SIMCAS ESPECIAIS

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SIMCAS ESPECIAIS

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Simca Tempestade - 1964
Tempestade.pdf

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SIMCA TEMPESTADE
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Re: SIMCAS ESPECIAIS

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Maurício Morais - DESENHO DE CARRO
março 21, 2008
Pesquisar este blog: http://mauriciomorais.blogspot.com/2008/03/simca-tempestade-recebi-este-e-mail-com.html

SIMCA TEMPESTADE

Recebi este e-mail com muitos detalhes sobre a história do Simca Tempestade que repasso a vocês. Muito obrigado ao Rui Siqueira pela inestimável colaboração.
Maurício Morais




"Maurício, boa tarde.

O Simca Tempestade, também conhecido por Perereca, Vendaval e TGT foi um protótipo criado no depto. de competições da Simca. Na época o chefe da equipe de competições era o Ciro Cayres, que acumulava as funções de chefe e piloto da equipe.

Em 1961, quando assumiu a chefia desta equipe de fábrica, o Ciro era um dos melhores pilotos do Brasil e possuía uma Maserati 250F com motor Corvette. Ao assumir a chefia substituiu o motor Corvette por um Simca e para ele os resultados foram desastrosos, pois o Corvette tinha uns 300 HP e o Simca uns 140. Ciro perdeu todas as corridas da categoria Mecânica Continental que participou em 1962 e 1963. Os Simcas Chambord utilizados nas outras competições eram muito grandes e pesados e competiam em desvantagem, pois a Willys ganhava todas utilizando o Interlagos, um carro com um motor pequeno, mas muito bom em competições.

No final de 1963 Ciro e o Engº George Perrot, gerente de desenvolvimento da Simca, decidem fazer um protótipo para enfrentar os Willys Interlagos. O carro escolhido como base foi a Maserati 250F do Ciro, um formula 1, igual ao carro campeão do mundo em 1957, pilotado pelo Fângio. Não seria muito difícil criar uma carroceria para vestir o chassi Maserati devidamente alterado. Acreditavam que, desta forma, ganhariam muitas corridas, pois se na Mecânica Continental eles enfrentavam carros com 300 Hp ou mais, nas corridas em que participariam com o protótipo iriam enfrentar carros com potencias de no máximo 90 Hp. Os 140 do Simca era mais do que suficiente.

Este projeto foi apresentado à diretoria e o engº Jean Pasteur, presidente da Simca, exigiu que a mecânica completa de um Simca Chambord fosse utilizada no protótipo. Isto matou a ideia original. O Tempestade foi construído em 8 meses e da Maserati só utilizaram a suspensão dianteira e as rodas. No chassi tubular, feito especialmente para o Tempestade, os suportes da suspensão dianteira eram iguais aos da Maserati, para possibilitar sua montagem. Hoje, algumas pessoas afirmam, erroneamente, que o chassi era o da Maserati. No máximo, o chassi do Tempestade foi derivado do Maserati.

O desenvolvimento deste carro foi muito prejudicado pela chegada dos Abarths Simca e pela contratação do Chico Landi como chefe de equipe. Com a volta dos Abarths à França, o Chico encostou definitivamente o Tempestade e começou a desenvolvimento do Simca GT Spyder, um carro feito sobre a plataforma do Simca Chambord.

O GT Spyder nunca correu pela equipe de fábrica e a sua única participação de destaque foi no filme "As Cariocas", quando o piloto era a Norma Bengell... Ai a Chrysler chegou (era dona da Simca France desde 1963) e encerrou as atividades do depto. de competições.

O Simca Tempestade participou de 9 corridas, venceu 2 e, provavelmente, foi sucateado. Vou escrever um texto sobre o Tempestade, contado mais detalhes do o seu polêmico chassi e a sua participação, também com detalhes, nas 9 provas.

Abraços, Rui Siqueira"

