SIMCA

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Re: SIMCA

São os Simcas Aldo.

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Assista a este vídeo no YouTube: https://youtu.be/ptXTB6qCUHo



SIMCA TEMPESTADE
Leon Leon
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SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por gtx

Capa d'O Estado de São Paulo, 12/9/1968

No final dos anos 60, a Simca, uma das primeiras marcas de automóveis produzidos no Brasil e, naquela época, já sob o controle da Chrysler, estava preparando o lançamento de um novo modelo esportivo. O desenvolvimento desse automóvel foi uma espécie de transição entre os produtos Simca, enquanto preparava os seus próprios carros, que surgiram a partir de 1969, com o modelo Dodge Dart.

Como acontecia normalmente, soube, por um amigo informante, que o carro estava em desenvolvimento. E que eu não tinha condições de chegar até uma área tão secreta da fábrica. Mas que um diretor da empresa havia mandado emoldurar uma fotografia do carro. E colocou o quadro para decorar a sua sala, na fábrica de São Bernardo do Campo. Depois de transmitir a informação, me desejou boa sorte. O tradicional vire-se.

Então, para revelar a novidade, montei um plano audacioso de visitar a sede da Simca, acompanhando de um fotógrafo, e registar as imagens do futuro lançamento. E foi o que fizemos, eu e o Oswaldinho Palermo. Aliás, esta foi uma das primeiras aventuras do Oswaldinho.

Um grande furo

Naquela época, embora o Jornal da Tarde desse total apoio ao meu trabalho, as atividades diárias do jornal impediam que eu pudesse contar sempre com um repórter-fotógrafo. E o Oswaldo Palermo, chefe do Departamento Fotográfico e grande amigo, dava importância à minha atividade e conhecia as dificuldades.

Um dia, ele, então, me fez uma proposta incrível: “você não quer trabalhar com meu filho, o Oswaldinho, que pode ajudar bastante nessas aventuras?”. Ainda bem jovem, no máximo 18 anos, Oswaldinho trabalhava no laboratório do Departamento Fotográfico. E adorava automóveis. Foi o maior presente que eu poderia receber.

Fomos à Simca e, na portaria, informamos que iríamos ao Departamento de Imprensa. O funcionário me conhecia de visitas anteriores. Por isso, liberou nossa entrada, sem consulta prévia á área de Imprensa. E arriscamos circular, então, pelo prédio da diretoria à procura da sala do tal diretor.

Jogada de mestre

Encontramos a sala, mas o diretor estava debruçado sobre papéis. E ainda tinha a secretária, em uma mesa, junto à porta. Passamos direto, para não chamar a atenção. Entramos no banheiro e retornamos. Ao analisar o ambiente, concluímos que a estratégia seria esperar. E torcer pela saída do diretor e da sua secretária.

Por ser próximo ao horário de almoço, decidimos ficar numa sala de espera. Na verdade, um pequeno espaço na antessala dos diretores, com duas ou três cadeiras e uma mesa de canto. Algumas revistas sobre a mesa e, na parede, um pôster com um Simca Chambord, ligeiramente inclinado por falta de capricho. Aproveitei para exercer uma de minhas manias. E, assim, acertei a posição horizontal do pôster.

Passaram alguns diretores, gerentes, secretárias e funcionários. Estávamos preocupados, porque poderíamos ser vistos por algum representante da área de Imprensa que circulava pelos diferentes setores das fábricas. Mas depois de algum tempo, a secretária do diretor saiu acompanhando uma amiga. E, imagino, foram para o restaurante. O diretor continuou na sala. E depois de algum tempo, ele também passou por nós. Sequer nos olhou.

Saímos em direção à sala e eu, muito preocupado, fiquei atento, de prontidão. O Oswaldinho, em seu primeiro serviço excitante, dava a impressão de estar em sua própria casa. Empunhou a Nikon e, em movimentos tranquilos e precisos, combinou cliques com acertos de foco, procurando diferentes ângulos.

