Deixei Poços de Caldas rodando com a Jangada na 2ª feira após o evento, mas somente na 6ª feira ela chegou em casa. Depois vejam a minha saga no tópico “E a Jangada finalmente andou”.
O I Encontro Nacional Simca do Brasil me reservou emoções demais para um só final de semana, tantas que é difícil escrever sobre tudo. Eu não sabia se falava das emoções ou dos carros, mas após receber a mensagem que vai abaixo eu resolvi falar das emoções. Ela me foi enviada por um amigo que tem Simca, mas esteve em Poços sem ela. Ele escreveu o seguinte:
“Marcelo, foi muito bom o fim de semana. O evento teve organização exemplar. Surpreendo-me como um bem material pode ampliar nossa rede de relacionamentos e nos motivar a sair da mesmice do cotidiano. Deveria ter comprado uma SIMCA há mais tempo. Abraço”.Esse é um dos grandes benefícios que a Simca me proporcionou nos últimos 32 anos da minha vida: o relacionamento humano.
Não tenho palavras para descrever o que senti vendo a emoção do Samuel Marcantonio no palco. Parecia um menino. Tremia de alegria, entusiasmo, ansiedade. O carinho que o afilhado Ronaldo Topete sente por ele contagia a gente. A caracterização do casal Topete foi simplesmente espetacular, parecia que tinham acabado de sair de uma máquina do tempo.
Os olhos do Renato Zirk também não esconderam a sua emoção. Bela palestra ele proferiu. Vejam com atenção a foto a seguir e vão saber porque prestaram tanta atenção à palestra dele:
Que satisfação finalmente conhecer pessoalmente o famoso Walter Hahn! Como foi bom ouvir ao vivo as suas histórias ao volante de um Simca. Ficou com os olhos cheios de lágrimas quando o Aldo, em uma belíssima atitude, deu de presente para ele um banner contendo várias fotos das suas proezas nas pistas. E agora, graças à informação do Leon, confirmei que o Walter, assim como eu, é apicultor. Ou seja, temos duas paixões em comum: a Simca e as abelhas.
Falar em Aldo, nunca vi nada igual: preparou e pintou um carro exclusivamente para um evento, com a intenção de homenagear o Hahn reproduzindo a pintura de corrida usada na época. Incrível isso. Sugeri a ele não pintar o carro novamente.
O Ronaldo Pal, o Rui das peças e o Paoluccio sempre solícitos, educados e dispostos a colaborar. Tive o prazer de conhecer o Luiz Pedraci, que me mostrou o caminhão baú onde transporta o seu Chambord. O Wanderlei Scavacini levou o seu belíssimo Chambord, foi um dos que se animou bastante com o evento.
O Thiago mais uma vez levou a Présidence e o tio, mas imperdoavelmente não apareceu com a tia (para quem não sabe, é a tal que ilustrou uma bela série de fotos no carro do tio).
O Corinto, cujo carro infelizmente ficou na estrada (não é mecânica Simca), mas saiu de Uberlândia para prestigiar o evento. O José Olimpio vendeu o belo Esplanada, mas ainda assim saiu de São Sebastião do Paraíso para ver os Simcas em Poços de Caldas. O Pombo gostou tanto que com certeza vai preparar o seu Chambord para o próximo evento. O Guinle não terminou o belo carro, falta pouco, mas mesmo assim fez questão de prestigiar.
O Abrahão trocou o nosso evento Simca por uma viagem para a Noruega. Deve estar preocupado com as importações de bacalhau que estão caindo vertiginosamente por causa da nossa crise econômica. No ano que vem não poderá faltar. Fez falta, juntamente com o seu carro. A mudança de data do evento não foi intencional, mas foi a melhor opção que tivemos. Pena ele já estar com a passagem marcada.
O Mario Zago enviou de prancha a Jangada 67 que não anda, mas é um ótimo carro. Tive o prazer de conhecer o filho, o Marcelo Zago, que me informou que o carro está na fila de restauração.
O Vigilante Rodoviário ficou bastante emocionado quando entreguei a ele o certificado que o Nasser elaborou com muito cuidado. O Nasser mandou fazer alguns e foi uma ótima ideia homenagear essas pessoas que trabalharam pela marca.
Lidar com o Nasser é um prazer: visão única das coisas, objetividade, conhecimento, cultura, humor. Graças a ele conheci a famosa Cantina do Araújo, ponto de parada obrigatória em Poços de Caldas. Simplesmente imperdível.
O pessoal do Reumatismo sempre presente. Finalmente tive o prazer de conhecer o famoso Romano. O Zelão é gente fina com força, se não fosse por ele e pelo Guedes, também conhecido como Dr. Simca, a minha Jangada não ficaria pronta a tempo. Pena que dois que me ajudaram indicando o tapeceiro Arnaldo, o Norian e o Alex Matias, não puderam comparecer com os seus belos carros. Bonito o carro do José Eduardo Juliani Raito.
A registrar também a gentileza do Leo Steimbruck que, atendendo a pedido do Nasser, levou a Présidence que pertenceu ao Fábio e, a seu critério, concedeu um prêmio para a bela Jangada do Guedes.
O entusiasmo do Alexandre Goerl também foi contagiante. Parecia um menino. O Alexandre foi o que levou um Simca de mais longe, deveria ter levado um prêmio por isso. O único gaúcho que literalmente colocou o Simca na estrada e desde o início fez questão de ir rodando de São Bernardo até Poços. O casal Goerl é mesmo espetacular. Peguei uma carona no Chambord 63 movido a motor Emi-Sul e gostei muito.
