Simca nas Pistas - Pilotos, Fotos e Videos

[gtx]

celso,
para aduzir.
o peso da carretera devia ser bem menor. o carro std para venda andava nos 1200 e picos. tão pelado, encurtado, rebaixado, deveria arranhar os 1.000 kg.
a transmissão não era de corvette. era uma trapizonga feita na simca onde se retirava a ré. a que foi desclassificada numa corrida longa, interlagos, 1965. tinha primeira longa - era a segunda original; outro jogo de engrenagens operando como segunda. item para terceira em relação próxima e, no lugar da ré se enfiava outra relação como quarta. não sei se abaixo de 1:1.
os pistões do malzoni tinham diâmetro de 78 mm - propeliam a cilindrada a próximo de 1,1 litro.

[antonio aldo]

Marcelo

 . Corrigindo dados da carretera:-
   

. Da frase - Equipada com rodas de magnesio e Pneus Dunlop Racing 600x16
  Ler        - Equipada com rodas de magnesio e Pneus Dunlop Racing 600x13

  . Portanto o aro devia ser 13 e talvez fosse "emprestada" do Simca Abarth que por aqui estiveram nesta época. Será?.

    . Falando em Walter Hahn, e de relato do mesmo em Poços, relatou que era especialista em provas de longa duração. Da revista AE nº 7 de maio de 1965, na prova 1600 km de Interlago, entre 27/28 de março deste ano, chegou em 9º com uma Simca, acho que Alvorada, nº 88, como o mais bem classificado da marca. Tinha motor 2600cc, porisso acho que é verdadeira sua informação de que havia pistões com mais diametro, no máximo que o bloco suportasse. Dos carros participantes, relata, a mesma revista, que os veículos da Simca eram favoritos e que o 26 quebrou as bielas. Essa prova foi muito próxima da de Recife, portanto devia ser a tal carretera.
 . Fato é que deveria andar muito, pois, ainda da mesma revista, e como estratégia da equipe, Jaime Silva saiu à toda para puxar a carretera 18 Corvete do Camilo, vista como principal concorrente, e para que outros carros da equipe faturassem a prova, na esperança de que aquela quebrasse. ´

   DUELO SENSACIONAL:- A partir da segunda volta, Camilo e Jaime Silva se empenharam em sensacional duelo que deixou o público em pé. A Simca liderou as 3 primeiras voltas, chegando livrar 8s sobre a 18, Camilo passou-o na 4ª volta mas Jaime "deu o troco" na 8ª e aí as bielas se foram.

 Classificação, interessante que os Gordinis tiveram exíto, na madrugada muita neblina, prevalecendo regularidade nessas condições:-

       1º Luiz Pereira Bueno e José Carlos Pace Gordini R-8 1100cc(Acho que eram motores franceses melhores já que o original era 850cc)
       2º Bird Clemente e Wilson Fittipaldi Jr. identico ao carro acima
       3º Camilo Cristófaro e Aguinaldo de Goés Carretera Corvete
       .
       .
       

       9º Walter Hahn e Zoroastro Avon Simca 2600
       .
       .
       .
      11] Breno Fornari e Ismael Chaves Simca 2600

[Celso Kuntz-Navarro]

Bom, tenho algumas observações:

Eu não creio que as rodas da Abarth dariam certo no nosso Simca nacional. Eram completamente diferentes, inclusive nas furações. Eu sei, porque vi pessoalmente, estive lá.

Ninguém  nunca botou o peito contra a dezoitona do Camillo. Só as Abarth.

O nome do ótimo Walter, tem Junior no final, porque sem ele, seria o pai. Ele era de Piracicaba e tocava uma barbaridade, não era bom, era ótimo. Tinha uma suavidade de tocada que parecia um mágico, dava gosto, nunca vi. Era de uma fúria domada impressionante. Era perfeito. Era um Jackie Stewart brasileiro. Como era meio alemão, devia ter um gênio forte, e não levava desaforo pra casa. Daí a Equipe Oficial da Simca nunca tê-lo convidado a correr nela.

Essa edição da AE estava cheia de erros. Diziam alguns que publicavam mais sobre os que lhe pagavam, não sei. Os repórteres eram burros e mal informados. Naqueles tempo cada um publicava o que queria. Mas o resultado oficial, de verdade, você pode ver em (http://pianews.net/CMS/index.php?option=com_content&task=view&id=356&Itemid=46).

