Simca nas Pistas - Pilotos, Fotos e Videos

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Celso Kuntz-Navarro Celso Kuntz-Navarro
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Re: Simca nas Pistas - Pilotos, Fotos e Videos

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Que máximo, GTX. E, que bom ele estar bem. Já deve estar beirando os 80, ou até mais... O tempo passa. Isso mesmo, me lembro dele de JK. E também de Simca.



Leon Leon
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Simca nas Pistas - Pilotos, Fotos e Videos

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Em resposta à esta mensagem postada por MCS
Num sítio dedicado à cidade de Juiz de Fora (http://mauricioresgatandoopassado.blogspot.com.br/2016/02/veiculos-0-fotos.html), há diversas fotos de Simcas, algumas abaixo mostradas:

1) 117º aniversário de Juiz de Fora (28/5/1967), 1ª prova, 6º lugar do Simca #18


2) 117º aniversário de Juiz de Fora (28/5/1967), 2ª prova, 10º lugar do Simca Rallye #84


3) Simca Show Euclides Pinheiro, Av. Brasil, agosto/1965


prperalta prperalta
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Em resposta à esta mensagem postada por gtx
Olá,
Gostaria de saber se vc tem essa foto do Simca do "Argentino" em tamanho maior.
Se tiver o ano tbm ajuda, e sim, parece ser sim Interlagos
Meu e-mail para agilizar o contato é: prperalta@yahoo.com.br
Tenho uma página com a carreira dele e essa foto seria muito bem vinda para ilustra-la.
Veja no www.bandeiraquadriculada.com.br
Aguardo,
Paulo
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Leon, que fotos incríveis. Inéditas. Legal demais.

Paulo, qualquer hora o Nasser aparece por aqui para te responder.
rusiq rusiq
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Carros de "Corrida" Simca, presentes no 2º Encontro Simca.
Fotos: Maria Beatriz Vaccari/Garagem360




SIMCA TEMPESTADE
Peter Peter
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Boa Noite Confrades,

Apenas por curiosidade, esta simca 26, além do teto rebaixado, tem o entre-eixos encurtado correto??

Abraços,

Peter Evandro Haake
(HotStude40 - Blumenau/SC)
gtx gtx
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

tem as medidas da carretera de época, incluindo a redução da distância entre eixos
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Nasser, grande novidade para mim, eu não sabia disso. Conte como foi essa redução entre eixos, como foi feito isso.
gtx gtx
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

na carretera simca apresentada em recife, pe, dentre as características, relativamente ao carro original reduziu-se a distância entre eixos de 2,69m para 2,50m. usualmente isto é feito cortando nas longarinas e colocando um reforço. no caso do carro do aldo ele informou que as originais estavam podres e, assim, fez novas na medida desejada.
gtx gtx
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Em resposta à esta mensagem postada por prperalta
ao grupo: respondido por telefone.
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Eu não tinha reparado nesse detalhe. Corta no cardã também? E na lataria, tira é nas portas?
antonio aldo antonio aldo
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Marcelo

 . A carretera, como informou o Nasser, seguiu o padrão do carro que correu
em Recife/1965. Os dados, para execução, como distancia entre-eixos e rebaixa-
mento, seguiu-se dados constantes em revista Autoesporte de 1965.

 . O que faltou foi fazer o capô liso e cortar os paralamas com os farois tipo "gota",
conforme foto já constante no "sitio", fato de difícil decisão, já que tinha um capô
Rallye, prevalecendo este ultimo, por sua estética.

 . O corte da carroçaria deu-se logo atrás das portas dianteiras, idem o teto, fi-
cando com distancia entre eixos de 2,50 m. Rebaixou-se o teto em 10 cm e aí
foi perfeito malabarismo de funilaria em seu acabamento, pois o carro estava
lastimavel, com longarinas e tudo o mais muito podre.



Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Legal, Aldo. Isso que você fez não tem preço: preparar um carro para um evento (a amarela para Poços de Caldas) e um outro carro para o segundo evento (a carretera para São Caetano). Mostra a sua paixão pela marca. Com esses dois carros, você resgatou um bom pedaço da história da Simca.

Eu não tinha parado para prestar atenção nesses detalhes. Eu também não perderia o capô de Rallye 63, acho que você tomou a melhor decisão.