Falando em gaúchos, a presença deles foi maciça (pena que sem os carros).
O Rogério Azambuja deve ter gostado do que viu. Vamos ver se em algum ano para a frente ele patrocina um evento Simca no Sul.
O Carlos Goicochea é único; um gaúcho que mora no Espírito Santo e fez questão de expor uma Chambord capixaba em Minas Gerais, já que mora em Aracruz/ES.
O nosso embaixador Vitor Gobato também é gaúcho, tchê! Peça rara: não tenho três conversas com ele sem que ele esteja residindo em algum lugar diferente por esse mundão de Deus. Quando o conheci estava na Transilvania (até pedi um autógrafo do Conde Drácula, mas ele não conseguiu), da penúltima vez que havíamos falado ao telefone estava na Bahia e agora representa o nosso país em Córdoba. Vejam o belíssimo presente que ele me deu, confeccionado à mão por outro gaúcho muito gente fina, o Vitor Hugo:
Falando em presente, tive uma bela surpresa: sobre o assento do motorista da minha Jangada, um livro de poesias escrito pelo próprio Jorge Patrício. Como as emoções estavam à flor da pele, li duas e também me emocionei. O cara escreve muito bem, é um apaixonado pela vida e pelo Simca. Tomara que logo termine o seu, pois se dirigir Simca tão bem como escreve vai longe.
Wessel, você tem apenas mais um ano para terminar o seu Simca. Não faça como eu, que levei 29 com a Jangada e já passei dos 30 com a Présidence.
Irapuã, recupere-se logo e trate de estar bem para o próximo evento. A semente foi lançada e agora não tem volta, vamos fazer todos os anos.
O vídeo do evento, indicado pelo Adalberto, ficou bom mesmo.
O Roque tem 80 anos. Ele não foi ao evento, mas é dono da fábrica onde a placa luminosa Simca foi feita e trabalha normalmente. Também foi muito bom conhecer uma pessoa como ele.
Conhecer a diretoria do clube do automóvel antigo de Poços de Caldas foi gratificante. Pessoas competentes, dedicadas, voltadas para o verdadeiro antigomobilismo. Eles nos receberam de braços abertos e nos proporcionaram um evento inesquecível. Fica o registro, especialmente para o Cláudio, o competente presidente, e o Tiago, que foi o elo da ligação com o clube de antigos que possibilitou a realização do evento lá em Poços. Antes deles, o nosso elo de ligação com Poços de Caldas foi o Breno Ribeiro, meu ex-vizinho que teve a ótima ideia de se mudar para lá e fez o contato inicial que permitiu a realização do evento. Que cidade boa, que pessoas agradáveis!
Vejam na foto abaixo a alegria do Walmir Buzatto com a placa. Ele ficava olhando de um lado para o outro, só alegria, não sabia para onde ir com ela. Sugeri colocar na Jangada, mas ele não aceitou.
Há outros que se animaram demais com o evento. O Álvaro, aqui de BH, tem um Regente a ser restaurado e foi até Poços somente para tomar conhecimento das coisas, conhecer pessoas. O Dimas também é daqui e foi ao seu primeiro grande encontro. Ficou entusiasmado. O Juarez saiu de Itaúna e voltou ainda mais animado para prosseguir na restauração do seu Esplanada. Alguns outros que eu não conhecia também me procuraram e disseram que vão se animar. Moisés, bem vindo. Bom saber que você passou bons momentos lá em Poços apesar dos 400 km que rodou para chegar lá. É sem dúvida a nossa melhor propaganda para o próximo evento.
Acho que o Sebastião, do Rio, também voltou animado para casa. A ele o meu agradecimento especial, pois teve a gentileza de levar e me dar de presente a plaqueta que fica no cofre do motor do Simca Emi-Sul e que ninguém no Brasil, do nosso conhecimento, possuía ou sabia como era. Como ele me deu duas cópias, talvez eu tenha que um dia comprar outra Emi-Sul para colocar a segunda plaqueta.
Fico pensando naqueles que perderam o evento. Uma pena. Espero que no próximo ano apareçam para aproveitarem também.
Fotos de comboio de Simca rodando na estrada, tiradas pelo Alexandre Goerl. Qual a última vez que isso foi possível?
As imagens ficam passando na minha cabeça todo o tempo. Foi muito bom. Superou em muito as expectativas. Só alegria. Espero não ter me esquecido de mencionar ninguém. Vamos repetir no ano que vem, com mais carros da marca Simca.
Leon, espero que você se recupere logo. Agradeço a informação sobre o Hahn, perguntei e ele confirmou que é mesmo apicultor.
Nasser, não sei se tem muita diferença trocar “companheiros” por “camaradas”. Talvez só uma questão de época, mas ambas as palavras foram maculadas pela esquerda, se não
ad eternum, pelo menos
ad muito tempo.
Outra coisa boa desse movimento todo: até o Adalberto voltou! Quem sabe o Tio Lin aparece por aqui também.
Excelente a matéria do blog Antigos Verde e Amarelo, do Guinle. Vale a pena conferir o link que o Adalberto indicou acima, pois o Guinle colocou as fotos de forma didática.
Pena que acabou!