Enquanto para mim parecia uma eternidade, para o Oswaldinho foi uma curtição. Foi o primeiro trabalho arriscado de Oswaldinho, excelente fotógrafo, bem como um grande revelador de segredos da indústria.

Mudança de planos

No dia da publicação, precisei ouvir as queixas do diretor de Relações Públicas. Na ocasião, ele ficou inconformado com a revelação da notícia. Mas, apesar das queixas, o projeto foi cancelado porque, um ano antes, a Simca havia sido adquirida pela Chyrsler. Assim, esta decidiu mudar a linha de veículos. E, mais tarde, lançar o projeto como Esplanada GTX, antes de seus próprios modelos, das linhas Dart, Charger, Magnun e Polara.

Para os que nunca ouviram falar da Simca, a marca francesa alcançou grande repercussão internacional. Inclusive na Fórmula 1, com o seu inconfundível motor V12 de som agudo e estridente. Além disso, foi vencedora das 24 horas de Le Mans em 1973.

No Brasil, a empresa fabricou o Simca Chambord, que foi o carro mais elegante do início da indústria automobilística brasileira. E o aristocrata Simca Presidence, que se destacava por um estepe na traseira, assim como pelo acabamento luxuoso. Na área do banco traseiro, o automóvel tinha até um compartimento com copos, bem como espaço para comportar uma garrafa de uísque, vinho ou mesmo de água.

Simca marcou época

Além dos modelos Chambord e Presidence, a Simca também produziu a perua Jangada e o Rallye, modelo esportivo utilizado pelo departamento de competições. Ali passaram pilotos famosos, como Ciro Cayres, Jaime Silva José Fernando Martins e Anísio Campos, entre outros grandes astros. Todos sob o comando do primeiro grande ídolo do automobilismo brasileiro, Chico Landi, vencedor do Grande Prêmio da Bari, na Itália e o mais vitorioso no circuito da Barra, no Rio de Janeiro.

Para enfrentar a concorrência, principalmente da Willys Overland do Brasil, Vemag, Fábrica Nacional de Motores e grandes pilotos de equipes próprias, a Simca disputou as corridas com o modelo Rallye. E, alguns anos depois, importou unidades do Simca Abarth que passaram a dominar as corridas brasileiras.

Para explorar esse domínio nas pistas, a Simca decidiu, então, modernizar o modelo Rallye. E o seu departamento de estilo, portanto, dedicou-se a um trabalho para tornar essa versão a mais atraente possível.

A desejada versão esportiva era fácil de ser produzida. Bastavam alguns detalhes estéticos, como faixas laterais e sobre o capô do motor. Assim como faróis de milha, rodas de desenho esportivo, pneus Cinturato (conhecidos como radiais) e cores atraentes. Internamente, volante esportivo, bancos individuais, conta-giros. E, naturalmente, um motor bem alegre.
Leon Leon
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por ammatias
Quebrando tabus: a primeira mulher lagartense a possuir um carro
Odelithe recorda a época em que causou sensação em um Simca Chambord

A escriturária aposentada Maria Lina de Mesquita, ou simplesmente Odelithe, 77 anos [nota: matéria de 2015], ganhou o seu primeiro automóvel, um Simca Chambord, de presente do pai no ano de 1965. Ela foi a primeira mulher a possuir um carro na cidade de Lagarto, na região Centro-Sul de Sergipe. E pode ter sido também a primeira mulher a dirigir no município. Para a época, uma atitude de liberdade e ousadia, de conquista de espaço numa sociedade ainda mais machista.

"Eu estava muito triste pelo fim de um noivado e meu pai, Rosendo Mesquita, que na época era um dos homens mais bem sucedidos da cidade, me deu de consolo aquele carrão. E me esqueci daquele amor com outro, o volante", disse ela.