Fui levar os carros para a oficina do Ronaldo na noite do domingo. Tem uma rampa forte na entrada. O Guedes teve que acelerar para o carro subir e eu fiquei impressionado com a força dele, como subiu a rampa com facilidade e com vontade. Parabéns mesmo!
gtx gtx
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Esta mensagem foi atualizada em .
texto do sítio "Nobres do Grid" lido hoje, ago,15,16. Fala do Zé Fernando Martins, o Toco, da área de desenvolvimento e pilotagem da simca, ativo agente naquela época romântica.
Traz algumas controvérsias, como a vitória nos 500 km de Brasília - quem venceu foi o Tempestade/Perereca/TGT - e a mim uma dúvida: a oficina ainda funciona ? soube que havia fechado. se alguém souber, seria interessante esclarecer.   r nasser

ps: há fotos, e não há conhecimento meu para grudá-las aqui. assim, segue o texto. interessados no bom trabalho, aqui: http://www.nobresdogrid.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=441:jose-fernando-toco-martins&catid=36:galeria-de-herois&Itemid=68
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José Fernandes 'Toco' Martins       
Nobres do Grid - Wednesday, 22 December 2010 10:49
 


O nome José Fernandes Lopes Martins pode, de início, passar desapercebido pelo leitor menos atento, mas se no meio do nome colocarmos seu apelido – Toco – certamente todos irão lembrar deste grande piloto que foi um dos astros da equipe Simca nos anos 60.
 
José Fernandes “Toco” Martins nasceu em São Paulo, capital, no dia 19 de agosto de 1940, na Vila Pompéia, cresceu por lá e morou no bairro até casar-se. Quando mudou para Pinheiros.
 
Filho mais velho do casamento de José Gaspar Martins Filho e Maria Guilhermina Whitecker Lopes (Toco teve apenas uma irmã, mas esta já é falecida). Os filhos do ‘seu’ Gaspar tinham uma vida tranqüila. Ele, bancário, tinha meios de prover uma boa condição e a mãe professora e dona de casa, compunham o típico esquema de família brasileira da época.  
 
Além das atividades profissionais, o pai de Toco era um exemplo para o filho também como desportista. ‘Seu’ Gaspar foi treinador da equipe olímpica brasileira de pugilismo nas olimpíadas de Helsink, na Finlândia. Na época, fora do trabalho, era mais conhecido por seu apelido – Paraná – que era devido a ele ter nascido na cidade da Lapa, no interior do estado.  
 
Seguindo a “tradição familiar”, o pequeno José Fernandes também ganhou seu apelido... e foi ainda na infância. Pequenino e gorduchinho, era constantemente chamado por seu avô de “Toquinho” que com o passar do tempo e o crescimento do garoto virou “Toco” e de tanto ter o apelido chamado nas reuniões de família, este acabou pegando e propagando-se entre os amigos.
 
Desde cedo, quando ainda aluno do Colégio Rio Branco, Toco demonstrou interesse por mecânica e mesmo sem precisar trabalhar, pela boa condição que sua família tinha, empregou-se aos 13 anos como mecânico aprendiz em uma oficina não muito distante de casa. Foi lá que o perfil do mecânico começou a se formar.
 
O passo seguinte foi a entrada para o SENAI, para fazer o curso de mecânica. Graças ao curso e o diploma, Toco conseguiu emprego em uma das principais montadoras de automóveis do país: a Simca. Foi na montadora de origem francesa que ele trabalhou de 1960 a 1967, quando esta foi vendida para a Chrysler.
 

Toco, no início dos anos 60. De mecânico da Simca do Brasil, foi alçado a condição de piloto por seu conhecimento do carro.
 
Desde o início trabalhou no departamento de testes e nele ficou por 1 ano no banco de provas, andando com carros e fazendo testes, especialmente de potência e resistência dos motores. Elevava-se a rotação até 6000 giros e, quando quebrava, parava-se e ia-se investigar o que havia quebrado.  Foi então que a montadora decidiu montar seu departamento de competição e para lá ele foi transferido... para ser mecânico. Até então, não passava pela idéia de ninguém – nem do próprio Toco – vir a ser piloto.
 
Como havia andado muito com o carro, especialmente na estrada velha de Santos, chegando a gastar um jogo de pneus a cada três dias, subindo e descendo o dia inteiro. Entre os pilotos que a fábrica havia chamado a grande estrela era o Ciro Cayres, mas também tinha o Zoroastro Avon, o Waldemir Costa e outros, entre eles, o jovem Jayme Silva. De início Toco havia sido chamado para ser mecânico, mas como havia andado muito com os carros, também acabou por ser alçado à condição de piloto. Na verdade, após pouco tempo, os pilotos efetivos da equipe eram apenas Ciro, Jayme e Toco.
 