A exata classificação final dessa corrida foi:

1600 KM INTERLAGOS 1965

1.Luiz P.Bueno (o Luizinho)/José C.Pace (o Moco), Gordini,105, 200 v
2.Bird Clemente ( o Quatro Zóio)/Wilson Fittipaldi Jr (o Barãozinho) – Gordini, 200 v
3.C.Christofaro/Aguinaldo de Goes (o Arguina, ótima pessoa) – Carretera ,195 v
4.Carol Figueiredo (o Carolina Magricelo)/ Rodolfo O. Costa (o Bigode) - Gordini, 192
5.Piero Gancia/E.Zambello-Alfa Giulietta 1600 189
6.Pedro Victor de Lamare/A.Daher- Renault 1093-188
7.Danilo Lemos/Expedito Marazzi (o Professor) - Gordini, 180
8.C. Damiani/Eduardo Celidonio-Corvette 4500-165
9.Walter Hahn/Zoroastro Avon (o Zoroavon Astro)- Simca, 167
10 N. Marcilio/Torinho (Vitório) Azalin Corvette 4500-161

O Ari e eu chegamos em 13º. De 1093. Os de fábrica não eram R8 coisa nenhuma. Eram Gordinões muito brabos mesmo. R8 era outro carro, diferente, francês, todo quadradão, meio pesado. O resto é lorota.

Celso

[Simca66]

Falou quem entende, rsrsrs. Pronto. Até hoje jornalistas de revistas especializadas falam cada asneira, imagine antigamente. Poucos tinham conhecimento técnico de mecânica. Será que o GTX do mineirão tinha alguma preparação no Emi Sul? Pergunto porque estou montando um e gostaria de saber de havia na época algum "veneno" no Emi Sul.

[Marcelo Viana]

Aldo, a correção do aro das rodas ficou melhor.

Celso, o seu elogio a respeito do Hah bate com o que li a respeito dele e vi no evento do ano passado em Poços de Caldas. Uma ótima pessoa. Ele me respondeu hoje a respeito do convite que fiz para ele nos prestigiar em São Caetano como fez em Poços de Caldas.

Aldo, aqui fica com você: dê também um gás no Hahn. Espero que você leve novamente aquele belíssimo carro como o dele que você preparou. Quem sabe, assim, até o Celso de anima a aparecer.

Sobre a imprensa escrever o que quer e ser paga, bem, a história se repete e as coisas não mudam.

[Celso Kuntz-Navarro]

... o que me intriga é o que leva, hoje, a pessoas abnegadas como o Aldo, a quem não conheço, de ater-se à preparação de uma Simca braba. Devem ser tantas as restrições, tantos problemas de peças, que não sei como esses caras conseguem, e têm alento pra tocar esses projetos pra frente. Os invejo, sério. Nos USA vc encontra peça pra tudo quanto é tipo e ano de carro. Mas aqui é um desastre. Não temos essa cultura, não prestigiamos a História, não temos esses conhecimentos, não damos valor a isso. Carro antigo aqui é ´carro velho´. Quem não sabe sobre seu passado menos ainda saberá sobre seu futuro. Acho que por isso somos assim, tão atrasados. E a coisa está piorando. Por isso tiro o chapéu pra pessoas como vocês, que se esforçam e lutam contra a maré da ignorância brasileira.

[antonio aldo]

Caro Celso

1. Sou de Piracicaba e lá vi, nos circitos de rua, W. Hahn vencer com uma Alvorada em 1964, vencer com uma Rallye em 1965 e chegar em segundo em 1966 com uma Chambord.  

2. De fato, há muita diferença sobre impressão de como foi a prova dos 1600 Km de 1965 em Interlagos, ou seja, dos pilotos participantes, que efetivamente sabiam e sabem de como foi aquela prova, aos dos reporteres da AE.

3. Fica aqui uma sugestão, já que estamos relatando sobre as Simcas nas pistas, seria possíve ter seu relato de como foi essa prova e se de fato houve a disputa nas primeiras voltas dos 1600 Km entre o Jaime Silva e o Camilo Cristófaro?. Estou neste momento sem a AE em mãos, mas parece-me que o Jaime abandonou nas 50 e poucas voltas.