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Anônimo disse
Rui Siqueira
Parabéns pela bela matéria e seu grande conhecimento do assunto.
Meu irmão Sérgio Cardoso correu com um Simca Emisul e tinha um Chambord de passeio, adorava aquele carro, não apenas por sua bela linha que achava parecida com um dos mais bonitos carros que já vi o Chevrolet Bel Air 56, bem como a boa visibilidade e conforto interno.
Duas dúvidas que penso talvez você saiba responder :
1 -Era comum o Simca Chambord apresentar problema na parte elétrica?
2 - O Rádio do Simca naquela época 66, apresentava um dos melhores sons de carros montados aqui, em minha humilde opinião.
No do meu irmão acontecia uma coisa curiosa, quando estávamos subindo a estrada do Joá o rádio, algumas vezes, captava conversas de pilotos de avião em ondas curtas. Isso era comum?
Te pergunto por pura curiosidade, a fim de matar minha dúvida, devido esta oportunidade única que a internet nos propicia de entrar em contato com tantas pessoas especialistas em cada assunto.
De forma nenhuma pense que estou querendo gozar o Simca, muito pelo contrário, pois naquela época difícil era encontrar um carro que não apresentasse algum problema característico que mais tarde com a evolução foram sanados.
Desde já agradeço sua colaboração e meus renovados parabéns por estar nos trazendo a história de um carro que amei muito.
Se puder falar um pouco também e enviar fotos do Simca CG para o Maurício ficaria agradecido, vi e gamei à primeira vista.
Sidney Cardoso
março 21, 2008 - 3:13 PM

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Anônimo disse…
Sidney Cardoso,
Grato pelos elogios.
Não sou um especialista em Simca, apenas um intruso que há 6 anos está juntando tudo o que encontra sobre o Simca Tempestade (ou Perereca, Vendaval, TGT, etc).
Quanto às perguntas, não tenho como lhe responder, mas vou ver com o pessoal do fórum Simca às respostas corretas.
Agora, me esclareça: - o que é um Simca CG?
Rui Siqueira
março 21, 2008 - 11:49 PM

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Anônimo disse…
Rui Siqueira
Desculpe-me, mas na minha opinião você não é um intruso é, sim, um apaixonado pelo Simca e, nesta qualidade de estar há 6 anos juntando tudo sobre o Simca Tempestade, penso que podemos chamá-lo de especialista.
Olha, posso estar enganado, mas na minha modesta opinião, tanto o Simca Tempestade quanto o Simca-Achcar de nosso amigo Ricardo Achcar, foram inspirados no Simca CG, sendo que pra mim o mais bonito deles foi o Simca-Achcar que Maurício Morais tão bem retratou em sua ilustração com as fotos que encaminhei pra ele.
O CG vem das iniciais de dois irmãos Chappe e Gessalin.
Estes dois irmãos primeiro trabalharam para o Renault Alpine, depois se juntaram à Simca e criaram o Simca CG, de início em 1966, com apenas 40 HP e 944cc.A partir daí foram aperfeiçoando-o aumentando a cilindrada, etc. chegando a 2160.
Vou enviar umas fotos dele para o Maurício Morais e ele poderá te enviar.
Ah, tenho um almoço com Ricardo Achcar na próxima quinta-feira, vou aproveitar e perguntá-lo se ele não se inspirou no Simca CG pra fazer aquela linda Berlineta com motor Simca.
Forte abraço,
Sidney Cardoso
março 22,2008 - 9:56 PM

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Anônimo disse…
Sidney,
O Tempestade é mais velho, nasceu em 1964. Talvez o irmãos Chappe e Gessalin tenham visto uma foto do Tempestade e...
A construção do Tempestade tem início no final de 1963 e sua primeira corrida foi nos 1000 Km de Interlagos, em agosto de 1964. Liderou esta prova durante as três primeiras horas e parou por quebra na suspensão, alias a mesma suspensão responsável pelo apelido Perereca.
Outra coisa, acho que a berlineta do Ricardo Achcar também é anterior ao CG.
Um grande abraço,
Rui
março 23, 2008 - 8:50 PM



SIMCA TEMPESTADE
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Re: SIMCAS ESPECIAIS

SIMCA TEMPESTADE (Falta o carro de lado, aguardem)
Maurício Morais - março, 24,2008
http://mauriciomorais.blogspot.com/2008/03/simca-tempestade-falta-o-carro-de-lado.html



Leiam este artigo do mestre Anísio Campos sobre a criação do Tempestade. O interessante é ler o texto com a cabeça de alguém que estava presente no momento da criação da macchina.
É uma viagem na história. http://www.obvio.ind.br/Tempestade%20-%20Simca%20do%20Brasil.htm


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8BA (carretera) disse…
Caso vc queira ver para fazer a lateral tenho uma miniatura 1:43 da Maserati 150S e outra 1:24 da 450S
março, 24,2008 - 6:07 PM

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Mauricio Morais disse…
Olá Carretera, se puder enviar a foto para meu e-mail, será um prazer reeber sua ajuda. Anota aí: mau917@gmail.com. Antecipadamente te agradeço.
março, 24,2008 - 10:27 PM