Os carros eram preparados por Toco e Jayme com uma equipe de três mecânicos. O trabalho era duro e a antiga estrada de Santos (aquela da música do Roberto Carlos) era um grande laboratório. Subidas e descidas durante todo o dia. Chegava-se a consumir um jogo de pneus em menos de três dias!  
 

Ao lado de Jayme Silva, por mais de uma década formaram uma dupla vitoriosa. Eram eles que testavam o carro para correr.
 
Como a idéia agora era preparar os carros para a competição, forçava-se o carro até não se poder mais. Quebras de roda – “as rodas francesas (originais) não valiam nada!” Diverte-se, Toco. Quebrava muita ponta de eixo traseiro. O motor, que originalmente tinha 75cv, Toco e a equipe chegou a tirar 144cv de um deles (eram motores de 2,4 litros). Se hoje estes valores parecem pequenos, na época era muita coisa. Na verdade, Toco nunca havia pensado em ser piloto e, dentro da Simca, tinha uma verdadeira lenda das pistas que era o Ciro Cayres.
 
Como eram mais jovens e menos experientes, Toco e Jayme procuravam compensar a diferença com mais dedicação, mais trabalho, varando noites na fábrica. Isso deu aos dois um conhecimento do carro muito grande.
 
A primeira corrida disputada por Toco foi em Araraquara, em agosto de 1962, com um Simca Cambord equipado com um motor de 2432cc. Acabou abandonando, mas aquele era só o início de tudo. Passados pouco mais de 40 dias, no circuito da Barra da Tijuca – em dupla com Ciro Cayres – o Simca Chambord nº 44 cruzou a linha de chegada em 2º lugar.
 
 
Na sua primeira corrida, Toco teve um papel importante. Correu para a equipe, mas enquanto esteve no volante, liderou.
 
O Simca era um carro muito pesado e a corrida era de rua. Os DKW eram os favoritos neste tipo de prova, mas se os carros de maior cilindrada, como os Simca, largassem na frente, seria muito difícil para eles passarem e foi engraçado porque o Toco foi “empurrado” para a pista. Ser piloto não estava nos planos, acabou virando um!  
 
Esta prova tem um detalhe que, o motor do carro de Toco foi um motor preparado para responder mais rápido. Ele pulou na ponta e ficou segurando, o quanto pode, para os outros carros da equipe andar junto com os DKW.  
 
Aquele ano de estréia ainda renderia mais dois pódios: Em dezembro, correndo no carro com Ciro Cayres, Jayme Silva e Danilo Lemos, terminaram em 3º as I 500 Milhas de Interlagos. O interessante detalhe desta prova é que um dos carros da equipe quebrou e os quatro pilotos inscritos pelo time se revezaram ao volante dos dois carros, Simcas Chambord números 26 e 44.


Em Interlagos, com suas subidas e descidas o pesado Rallye sofria ante aos carros mais leves, apesar da sua velocidade final.
 
No na seguinte, em 1963, quatro corridas disputadas, com dois terceiros e dois abandonos... mas aquele ano teria um fato muito especial na vida deste nosso herói: foi o casamento com Maria Luiza Marcondes Martins, com quem namorava há um ano e com quem viveu por 47 anos (D. Maria Luiza veio a falecer em setembro de 2010). Do casamento vieram um casal de filhos. O filho de Toco trabalha com ele, na atual oficina, na parte de remoção de trincas em vidros e a filha mora nos Estados Unidos.
 
Se no início os DKW eram um problema em algumas provas, logo surgiu outro ainda maior: as Berlinetas Interlagos. As retomadas para os pesados Simca eram um problema e mesmo sendo velozes, considerando-se a velocidade final, o resultado final deixava os Chambords e Rallies em desvantagem.
 

Quando a Simca trouxe os dois Abarth 2.0, o cenário mudou. Todos comeram poeira e Toco era presença constante no pódio.
 
A situação só mudou quando a fábrica importou no segundo semestre de 1964 dois Simca Abarth, com motor 2.0, para acabar de vez com o domínio da concorrente também francesa, a Renault. Logo na primeira prova disputada, a sétima edição dos 500 Km de Interlagos, Toco venceu, em dupla com Ciro Cayres (cujo o carro quebrou e ele foi fazer dupla com Toco). Seria a primeira de uma série de vitórias.
 