   

[Celso Kuntz-Navarro]

Prezado Antonio Aldo,

Eu foi a umas duas corridas do circuito de rua de Piracicaba. Num deles eu fui com um amigo de Jahu, Pedro Izar, que nunca tinha corrido na vida, e queria correr de qualquer jeito. Dei umas voltas no Gordini dele, um verdinho todo bonitinho, com ele do lado, dei umas dicas pra ele. Ele pensava que era piloto, como todos os garotos pensavam e pensam até hoje. Só que na hora da corrida caiu uma chuvinha, e estava tudo molhado. Se bem me lembro havia um trechinho que era de paralelepípedos, você se recorda disso? Daí ele entrou quente, derrapou, pegou a guia (meio-fio), capotou estragou todo o Gordininho dele. Acho que o Walter Hahn ganhou, de Simca, se não estou errado. Isso foi acho em 1964 ou 65, não me lembro muito bem. Já estou com 70, nem acredito. Talvez vc nem seja daquela época, desculpe.

Sobre os 1600km Interlagos, fui eu que larguei, e muito atrás. Nosso 1093 era praticamente standard, apenas rebaixamos a traseira, tiramos os parachoques, trocamos comando, botamos um volante Formula 1 (era a marca do volante, fabricado pelo Emerson e pelo Wilsinho- tinham duas marcas que o pessoal usava: o Walrod- nas Simcas, e o Formula 1 nos outros). O banco, pra ficar mais deitado, a gente apoiava os braços no teto e forçava bastante, até reclinar. E a descarga era um Kadron sem miolo, o motorzinho mil berrava bonitinho. O santo-antônio foi um encanador amigo meu que fez, de canos de casa mesmo, só pra enganar os fiscais do Automóvel Club, não adiantaria absolutamente nada, no caso de uma capotagem. Imagine... talvez por não ter mexido muito no carro, ele durou a corrida toda, enquanto mais da metade quebrou. Eu não sei o que se passou lá na frente, na largada. Lembro que tanto o Camillo quanto o Jaime passaram por mim (dando voltas) muitas vezes. Eu realmente não me lembro da sequencia em que passavam. Mas depois não vi mais o 26, achei que tinha quebrado, e quebrou mesmo. À noite fazia muito frio e tinha muita cerração (neblina). Eu batia os dentes de tanto frio, a porta do lado direito tinha uma fresta de uns dois dedos, entrava uma ventania desgraçada. Eu não tinha macacão, como muitos não tinham, botei as calças tipo Lee (não eram Lee, que era coisa de ricos) pra dentro da meiona grossa, camisa de banlon, mas por cima um suéter e um casaco. Mesmo assim fazia muito frio, isso me atrapalhou muito. O Ari, dono do carro, estava mais agasalhado e mais paramentado, e não sofreu tanto. Tanto eu como ele só trocávamos as marchas quase no tempo, sem sacrificar a embreagem, tanto pra reduzir quanto pra subir as marchas. Mudar as marchas no tempo a caixa agradecia, o carro sorria (já disse que carro tem alma?), ficava feliz, ´chupava´ as marchas seguintes com gosto, sem reclamar. Isso ajudou muito a economizar embreagem. A gente resolveu fazer uma tocada bem suave, pra chegar mesmo. Os nossos pneus duravam uma eternidade, não lembro quantas voltas, mas duravam mais que os outros. Tinham acabado de lançar o ´bi-iodo Cibié´ (acho que era essa a marca), que a gente tinha. Era muito bom, luz branca, quebrava um galhão, porque o farol original era péssimo. No meio da noite queimou um. Mas um só já era bom. As corridas de longa duração eram o máximo, e havia sempre umas carreteiras gauchas (acho que do Andreatta, do Aristides Bertuol-Orlando Menegaz, e outros) que botavam um farolzão no teto, mirado pra cima. E todo mundo via, os gaúchos, de longe, fazendo as curvas, descendo o Retão, uma beleza indescritível. Eu tenho um respeito enorme pelos gaúchos. Mas nesse 1600km acho que eles não vieram, uma pena. O interessante é que todos eles, pra mim, pareciam bem mais velhos, meio gordos, meio barrigudos... Deviam estar na faixa de uns 40 anos, mas pra molecada já eram velhos, imagine.