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Anônimo disse...
Maurício,
Desculpe-me, mas o Anísio Campos não estava presente no momento da criação do Tempestade. Este carro foi criado no depto. de competições da Simca (fins de 1963 até agosto de 1964). Nesta época o Anísio Campos corria pela Vemag e estava envolvido no desenvolvimento do GT Malzoni. Em 1965 ele participou ativamente da criação do Carcará. O Anísio Campos só foi para a Simca, como piloto e projetista, no ínicio de 1966. Ele não participou da criação do Tempestade e sim do seu enterro, mas faz parte das lendas criadas sobre este carro.
 Rui Siqueira
março, 24,2008 - 11:46 PM

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Mauricio Morais disse…
Rui, quando digo que o Anísio fez parte, quero dizer que, no cenário formado pelas equipe, pilotos e pistas ele se fazia presente, sendo testemunha ocular da história, como diria antigo programa noticioso e jornalístico.
março, 25,2008 - 10:21 AM

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Mauricio Morais disse…
Rui, fui pesquisar e encontrei este texto do site Bandeira Quadriculada que afirma ser o Anísio Campos o autor do desenho do Simca Tempestade."...e uma carroceria tipo GT desenhada por Anísio Campos, o "Tempestade".". O link está aqui, http://bandeiraquadriculada.com.br/Ciro%20Cayres.htm. Taí um bom assunto para investigação.
março, 25,2008 - 4:35 PM

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Anônimo disse…
Maurício,
Como lhe disse por e-mail, nestes 6 anos de pesquisas, vc não imagina o que eu já encontrei...
E foi devido ao que escrevem que afirmei: - o Anísio Campos faz parte das lendas criadas sobre este carro.
Agora, o jornalista Roberto Nasser, afirma:
- O Anísio declina da honra. Tanto para o tempestade quanto para o Ventania, muito melhor em estilo e limpeza.
Vc. poderá encontrar esta afirmação no fórum do site Simca do Brasil, tópico "Tempestade" ou aguardar um pouco e ler no livro sobre a Simca que ele esta preparando.
Rui Siqueira
março, 25,2008 - 8:54 PM

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Mauricio Morais disse…
Bom, muito bom. Rui estamos fazendo arqueologia, rs. Este é o nosso papel aqui no blog. Quando é que sai o livro do Nasser? Abs.
março, 25,2008 - 10:16 PM

SIMCA TEMPESTADE
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Re: SIMCAS ESPECIAIS

SIMCA TEMPESTADE PRONTO
Maurício Morais - março, 25,2008
http://mauriciomorais.blogspot.com/2008/03/simca-tempestade-pronto-como-dois-dias.html



Como dois dias passam rápido por aqui. Está pronto finalmente. Espero que apreciem e degustem sem moderação. E claro, encomendem às centenas.
Vem mais Simca por aí, aguardem.


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Anônimo disse…
Parabens Mauricio, ficou muito bom.
Voce com sua arte estão ajudando muita gente a conhecer um pouco de nossa história. Afortunadamente temos hoje algumas PESSOAS como voce(instituições só sei da ULBRA....) que estão preocupadas em guardar para a posteridade a história do nosso automobilismo.
11:04 AM

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Mauricio Morais disse…
Obrigado Mário. Coloque em sua lista o Museu do automobilismo brasileiro, do Paulo Trevisan, que quando abrir suas portas será como a DisneyLândia pra quem gosta.
março, 25, 2008 - 2:18 PM

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Anônimo disse…
A “maternidade do tempestade”; tópicos postados no fórum de discussão Simca:
(http://www.simca.com.br)

tato,
o tempestade foi à base do solda aqui e corta lá. e a carroceria, moldada por gente com habilidades, embora de outra seção na simca, distante da área de desenvolvimento, onde pontificava o gaston perrot. foi feita - ou cometida - em pedados de chapa de alumínio, ancorados na treliça.
filho único de mãe viúva, entrada na menopausa.
gtx

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GTX , meu jovem !
Quanto à maternidade , seja quem for , desenhou um belo carro !
Não foi coisa de simplesmente colocar uma nova cobertura sobre o monoposto , houve grande esforço estilístico !
Quem o desenhou ?
Equipe Simca ? Não , só não , teve algum bom lápis aí ! Há sutileza de desenho aí , bem além de "carreteira " ! E , a manufatura.....
Nada da elementaridade do Ventania ...
O melhor é que não se trata de cópia de nada , tal como o Brasinca/Uirapuru , deste último , "achadores" o consideram cópia do Jensen Interceptor , desde que o Dr. Penteado trouxe um para cá , naturalmente !
Inda bem que do Tempestade não tenho ouvido qualquer comentário a respeito !
Grande abraço.....TATO