Ainda no mesmo ano, Toco guiou nos dois carros da equipe na primeira prova de 6 horas em Brasília, revezando-se com Jaime Silva, no carro 26, e com Marivaldo Fernandes, no carro 44. terminando em 2° e 3° lugar, respectivamente. Em 1965 foram nove provas disputadas, com algumas sendo com o modelo Rally e ainda com a estréia do protótipo Tufão. Mas foi com o Abarth que vieram mais duas vitórias, em Brasília e São Paulo, em provas de 12 horas. A prova de Brasília teve um sabor e um valor especial, pois tendo ficado sem freios durante a maior parte da prova, conseguiram conter o assédio de José Carlos Pace e Wilsinho Fittipaldi.
 

Toco (ao lado de Jayme Silva) recebendo um dos inúmeros troféus ganhos ao longo daqueles anos com os Abarth.
 
No final deste ano os Abarth tiveram que retornar para França e uma outra realidade se desenhava. A Simca, em 1966, participou de poucas corridas oficiais e os resultados não foram dos melhores. Em 1967 a venda da montadora para a americana Chrysler acabou por encerrar as atividades do departamento de competição. A Chrysler ofereceu a Toco a sua volta ao departamento de mecânica e peças, mas o piloto não aceitou.  
 
As vantagens de ser um piloto (carro da firma, não ter horário para entrar ou sair além de um salário diferenciado. Salário de piloto! Não era uma fortuna, mas era melhor do que o de mecânico. Além disso, tinham os prêmios) deixariam de existir e isso seria um retrocesso após tantos anos de experiência adquirida. Toco – e Jayme, que também não aceitou outra função – deixou a fábrica.
 
Naquele ano Toco ainda correu uma prova: os 500 Km de Interlagos, ao volante de um Fórmula Vê com chassi Aranae, em dupla com o piloto Aylton Varanda. A prova não chegou ao fim para os dois, que abandonaram depois de um acidente sem maior gravidade.
 

Depois de seis anos longe das pistas, foi ao volante de um Dodge Charger que Toco voltou às pistas. Era o reinício.
 
Toco propôs a Jayme Silva e Ciro Cayres montar uma oficina. Ciro não topou entrar na empreitada, indo trabalhar na GM, mas Jayme Silva acabou fechando acordo e dando início a mais uma parceria vitoriosa que durou muitos anos.  
 
A oficina aberta na Rua Iguatemi rendeu bons frutos e dividendos. O engenheiro Jacques Pasteur, que chegou a ser presidente da Simca e era um entusiasta por corridas, deu o maior apoio aos dois ex-funcionários. Na verdade, deu muito mais que isso, transferindo para a oficina todo o material de competição que existia nos almoxarifados da Simca... sem custo! Foram dois caminhões de material diferenciado, coisas que não eram disponibilizadas nos carros de passeio.
 
O Simca foi o grande carro do país por muito tempo e muita gente que conservou seus carros acabava indo buscar na oficina dos antigos pilotos o material para manter seus carros rodando... ou correndo! Os gaúchos criaram uma verdadeira “trade” de comércio de peças de São Paulo para o Rio Grande do Sul. Apesar do “Know How” adquirido com os anos de competição, a oficina não preparava carros para competição, apenas vendia peças para quem corria e cuidava de carros particulares.
 

A oficina que tinha em parceria com Jayme Silva era referência na preparação de carros da divisão 1. Daí eles foram p/ a pista.
 
Toco ficou longe das pistas por seis anos, retornando às competições apenas no ano de 1973, nas I 25 Horas de Interlagos, onde correu ao volante de um Dodge Charger, com um V8 de 5 litros, na companhia do antigo parceiro de volante e sócio de negócio – Jayme Silva – mas não chegaram ao final da prova. Ainda naquele ano, correu em dupla com Koji Yamanishi, novamente ao volante de um Dodge Charger, com um V8 de 5 litros, os 500 Km de Interlagos. A carreira nas pistas estava retomada.  
 
No ano seguinte, Toco correu apenas as 25 horas de Interlagos, mas os planos de um retorno em grande estilo já estavam traçados. A Equipe montada em parceria com Jayme Silva e com o apoio da Tenenge, com o suporte técnico do Engenheiro Luiz Antônio Coli e uma retaguarda de primeira linha, propiciou a experiente dupla voltar aos tempos de glória e sagrar-se, ao final do ano, campeão paulista da Divisão 1.
 

Com o apoio da Tenenge, Toco sagrou-se (novamente com Jayme) campeão peulista da Divisão 1 e foi contratado pela Hollywood.
 