Bom, é isso aí.

Abraço,

Celso

[rusiq]

Aldo:
Fica aqui uma sugestão, já que estamos relatando sobre as Simcas nas pistas, seria possíve ter seu relato de como foi essa prova e se de fato houve a disputa nas primeiras voltas dos 1600 Km entre o Jaime Silva e o Camilo Cristófaro?. Estou neste momento sem a AE em mãos, mas parece-me que o Jaime abandonou nas 50 e poucas voltas.

Aldo, Nesta corrida a Simca do Jaime e do Ciro andou na frente da carretera do Camilo e a Simca venceu...

1600 km Interlagos - 1963 (23.11.1963)

Pos. Pilotos        
1º - Jaime Silva / Ciro Cayres - #26 Simca - 200 voltas - tempo: 14:50 - média: 107.4 Km/h
2º - Catharino Andreatta / Breno Fornari - Carretera Chevrolet Corvette
3º - Ubaldo Loli / José Fernando 'Toco' Martins - Simca
4º - Álvaro Varanda / Aílton Varanda - Willys Interlagos
5º - Vitório Andreatta / Antonio Tergolina - Carretera Ford
6º - Camillo Cristófaro /Antônio Carlos Aguiar - #18 Carretera Chevrolet Corvette                

[Marcelo Viana]

Celso, sem dúvida é uma luta encontrar peças e montar o carro tal como foi fabricado. Esse é um dos motivos que leva as pessoas a desistirem ou da restauração ou de colocar as peças originais.

Agora, uma coisa eu te falo: não tem como descrever o prazer de ligar o V-8 do Simca, principalmente nesse frio louco que está fazendo, bem cedinho, ainda com a neblina que tem aqui em casa. Ele vai acordando, o som inigualável toma conta, macio, suave. Depois subir a serra que tem aqui em casa, ele parece que vai se preparando para o que realmente gosta: a estrada. Não tenho mesmo palavras para descrever esse prazer.

Só que eu monto 100% original. Tem gente, e o criador deste tópico é o grande especialista que conheço, que gosta muito e conhece demais para preparar um Tufão, alterando a angulação do comando, a abertura das válvulas, dando um toquinho aqui e ali para conseguir a maravilha que é o Simca  dando tudo na estrada.

Você chegou a ver o vídeo Simca a 170 km/h no nosso site? Esse carro, com motor Tufão preparado como estou te contando, ficou nos calcanhares de um Chambord Emi-Sul em um racha feito em Curitiba. Eu andei nele, eu estava quando aquele vídeo foi feito e vou te falar: o carro é diferente, anda mesmo.

Só uma observação: acho que os gaúchos possuem o automobilismo no sangue. Estive em Passo Fundo, vi o museu do Trevisan em fase final de acabamento, vi os carros, a paixão dele e dos Azambuja, que compraram o museu do Tato em Canela e estão terminando agora a sua reforma. Esse pessoal é diferente.

[antonio aldo]

Caro Celso


 . Experiência invejável esta de ter participado dos 1600Km de 1965, idem sobre os carros dos gauchos com faróis no teto e a entrada no retão de Interlagos, sobre o frio que passou na madrugada. Já que Camilo e Jaime passaram por seu carro muitas voltas, provavelmente procede  a disputa entre ambos relatada na revista AE.

 . Sobre Piracicaba, sou da terra e, à época,  dos 14 aos 17 anos vi as corridas de rua e lembro sim da parte de paralelepipedo, principalmente das Simcas que entravam em segunda reduzida na curva do S. De pesquisas sobre pilotos e corridas auxiliei o piloto de lá, o Max Weiser, que organizava as corridas em Piracicaba, a lançar um Livro dele sobre aquelas, portanto há muita informação a passar em futuros "diálogos" neste "site" sobre Simcas em competição.

Abraços

Aldo

 

[Celso Kuntz-Navarro]

Caro Aldo,



Se você, depois, puder me dizer como posso adquirir o livro do Max seu amigo, eu tenho interesse.



Esses nossos papos e as pesquisas que voltei a fazer sobre o Simca estão me fazendo um bem enorme.