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tato,
o tempestade foi piração pessoal do perrot. até mesmo o anísio campos, periférico à área de competição, arrepiou-se com o negócio, em especial a improvização para aplicar um eixo rígido onde havia um transaxle.
creio, não houve desenhos, mas conceitos, riscos, e corta daqui, puxa, cobre lá, prende aqui, ...
gtx

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GTX, não se esqueça que a suspensão Maserati era “De Dion”, portanto tão rígida quanto o eixo traseiro da Simca. A vantagem era o conjunto câmbio / diferencial ser único (translaxe) e esta suspensão utilizar um único feixe de molas, montado transversalmente.
O erro do Perrot foi utilizar integralmente a suspensão traseira do Chambord. Ele poderia ter usado no eixo traseiro Simca um único feixe de molas e uma barra Panhard, mas qual seria o resultado? Sabemos que a utilização dos 2 feixes de molas tornou o carro uma perereca. Provavelmente ele não quis utilizar o conjunto traseiro da Maserati, pois já conhecia seus resultados. Lembre-se, o Ciro utilizou a 250F com motor Simca de 61 até 63 e os melhores resultados conseguidos foram um 2º lugar em Interlagos (29/06/63) e um 2º lugar em Araraquara (25/08/63).
Quanto à carroceria, o Toco afirma ter sido desenhada pelo Anísio Campos (versão não confirmada e nem desmentida). Se algum dia a réplica for construída, surgirão muitos “donos” para esta carroceria...
rusiq

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rusiq,
o anísio declina da honra. tanto para o tempestade quanto para o ventania, muito melhor em estilo e limpeza.
quanto ao eixo traseiro simca quer-me parecer que o orçamento para este livre pensar, era o emprego de toda a mecânica simca, não seria verba de engenharia, mas de propaganda, forma de capitalizar projetadas vitórias com o novo motor tufão.
também não sei - e nunca perguntei ao ciro enquanto ele podia responder - se vendeu o carro completo, ou se foi ele que tirou componentes, como câmbio e diferencial, ou se isto foi removido na simca.
gtx

(gtx – Roberto Nasser / tato - Carlos E. Wahrlich / rusiq – Rui Siqueira)
março, 25, 2008 - 10:53 PM
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gtx disse…
maurício, parabéns, belo trabalho.
o museu do automóvel tem interesse numa reprodução do tempestade - e de outros nacionais, sós ou em bloco.
fale-me por jrnasser@gmail.com para cotações, transporte etcccc.

mario stivalet, para sua alegria há outro museu formal, oficial, particular, e com exclusividade dedicado a preservar a idéia, documentos e, quando consegue, algumas unidades de veículos que representaram a mão nacional.
É o museu do automóvel, em brasília, neste período recebendo uma exposição da cni - 200 anos de indústria no brasil.
março, 26, 2008 - 7:21 PM

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Re: SIMCA TEMPESTADE

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
Bandeira Quadriculada - prperalta - quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tempestade, mas pode me chamar de Perereca

Dia 22/11 coloquei um post sobre Ciro Cayres e a Perereca, e logo o Claudio Grossi, amigo e colaborador assíduo, me enviou cópias de matéria de uma revista da sua coleção, a “Autoesporte” de fevereiro de 1965, onde tem um teste com o Simca Tempestade (Simca TGT), ou como diz a revista, mais um "impressões ao dirigir".
O Claudio diz que ele e o pai eram torcedores do Ciro e que seu pai chegou a fazer uma miniatura em madeira balsa do protótipo Tempestade na escala 1:32.
Aqui eu divido com vocês a matéria, que tem boas fotos, alguns dados e também retorno com a página da Revista Simca de 1964 com mais informações sobre o bólido.
Nenhuma das duas revistas faz qualquer referencia à origem do carro, mas os contemporaneos da época dizem que ele foi construído a partir do chassi da Maserati/Simca de Ciro Cayres.
Em conversa eu perguntei ao José “Toco” Martins sobre o carro e ele repetiu mais ou menos o que todos nós já sabemos, mas completou dizendo que dos pilotos da equipe ele deve ter sido o único que teve a sorte de não pilotar esse carro, diz que era bem ruinzinho de pilotar e que realmente pulava muito.
Para conseguir ler é necessário clicar sobre cada página para ampliar.