O sucesso de Toco foi tamanho que ele foi convidado a fazer parte da poderosa equipe Hollywood, a mais bem estruturada equipe da época no Brasil. O melhor resultado conquistado foi um terceiro lugar nas 6 horas de Interlagos, em dupla com Marinho Amaral. Aquela foi a última prova de José Fernandes ‘Toco’ Martins como piloto.
 
Após deixar as pistas, Toco continuou dedicando-se à competição, mas na mecânica, houve tempos em que até sete carros eram “feitos” na oficina de Toco e Jayme, já na Rua Fradique Coutinho, na altura do número 1600, por conta da credibilidade que ambos tinham.
 

Em 1975, uma foto rara (pelo bigode) Toco esteve mais uma vez no alto do pódio... A corrida dos campeões foi uma das últimas.
 
Depois disso, eles montaram uma enorme oficina, na rua Fidalga, 814, onde hoje fica a Bavária

Comercio de Peças, com mais de 1000 metros quadrados e uma das melhores – se não a melhor – estrutura de São Paulo. Contudo, o “casamento” entre Toco e Jayme entrou em crise por conta dos negócios e a oficina acabou fechando... e assim ficando por mais de cinco anos. A amizade dos dois, parceiros de tantos anos, deteriorou-se.
 
Foi nesta época que eles foram procurados por Affonso Giaffone, que estava na GM junto com o Edgar de Melo Filho e a proposta era para que a oficina dos dois preparasse o carro da dupla, com suporte de peças da GM, que bancaria tudo. Contudo, foi justamente esta negociação que acabou por terminar com a sociedade e a amizade entre eles.
 

Como muitos dos pilotos de sua época, pouca coisa do acervo permaneceu. Contudo, o espírito amigável e o sorriso ficaram.
 
Toco foi tocar sua vida sozinho, e abriu outra oficina, desta feita em sociedade com a esposa, e que está em funcionamento até hoje. Profissional bem sucedido e oferecendo um serviço de grande qualidade, sua oficina é uma referência no bairro de Pinheiros.
 
Se o amigo leitor precisar de um bom serviço de funilaria, mecânica em geral e recuperação de para brisas, pode ir no bairro de Pinheiros, na Rua Fradique Coutinho, 220. Aproveite para tirar uma foto e pedir um autógrafo para esta lenda viva das nossas pistas.
 

Quem for na oficina do Toco vai ter - com certeza - além de um ótimo atendimento, muita história para ouvir deste campeão.
 
Dá até para ouvir uma boa história daqueles tempos em que se fazia automobilismo por paixão e dar umas boas risadas com o bonachão José Fernando ‘Toco’ Martins.  
 
Fontes: Revista Autoesporte; Revista Quatro Rodas; Jornais da época; Depoimentos e fotos do piloto.
 
Leon Leon
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

GTX, o Google Maps mostra um edifício em construção onde era o 220 da Rua Fradique Coutinho.

Porém, a empresa que lá existia, com o nome JOSE FERNANDO LOPES MARTINS JUNIOR (sugestivo, não?), CNPJ 02.648.380/0001-09, NIRE 35115855733, tendo por atividades "COMERCIO DE MAQUINAS PARA REPARACAO DE AUTOMOVEIS ARTIGOS ELETRONICOS, EQUIPAMENTOS PARA TRABALHOS MANUAIS, SERVICOS DE REPARACAO EM VIDROS AUTOMOTIVOS E TREINAMENTO NESTA AREA", consta estar localizada na RUA ARTUR DE AZEVEDO, 1480, SL. 03, onde há... um edifício em construção!
gtx gtx
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

a estória se esvai.
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Belo texto, Nasser. Sem dúvida um currículo e tanto. Uma vida vivida intensamente. Toco virou sinônimo de Simca.

Não foi você quem passou a informação de que ele tinha se mudado para um sitio em Atibaia?

Eu não sabia desse generoso presente do Pasteur. Sem dúvida tais peças especiais foram parar nas mãos certas, Jayme e Toco. Se tivessem ficado na Chrysler, teriam virado sucata. E faziam toda a diferença. Há pouco tempo o Walter Hahn me disse que não tinha jeito de ele acompanhar os carros da fábrica, a diferença entre o Chambord normal que ele corria e os carros preparados pela fábrica era significativa.

