H-T Pigozzi, por si e pela Fiat não se motivavam pelo empreendimento.


Ford Vedette II

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Até então a soma de ofertas e contra ofertas se prendia a itens conhecidos ou projetáveis. Mas a Ford convidou Leon De Rosen, braço direito de Pigozzi, interlocutor da Simca, a visita à fábrica de Poissy, beiradas de Paris. E exibiu argumento sensibilizante: o protótipo do Merkur, carrinho pequeno, projetado pela Ford alemã, pronto a ser colocado em produção. Era, por tudo, assemelhado ao Aronde, o carro-chefe da Simca, primeiro produto de sua total criação, esteio de seus lucros, presente em boa parte do mundo por exportação ou montagem em ampla relação de países, e orgulho pessoal de H-T Pigozzi.
De Rosen se assustou. Voltou a Paris, resumiu e opinou. Le Patron Pigozzi e seus mais próximos não sabiam se o projeto era verdadeiro como produto, como origem, ou apenas um blefe, e resolveu dar tempo ao tempo.

Canhão, a questão
Francis Reith, negociador da Ford, acabou com as demarches latinas. Com objetividade anglo-saxã informou, “Le patron suprême“, mandara avisar: se a Simca não fizesse negócio, autorizaria a produção do Merkur e aplicaria na França o necessário para vender a novidade a preço bem inferior ao Aronde.
Consultados, os italianos da Fiat, a quem Pigozzi se reportava por razões de hierarquia e capital, traduziram o aviso como sendo a “ultima ratio regum”, expressão latina significando o último argumento do Rei –, e o derradeiro argumento real é o uso do canhão. O Rei era Ford II. O canhão, o Merkur a preço inferior.
Montadora quebrando outra através de preço subsidiado, é prática antiga.
Se por lógica de resultados positivos o negócio não desenvolvia, por medo quanto ao futuro, funcionou. A Ford, com maneirismo fenício arrematou numérica e negocialmente: fechasse negócio, a Simca seria a segunda montadora francesa. Não precisou mostrar o outro lado da conta: fosse enfrentá-la, deixaria de ser a quinta, arriscando-se seriamente. Pigozzi capitulou. Chamou os acionistas – Fiat e bancos suíços. Concordaram ao negócio de transmitir a Ford à Simca. Condições desconhecidas, exceto o custo, zero. As empresas se fundiram.
Domingo, 4 de julho de 1954, dia de paradas e desfiles nos USA, no âmbito econômico francês o clima era febricitante aos envolvidos e interessados no setor, embora industriais, governo, imprensa e consumidores pouco soubessem da essência real do negócio entre duas marcas importantes e diferenciadas, além do texto do comunicado à imprensa mundial. Pigozzi ligou pessoalmente aos dirigentes da Citroën, Peugeot, Renault e Panhard, explicitando sua coragem no adquirir incômodo concorrente estrangeiro. E o ministro da Indústria saudou-o como salvador da indústria francesa. Contou pouco do negócio, exceto o não haver exportação de divisas ou desvio de recursos e fluxo de caixa prejudicando o futuro. Minúcias negociais permaneceram desconhecidas, exceto o custo, divulgado como Zero Franco. As empresas se fundiram – a Simca pagou com 15,2%  das ações da nova companhia.
Durante as demoradas tratativas foi lançado o Ford Vedette II, vendido em apenas 1.077 unidades -  hoje raros e menos valorizados que concorrentes da época, os Citroen 15 H, últimos pré ID / DS.
Para a nova empresa a Ford SAF passou ações, a moderna fábrica de Poissy, e valorou os produtos da linha Vedette/Vendôme, linhas de produção de motores, e prometeu gentilezas – como o foi o presente do projeto da a geração Vedette 3, o Chambord mandado ao Brasil.
Logo em seguida, aos 15 de setembro a Simca assumia o mando, e o novo Ford Vedette mudava os emblemas para Simca.


Sai Ford, chega Simca


Simca Chambord


Simca Rallye


H-T Pigozzi (foto SIMCA)

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Num comparativo, por medo, o ovo comprou a galinha. Bem no estilo Pigozzi, especialista em negócios com sócios poderosos. Na Simca, a Fiat – sócia desde o início - manteria 25% de participação até 1964, quando a Chrysler assumiu o mando e conseguiu inviabilizar a empresa. Poissy hoje pertence à Peugeot.