Odelithe recorda que o empresário e amigo Júlio Ribeiro foi junto com ela na agência de automóveis em Aracaju para escolherem o modelo e a cor do automóvel. Ela não pensou duas vezes e escolheu um Simca Chambord na cor verde.

Este automóvel de origem francesa veio a ser o primeiro carro de luxo produzido no Brasil entre 1961 e 1967. O da professora era do ano de 1965, o que já possuía o motor V8 do Tufão, de 110 hp.

Um detalhe sobre o carrão verde de Odelithe: o dono da agência informou que naquele momento só havia dois Simca Chambord daquela cor no país, um na capital federal e outro em Lagarto.

Odelithe recorda que estava louca para dirigir, e o chofer, que vinha conduzindo o veículo, mas que mais tarde lhe ensinaria, deixou que ela trouxesse o carro metade do caminho entre Aracaju e Lagarto. "Diga-se de passagem, uma viagem longa e cansativa. Nos idos dos anos 60 não existia asfalto nestas rodagens. Nós saíamos de Lagarto as 7h30 e só chegávamos por volta das 10h em Aracaju, um sufoco", recorda.

Numa época em que só os homens dirigiam, Odelithe causou um misto de admiração e reprovação pelas ruas de Lagarto. "Meu carro era tão bonito e famoso na capital que os produtores de um evento nos alugaram para conduzir a Miss Brasil daquele ano que estava em visita a Aracaju. Nós alugamos, mas o chofer tinha que ser o nosso, o Edizon", lembra.

Por falar em Miss...

Amigas e contemporâneos dela contam que a beleza de Odelithe (à esquerda na foto ao lado) era uma atração à parte. Fazia questão de estar impecável quando saia para passear, sempre com uma roupa diferente. Além, é claro, de esbanjar poder e independência quando saia com seu carro.

"As pessoas, crianças e adultos, deixavam seus afazeres e corriam atrás do carro como se ela fosse uma autoridade, uma pessoa famosa, todo mundo queria vê-la de perto. E ela, além de bonita, sempre estava muito bem vestida", recorda um amigo.

De acordo com ela, o irmão Edmundo, em memória, que era o mais "arrojado", acabou "tomando conta do carro". "Ele vivia pegando emprestado, nós eramos muito unidos, mas ele tinha o pé pesado, gostava de correr por essas estradas que eram ruins à beça, e o carro só resistiu dois anos", lamenta.

Odelithe renova a sua habilitação periodicamente e dirige até os dias de hoje. Possui um Volkswagen Gol, ano 1995. Segundo ela, muito cobiçado pela sua conservação, cujas principais peças são todas originais, inclusive a pintura. Orgulha-se de nunca ter batido e nem ter sido multada durante todos esses anos.

"Com exceção de uma vez que precisei pegar minha irmã em um banco aqui de Lagarto e sem saber das novas regras de estacionamento parei em local proibido e peguei uma ´multazinha´. Mas nunca cometi uma infração a mais que esta", garante a nossa pioneira do volante.




https://www.conectemulher.com.br/noticia/top-conecte/quebrando-tabus-a-primeira-mulher-lagartense-a-possuir-um-carro
Leon Leon
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por ammatias


Rara foto de fábrica de um Simca Chambord Táxi.

Nunca vi esses para-choques de lâmina única; aros de faróis e limpadores da cor do carro, logotipo da grade parece-me uma versão simplificada, calotas parciais, friso lateral fino e simples, borracha do para-brisa sem inserto cromado, a grade sem o friso duplo na parte inferior, piscas menores, ausência do logotipo do modelo na lateral traseira, ausência do revestimento cromado na coluna B... nunca vi outra foto com tais características, quiçá a fábrica não tenha comercializado veículo com essas características.
Leon Leon
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Re: SIMCA

Em resposta à esta mensagem postada por ammatias


Pelé comprando Simca na Autovest
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