Obrigado,



Celso

[Celso Kuntz-Navarro]

Marcelo,
O de Canela eu conheci. Ainda estava funcionando, embora meio largado, uma pena. Isso já tem uns 20 anos, quando passei por lá com toda minha família, a caminho de Mar Del Plata, desde o Rio de Janeiro. Viajão. De lá pra cá não sei o que houve com o museu.
Eu vi o vídeo da Simca a 170. Eu acredito sim. Bem preparado, eu acho que é o que ela devia ter de máxima, talvez até um pouco mais.  Até já disse isso aqui no blog de vocês. Ocorre que, naqueles tempos, alguns corriam com um diferencial mais curto um pouco, pra ter mais saída de curva. O V8, ao qual vc muito bem se refere (te disse que carro tem alma, vocês não acreditam...), era meio chocho, o motor 8BA, de comando único no bloco, com tuchos mecânicos, etc., não disponibilizava muito torque. Então, a fábrica começou a usar um diferencial mais curto (o de série acho que era 10:43 e os curtos eram 9:23 ou algo parecido, honestamente não me lembro a relação, uma pena), e cedeu o ´segredo´  para alguns amigos. Acho que o Walter Hahn usava, o Avon, o Ruy Santiago, e mais um ou outro. Dava uma diferença louca nos tempos, apesar de ficar com uma final menor, que era compensado com mais saída de torque, principalmente no Sargento, Bico de Pato, subida do Lago e principalmente depois da Junção na subida para a reta dos boxes. Aquela junção e depois uma subidona (não parecia, mas era) era um tormento com carros chochos, nem imagine. Falo do antigo traçado de Interlagos, não nesse crime que fizeram, com um traçado idiota e monótono. Mas esse tipo de motor, como você deve saber, apesar de muito antigo (início da década de 30, equipando aqueles fordões cristaleiras 32-34 que sucederam aos fordinhos-bigode), foi inventado pela Ford naquela época e foi cedido, vendido, não sei o quê, aos franceses. Só que os originais da Ford tinham 3.2L, e esses nossos caiu a cilindrada para 2.6L. Então, a potencia que já era mixuruca nos 3.2L (apesar de ser muito melhor que os 6cilindros), ficou menor ainda. Mas esse motor 8BA apresentou enormes avanços pra época, porque foram os primeiros com virabrequim forjados em aço, tinha menos mancais (só três), o motor era mais curto que um 6 cilindros, etc.  Eu acredito que existam kits para modificação desse motor, para comando na cabeça. Talvez na França, ou mesmos nos USA, não sei. Mas que melhoraria, isso melhoraria, e muito.
Sobre restauro, acho que vc deve ser mágico. Não sei como faz pra conseguir peças pra Simca, no Brasil. É herói...
Abraço,
Celso

[Marcelo Viana]

Celzo, o museu de Canela foi comprado e reformulado pelos irmãos Azambuja, de Passo Fundo. Eles possuem uma grande coleção de antigos. Ele está para ser reinaugurado, se é que já não foi.

Se isso tudo está te fazendo bem, então acho que você deve aparecer em São Caetano. Você vai ficar muito bem vendo um monte de Simcas. A bela Simca amarela que o Aldo montou em homenagem ao Walter Hahn é especial, veja a foto:



As relações dos diferenciais dos carros de série são conhecidas, inclusive eu citei no site da Simca. Elas estão na literatura: 10:43 e 10:39. No início era só o longo, mas a fábrica logo percebeu que não dava e fez o curto para o Chambord e, depois, a Jangada. A Présidence e a Rallye tinham somente o longo de série, já que o motor era mais forte.

Com o Emi-Sul, o motor ficou bem mais forte, com mais torque, mas a fábrica preferiu manter o curto. O nosso amigo Alexandre Goerl tem uma Chambord 63 com motor Emi-Sul e trocou o diferencial agora para longo, tendo ficado muito satisfeito com a mudança, resolvendo inclusive encarar Porto Alegre/São Caetano rodando no carro para o nosso evento.

Na entrevista que fiz com o Toco ele falou que tinham alguns jogos de relações, que variavam de acordo com o circuito.

Ainda se consegue alguma coisa de peças na internet, Mercado Livre, etc. No meu caso, desde quando comprei o primeiro carro, a Présidence, em 1983, eu já tinha a noção de que precisava de peças, então rodei muito, mas muito mesmo, corri atrás em vários estados e consegui montar uma pequena concessionária, inclusive tendo adquirido estoques de concessionárias da marca.