Case
No cenário da implantação da indústria automobilística brasileira a Simca foi o melhor exemplo de romantismo para a instalação, criação de atrativos, novidades, movimentação promocional no primeiro ciclo de instalação de nossa indústria do automóvel.
Mono produto, sem capital ou socorro pela matriz, ao Deus-dará, fez história rica, bem marcada, deixou saudades, fez lucros. Criou versões, e os carros nacionais superiores aos de origem, implementou ímpar desenvolvimento de tecnologia, inovou com o radiador para o óleo do motor, a ignição transistorizada. E usou, como ninguém, as corridas como laboratório de desenvolvimento.
Os contínuos acertos realizados com o Chambord – suspensão, direção, motor, mudanças mecânicas, de conforto, de decoração –, a síntese destas alterações caracterizando o modelo Tufão inexistiram na França. Os produtos daqui eram bem superiores: transmissão com primeira marcha sincronizada; motor evoluindo de potencia, de 84 a 112 hp, e com maior suavidade e confiabilidade, desenvolvimento de versões como o Rallye, a utilização das corridas como laboratório, e ao final, a evolução do motor para EmiSul, com a passagem das válvulas do bloco para o cabeçote.
Como Simca, operou de janeiro de 1959 a março de 1967, quando assumida pela Chrysler, implementando o produto recebido, até retirar de produção os produtos Simca, então transformados em Esplanada e Regente.
Foram, no total, 51.896 unidades Simca, e mais 16.386 de seus produtos como Chrysler, de produção encerrada em julho de 1967.
Simca é assunto rico, amplo, para livro próprio, inédito, de onde este texto foi retirado e sintetizado.


Roberto Nasser

SIMCA TEMPESTADE
rusiq rusiq
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por gtx


Mané Garrincha e Gilmar, titulares da Seleção Brasileira. À  esquerda, de terno preto, o jornalista Mário Filho. Ao fundo, um Simca Chambord...

SIMCA TEMPESTADE
gtx gtx
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Re: SIMCA

mario filho, jornalista esportivo, foi homenageado pelo uso de seu nome para batizar o estádio genericamente conhecido como maracanã. era irmão do também famoso jornalista nelson rodrigues.
ao lado esquerdo do garrincha está, salvo engano porquanto não sou do ramo ou afeito ao balípodo, ludopédio, isto a que chamamos pelo anglicismo de futebol, o goleiro gilmar.
rusiq rusiq
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por Peter


UAU!!! Que Serviço...

https://www.facebook.com/alexandre.goerl

SIMCA TEMPESTADE
alemao1 alemao1
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por Peter
Verdade ,eu vi o esforço do eletrico para reconstiuir a chave de seta por dentro .Quem conseguia fazer aquilo funcionar fora das consessionarias ?aquilo parece uma obra de engenharia do tipo " queimou ,troca " .
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: SIMCA

Alemão, sem dúvida é um esquema complicado, uma parafernália que a Chrysler aboliu. Uma das boas providências que ela tomou foi sumir com a tradicional chave de seta de origem francesa.

Mas considere que você está reconstruindo 50 anos depois.

Na época, com peças originais novinhas, a encrenca não era tão grande desde que houvesse mão-de-obra especializada para fazer o serviço bem feito.

Gosto sempre de dar como exemplo a minha ex-Chambord 63, um carro muito íntegro. Nunca deu problema na parte elétrica além do normal para um carro, na época, com uns 25 anos de idade. Eu mesmo fiz a chave de seta colocando uma nova, o chicote era original de fábrica. Foi só uma vez e funcionou perfeitamente até vender.
O mesmo aconteceu com o conjunto dínamo/regulador de voltagens: tive problema até achar um eletricista dos antigos. O cara me explicou, mostrou como funciona: tem que colocar o dínamo "conversando" com o regulador. Fazendo bem feito, e para isso tem que usar maquinário especializado para medir voltagem/amperagem, também foi só uma vez para rodar sem problema até a venda. Mesmo com dínamo antigo (a partir do Equiel, em 1963, porque os antigos Pecker são de fazer chorar), o carro carrega a bateria em lenta.
loty loty
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Re: SIMCA

  Mas que elegância, Marcelesa saindo agora (16:15) de simca, vai levar uma noiva (amiga) para o altar.
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