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Correndo o risco de cometer algum engano, em decorrência do tempo já passado (também estamos envelhecendo, como os antigos proprietários que conheci. Só os carros, restaurados, ficam cada vez mais novos).
O último Esplanada, azul, não sei se metálico, ficou com o Márcio Braz, neto do ex-presidente da República Wenceslau Braz. Foi dono da concessionária Simca de Itajubá. Quando o conheci, lucidez total. Impressionante organização do grande estoque de peças da concessionária, guardadas, catalogadas e que depois de muitos e muitos anos de paciente espera e tentativas acabou vindo parar aqui em casa, sem os gambás que usaram plásticos e caixas com a marca Simca e Chrysler para fazer seus ninhos no galpão onde as peças ficavam.
Ele me contou vários casos, entre eles esse do último Esplanada produzido. Sujeito muito esperto, inteligente, empresário bem sucedido. Ia pessoalmente na fábrica, com regularidade. Sempre levava bons quitutes mineiros, como queijos e doces. Tinha trânsito lá dentro e por isso lhe eram reservados sempre os melhores carros, podendo escolhê-los. Vendeu uma Présidence para o Juscelino Kubitschek em um salão de automóveis, do tipo "pode entregar". Deve ter sido o único no Brasil, ou dos raríssimos, que conseguia vender mais Simca do que Aero Willys. Não tinha uma autorização formal da Simca do Brasil para atuar como concessionária. Quando a Chrysler assumiu, teve um desentendimento com o Pyke, que então disse que iria retirar a licença dele, ao que retrucou que não tinha licença e que não venderia mais da marca, levantou-se da sala e saiu, encerrando assim vários anos de concessionária.
Chegando ao Esplanada azul: em vista dos seus contatos na fábrica e visão, conseguiu reservar o último Esplanada e ficou com ele vários anos em Itajubá. Um dia bateram a campainha na sua casa, era um sujeito de São Paulo procurando pelo carro, dizendo que iria levá-lo. Ele disse que não estava à venda. O cara disse que iria levá-lo mesmo assim e no dia seguinte voltou com um caminhão de dinheiro, então o Márcio, como bom negociante que era, vendeu.
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Marcelo, que história legal!
Esses "causos" são demais. História pura.
Abração,
Adalberto
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que loucura alguém vender mais carros que a concorrência, ter estoque de peças para fazer assistência - e não ser concessionário. curioso porquanto a simca nomeava qualquer comerciante interessado, em cidades sem mercado potencial. havia, por exemplo, revendedor em araguari, última cidade do triângulo mineiro, sem ligação asfaltada.
sobre vender mais simcas que aero willys, lembre-se do texto aqui publicado sobre a auto nordeste. dava a mesma informação.
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Nasser, note bem:
ele não era nomeado formalmente, mas era uma concessionária.
Não deixa de ser um paradoxo.
Tinha ótimas instalações e o prédio existe até hoje. Da última vez que lá estive, alugado para a Igreja Universal, salvo engano. Pelo que vi, não estou afirmando, era a maior concessionária de Minas. Em Belo Horizonte teve somente uma, que era pequena e não existiu durante todos os anos Simca, chegando a falir. Tenho uma carta informando o comprador de uma Alvorada, que foi minha, sobre isso.
Peças pra caramba em embalagens oficiais da fábrica, oficina completa com ferramental de fábrica, mecânicos treinados na fábrica e certificados, catálogos de peças, motor Emi-Sul em engradado devolvido retificado ou a enviar para a fábrica para retificar (isso não me lembro agora), com o cartão indicando isso. Peguei um ou dois cartões de peças devolvidas com defeito. Carimbos da fábrica, paletas de cores.
Enfim, era uma concessionária, só faltava o documento formal dizendo que era. Foi de lá que veio a famosa placa luminosa da Simca, que serviu de modelo para aquela que sorteamos em Poços de Caldas.