Como o Pasteur teve poder para ficar com essas peças? Elas não pertenciam à Chrysler?
gtx gtx
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

quanto à aquisição, disse-me o jaime ter sido por importância desproporcional. creio mais nesta informação, e m'sieur le patron era le patron, mandava e desmandava. além do mais creio que a história contábil de tais bens já existia com carga ao departamento de desenvolvimento, onde o usual era o consumo e o descarte, daí poder ser vendido até como sucata. a atividade de corridas tinha sido encerrada com a tragédia do rallye da argentina e pelo fato de o esplanada ter imagem inteiramente diversa das corridas. juntaram-se os fatos e limparam o pátio. é o que explica, por exemplo, o saque à suspensão frontal, sistema de freios, direção e rodas do tempestade, e a remessa do restante para venda ao ferro velho.
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Simcas de Competições - Fotos e Vídeos

Bem explicado. Faz mesmo todo o sentido. Fiz de linha, a ordem era sumir com tudo de Simca.
Leon Leon
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Re: Simca nas Pistas - Pilotos, Fotos e Videos

Em resposta à esta mensagem postada por MCS
ZOROASTRO AVON

Já que a página com toto o texto está desaparecendo (recuperei-a pelo cache do Google), transcreverei parte do texto de um neto do Zoroastro Avon, contando sobre o lado pessoal de seu avô:

O Torto foi o local escolhido para um bate-papo com os integrantes da banda Folhetim Urbano às 19 horas de uma segunda-feira em Curitiba. Com o recém-lançado Cativeiro, a Folhetim Urbano é exemplo de que ainda é possível fazer música, gravar um cd e tentar fazer shows. Podem ser poucos shows, mas sempre tem uma leva de amigos e parceiros que acompanham os refrões. Carlão Zubek (guitarra e voz), Renato Zubek (baixo e voz) e Marcelo (bateria) montaram a banda em 2003 porque acreditam que têm algo a dizer e que a melhor maneira de botar isso em prática é através da música. Nessa sexta, 01 de dezembro [de 2006], a banda toca no Porão do Rock.

A música, por sinal, também é o plano b dos rapazes, que ralam em empregos “normais” durante o dia. O bate-papo teve a companhia do fiel amigo e poeta Flávio Jacobsen, que assim define a FU: “é uma simples alusão aos folhetins urbanos que narram toda essa visão e a violência do mundo, como a Tribuna Popular ou o Notícias Populares de São Paulo. É a retórica desses jornais, desses folhetins urbanos”. Cativeiro, o disco lançado em show memorável no Sesi Portão, que contou com a participação dos músicos Paulinho Branco, Linari (da inigualável paulista La Carne), Rodrigo Genaro (Gruvox) e Ivan Santos (Oaeoz), traz cinco faixas inspiradas – Guerrilha, ‘F’ de todos nós, Avon, Fases Frases e Tempestades e Sabadá –, que falam sobre a realidade de pessoas como eu, eles ou vocês. Leia abaixo a entrevista com a banda.

...

E o seu avô, o disco é dedicado pra ele, ele está na foto da capa...
O nome dele era Zoroastro Avon e ele foi piloto de Simca chambord. Quando a gente começou a gravar e ele ainda tava vivo, a gente mostrava as músicas para ele e ele xingava, dizia que não era música... Ele era um tipo de cara muito louco, era um cara que viveu o sonho dele. E ele criou uma desestrutura na família. E percebi que um pouco dessa minha visão era disso tudo que ele tinha criado.

Em que sentido?
De desestrutura familiar mesmo. Ele saiu fora e deixou a minha avó sozinha cuidando de nove filhas, então todo mundo é meio puto da cara com ele. É amor e ódio junto. A gente entende o lado do cara, porque tem o lado do sonho, de o cara acreditar em uma parada. E ele era tão verdadeiro naquilo, que até o final da vida dele, ele manteve aquele caráter louco. Então ele criou todo um problema, mas criou também outras coisas, uns pulos a mais. Ele foi piloto de Caxambo, era um puta de um piloto, morou em vários lugares, aprendeu várias línguas, só que morreu morando de favor, não ficou com nada. Então é uma coisa muito louca que a gente, que nessa onda o Folhetim Urbano meio que segue, nessa idéia de fazer o que gosta. Ele foi fundamental em tudo e foi uma homenagem pra ele. Mas fora isso não adianta ele ficar falando que ele comeu a Vera Fischer que ninguém vai acreditar...

E ele acompanhou o disco?
A gente mostrava e ele não gostava. Falava que não era música. Depois um dia ele escutou e disse: “pô, aquela música fala dos americanos, até que você tem um pouco de razão, mas você é um ignorante”. Hahaha. Ele tinha essa incoerência, e tinha um lado musical fudido.


http://www.oplanob.com.br

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