Cheguei atrasado em alguns casos e o que mais marcou foi uma loja na Duque de Caxias, no centro de São Paulo, quando o vendedor falou: "essas peças ficavam aqui enchendo espaço, ninguém queria, então na semana passada colocamos tudo na calçada e ainda ficamos olhando o caminhão de lixo destruindo tudo".

Peguei muita coisa em ferro velho também, pois na época eles ainda tinham muitas Simcas. Em um o sujeito falou que gostavam de comprar Simca para tirar as partes de antimônio e vender no quilo. "Picavam" várias por semana, conforme ele me disse. Eu não me perdôo porque deixei passar uma Alvorada cor de ovo novinha, zero, zero, zero, que estava nesse ferro velho e ia ser picada. Tinha a placa de uma cidade do interior. Cheguei a tirar algumas coisas dela, lembro das maçanetas. Era carro para comprar inteiro e eu nem tentei, na época eu ainda não conhecia o modelo e achei sem graça. Uma burrice sem tamanho.

[Marcelo Viana]

Olhem as preciosidades que o Aldo mandou:





Essas fotos são da prova Grupo II em  Piracicaba, 1965, vencida por Walter Hahn com Simca Rallye Azul. A primeira foto é no meio da Curva do "S" e, a segunda, após esta. Neste dia, estava na rua que acessa o meio desta curva, vide primeira foto, não aparecendo na foto. O Simca 87, provavelmente era de Piloto da Equipe 1600,  do Walter

[Celso Kuntz-Navarro]

Uma beleza mesmo. Eu me lembro desse ´ralizão 3 andorinhas´ azul dele, rebaixadão. Era belíssimo. (e o ronco do veoitão, heim Aldo?, é uma música de Mozart...).  E repare que quase não tinha patrocínio, era ´do bolso´ mesmo... e não havia rodas de liga, e os Cinturato Pirelli estavam começando. Acho que se punha umas 70 libras, ficava um pedaço de pau. Mas repara na foto de cima que a traseira está levemente saindo e ele corrigindo de forma suave, como fazia. Parecia fácil... Mas vá fazer.

[antonio aldo]

Pequena correção

  . Houve inversão das ordens das fotos, onde é primeira é segunda e vice versa, ficando:-

""""Essas fotos são da prova Grupo II em  Piracicaba, 1965, vencida por Walter Hahn com Simca Rallye Azul. A segunda foto é no meio da Curva do "S" e, a primeira, após esta. Neste dia, estava na rua que acessa o meio desta curva, vide primeira foto, não aparecendo na foto. O Simca 87, provavelmente era de Piloto da Equipe 1600,  do Walter"""""".


  . Faz algum tempo, andei no circuito de rua com a Simca verde "Argentina" nesta pista de rua em Piracicaba:- na Curva do S em segunda, a adrenalina subiu. Quem sabe em 2017 possamos ter essa oportunidade no mesmo local com diversas Simcas com escape aberto.

[Celso Kuntz-Navarro]

Sua menção à Simca verde ´argentina´, me trouxe à memória um sujeito mirradinho, baixinho e magrinho, que, acho, andava de Simca também, lá pelos idos de 65-66. Era o Roberto ´Argentino´ Gomes. Porque era argentino mesmo. Não tocava nada, mas era atuante. Alguém já ouviu falar nele, e sabe que fim levou o Argentino. Era gente boa toda vida.

[Celso Kuntz-Navarro]

Achei o Argentino, e muito mais. Vcs devem conhecer esse blog.



Mas o filminho do show do Euclides Pinheiro, de Simca Tufão, é espetacular.



Revejam em:



http://blogdoquadriculada.blogspot.com.br/2010/10/simca-show.html

[gtx]

celso,
entrevistei o roberto "argentino"gomes há alguns anos. agradável, bom de convívio, estava bem de saúde, algo esquecido numas partes, bastante falador para outras questões. permitiu copiar algumas fotos de seu álbum pessoal.
é ou era argentino, veio para o brasil, correu com jk numa das provas da inauguração da capital, e preparava seus simcas com partes desenvolvidas na argentina. tinha oficina da marca.