O que imagino - isso ele não disse - é que conseguiu a autorização para ser concessionário por conta da influência do avô, que, salvo engano, antes do Collor tinha sido o presidente da república mais jovem (46 anos) e por isso continuou recebendo políticos em sua casa durante muito tempo, entre eles Tancredo e Juscelino. Observe que o avô morreu em 1966 e ele se tornou concessionário da Simca anos antes, quando Juscelino era o Presidente.
Sobre vender mais do que a concorrência, ele me contou que era proibido vender fora da área dele, mas vendia muitos carros em São Paulo, na "boca", o que, imagino, seriam agências de carros. Vendia também em outras cidades.
Eu não tive a pretensão de afirmar que ele seria o único a vender mais Simca do que Aero, mesmo porque não vivi a época, apenas relatei. Tive o cuidade de dizer que, talvez, foi o único ou um dos poucos.
Adalberto, também acho essa história incrível. Isso me marcou muito. Já que você gostou, vai outro caso que ele me contou. Assim se fazia política.
Após a era Simca, ele alugou o ótimo prédio onde funcionou a concessionária. Em determinado momento, umas mulheres da vida resolveram abrir uma zona ao lado. Ele ficou preocupado, pois o ponto era bom, cidade do interior, ia pegar mal. Não sabia o que fazer até ter uma brilhante ideia: veio a Belo Horizonte e conseguiu com o governador que abrissem uma delegacia de polícia ao lado da zona, que ali ficou apenas mais uma semana ...
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Marcelo,
Fico imaginando como seria entrar nessa Concessionária de Itajubá quando ela estava no seu apogeu. Devia ser uma coisa estraordinária aquele monte de peças originais, embalagens, tintas, carros, gente entrando e saindo...
Lembro que quando estava no exército, sempre comentavam que tinha uma fábrica de Itajubá, a IMBEL, que fabricava armas.
Abração,
Adalberto
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Conheci o que restou de algumas concessionárias.
Sem dúvida, a campeã em tamanho, organização, quantidade e variedade de peças, foi a de Itu. Ela vendeu Présidence, não sei o número. Tinha peças específicas de reposição para a Présidence, o que sem dúvida é um indicativo do tamanho da revenda. Durante anos fui lá e a muito custo consegui comprar várias peças. Quando surgiu a oportunidade de comprar todo o estoque composto por 55 caixas e engradados de peças catalogadas, ele não ficou comigo porque eu não tinha dez mil reais para completar o preço pedido e assim foi tudo para o Aldo, de São Paulo, em parceria com o Trovão. Acho que nunca vou me perdoar, devia ter pego esses dez mil emprestados no Banco (os outros dez mil eu havia conseguido, também emprestados, de amigo proprietário de Simca).
Nessa minha lista, em segundo lugar vem a de Itajubá. Quando entrei no prédio vazio fiquei imaginando também como seriam as coisas na época. Ótimas instalações no prédio principal, com amplo salão de vendas e, ao fundo, a área de oficina.
Atravessando uma rua estreita sem saída, logo ao lado, ficava o escritório. Quando lá estive as coisas estavam praticamente como na época: arquivos, móveis, fichários de peças, papelada e as inacreditáveis peletas de cores da Simca que nunca vi em outro lugar e que a muito custo consegui. Na realidade, ganhei de presente e graças a essa paleta de cores e ao Tato eu tive que pintar a minha Jangada novamente, pois não tinha referência da 2ª cor e a havia pintado de azul turquesa e bege, com o interior verde. Tinha ficado horrível!
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Consórcio de Esplanada e Regente ?novidade para mim...
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Salvo engano, já vendiam consórcio na época do Chambord. Vamos aguardar os mais bem informados do que eu. Nunca tinha visto esse anúncio.
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CHRYSLER / ESPLANADA 2.4 SEDAN• Modelo:CHRYSLER / ESPLANADA 2.4 SEDAN
• Ano:1969/1969
• Motor:2.4
• Potência:
• Combustível:GASOLINA
• Cor:BRANCA
• Raridade, veículo de coleção
• Telefones: (51) 3217.6655 e (51) 8123.8357
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bela barata.
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o consórcio, criação nacional por uma mocinha televisiva carioca, foi formatado e formalizado pelo John ..... ( me olvido ), executivo da willys. creio que isto ocorreu em 1965. foi ideia excelente e daí se disseminou e salvou muita indústria de ficar em resultados vermelhos. existia para todas as marcas.
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Bonito mesmo ,como tantos outros nunca o vi em Eventos aqui.E pela plaqueta Cranwwod deve ter sido emplacado aqui na epoca .
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Achei!
Registrado atualmente em São José/SC, esteve em agosto/2014 exposto no evento do VCC Florianópolis. Já estava no cadastro... deve ter sido emplacado no RS (IBA...).
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Navegando pelo Blog São Paulo Antiga http://www.saopauloantiga.com.br encontrei essa bela foto de um Regente (ou seria um Esplanada?) azul trafegando pela Avenida Rubem Berta aqui em SP:
Como os murais foram inaugurados em 25 de janeiro de 1969 no aniversário da cidade de SP, supunho que essa foto deve ser de 1969 ou início dos anos 70.
Abraços,
Adalberto
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Muito legal !!
Já viram isso ?
Supostamente ia no porta malas dos Esplanada Chrysler no lugar onde antes ficava a bateria ....
Pergunta .... Qual era o recheio ???
Enviado do meu iPhone Em 21/01/2016, às 13:30, Adalberto [via FÓRUM SIMCA] < [hidden email]> escreveu:
Navegando pelo Blog São Paulo Antiga http://www.saopauloantiga.com.br encontrei essa bela foto de um Regente (ou seria um Esplanada?) azul trafegando pela Avenida Rubem Berta aqui em SP:
Como os murais foram inaugurados em 25 de janeiro de 1969 no aniversário da cidade de SP, supunho que essa foto deve ser de 1969 ou início dos anos 70.
Abraços,
Adalberto
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Sim ,Xara ,aqui em Poa ,tem um para vender com esse acessorio.
Se der um tempo passo la na proxima semana e peço para tirar uma foto.
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Simca Esplanada 1968Simca Esplanada 1968 impecável, com mecânica de opala 4cc, em ótimo estado de conservação.
Leonardo - fone: (45) 9145-8010
Catanduvas - PR
CEP: 85470-000
SIMCA TEMPESTADE
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Adalberto, e esse ônibus passando, que coisa incrível! Grassi ou Ciferal? Lembra o Flecha de Prata da Cometa. Essa foto é mesmo espetacular.
Alemão, nunca vi uma caixa de kit de emergência tão nova como essa.
Tenho duas e abaixo vou colocar uma foto mostrando o que veio dentro delas.
O que eu praticamente garanto que é original: a chave halen e a chave de rodas. O catálogo de peças indica esses dois componentes.
O que eu acho provável: a caixa Chrysler de fusíveis, o fusível do indicador direcional (na foto, estão lado a lado), a presilha de mangueira (está dentro de uma embalagem plástica Chrysler de peça original).
O que eu acho possível: o medidor de pressão na embalagem vermelha e a latinha Chrysler de fluido para freios, que eu nunca tinha visto antes dessa.
Quando o Alemão conseguir descobrir o que tem nessa da foto que ele tirou vamos ter a certeza, caso alguma dessas peças coincida.
Vale a pena comprar esse Esplanada só por causa do kit de emergência em estado de zero. Em se tratando de Badolato não seria surpresa alguma ...
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Fofas, olha que foto mais querida um amigo mandou hoje, direto de um álbum da família dele :
Enviado do meu iPhone
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Btw, estamos fazendo um Regente 67 Simca ...
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