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Motores Simca Nas Pistas

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq


3 horas & 500 km de Interlagos - 1964

Amigos,
Por dever de ofício e em nome da verdade histórica faço esta breve nota sobre o vídeo
“3 horas de Interlagos" postado no Blog do Gomes* e Videolog
Alertado pelos meus gurus de antropologia automobilística brasileira: Paulo Peralta e Napoleão Ribeiro
devo informar o seguinte: no vídeo temos imagens de duas provas distintas e que aconteciam na mesma
semana do feriado de 7 de setembro, isto é, 3 horas de Interlagos e 500 Km de Interlagos; os detalhes
apontados pelo Paulo e identificadores de imagens distintas são de que pelas características de faixas
sob a ponte Pirelli etc.. aquela foi a largada dos 500 Km de Interlagos e não das 3 horas. A minha confusão
na pesquisa e resultados deveu-se ao fato de que praticamente os mesmos pilotos correram nas duas provas.
Outro detalhe importante e que me fez gerar a confusão foi a de que protótipos não podiam correr nas 3 horas
e o Simca Tempestade só correu nos 500 Km e segundo o Napoleão o motor do bicho era o clássico V 8 Simca.
O Tempestade, esse quebrou e o Ciro em dupla com José Fernando Martins venceu a prova. Outra confusão
de minha parte prende-se ao fato de que a prova foi pelo circuito completo de Interlagos e não pelo anel
externo essa mudança de pista aconteceu em razão do acidente com o Celso L. Barberis no ano anterior.
Peço desculpas a todos pelo engano histórico e estou modificando o filme. O importante porem é ver as
imagens fantásticas das feras do automobilismo nacional nos anos dourados.
Nelson Pasini
http://www.videolog.tv/video.php?id=389374

Resultado dos 500 Km:
1. José Fernando Martins (BR) e Ciro Cayres (BR) Abarth Simca 200
2. Luís Pereira Bueno (BR) Willys Interlagos
3. Carlos Pace (BR) e Francisco Lameirăo (BR) Willys Interlagos
4. Bird Clemente (BR) Willys Interlagos
5. Carol Figueiredo (BR) Renault 1093
6. Waldemar Costa (BR) Renault 1093

* Flavio Gomes: http://flaviogomes.warmup.com.br/

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Re: Motores Simca Nas Pistas

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Expedito Marazzi - 4 Rodas - dez. 1964










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Re: Motores Simca Nas Pistas

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Tio Lin - Postado em 14/11/2007 06:01:00 - Forum Now
Olá, Pessoal.
Não sou muito ligado em modelos de competição, mas o assunto deve interessar-lhes.
Trata-se de uma certa berlineta construída por Ricardo Achcar, equipada com motor Simca V-8, que atende por vários nomes, entre eles Santa Fúria / ESAB OK.
Veja algumas informações e fotos em:

- http://mauriciomorais.blogspot.com/2007/04/memrias-de-um-piloto-construtor-pessoal.html

Abraços.
Tio Lin

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Tio Lin - Postado em 14/11/2007 06:11:00 - Forum Now
Esta é uma foto extraída da revista Auto Esporte.



E esta achei num livro, História do Automóvel.



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Grecco - Postado em 14/11/2007 11:19:00 - Forum Now
Lin, só para informação, acho que o Esab OK não tem nada a ver com o nome do carro.
Esab é o nome de um fabricante internacionalmente conhecido de eletrodos e máquinas para solda, e o OK é um tipo específico de eletrodo fabricado pela Esab.
Está mais para patrocinador do que para nome propriamente dito.
Abraço.

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Tio Lin - Postado em 14/11/2007 15:15:00 - Forum Now
É possível, Grecco.
Mas, como disse, carros de competição não são minha praia. Usei "Esab OK" baseado na legenda da segunda foto, que, além de tudo, ao veículo se referia como "Elsab OK".
Como chamá-lo? Qual a denominação correta? Simca Interlagos?
Com a palavra, os experts!
Abraços.
TL

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gtx - Postado em 14/11/2007 21:50:00 - Forum Now
fui a umas corridas no antigo autódromo do rio - o primeiro, não este travesti despido pelo prefeito césar maia. de mãos dadas com o marcelo, eis que mamãe só deixava o seu querido petiz sair com o marcelo, que já era um promissor rapazinho. daí, tão modesto quanto prodigioso em memória, em verdade vos digo:
o motor era um emi sul, entre eixos. tocava uma caixa colotti de 4 marchas, com tudo adaptado para padronizar as rodas de aro 13"aplicadas na estrutura da berlinetta. tinha tudo para dar certo, incluindo a relação peso potencia. o carro devia fazer uns mínimos 170 hp e pesar na ordem máxima de 750 kg.
o problema é que necessitava de acertos, e de harmonia pelos novos pesos e sua distribuição. estes não eram feitos porquanto o automóvel superaquecia. só ao final de sua curta vida, e com o prodigioso aschar abrindo caminho para dirigir na europa, é que descobriu, o motor engolia pouca água, o que parecia motivado pelo desnível entre radiador e motor.
não se pense que o aschcar fosse um primata da mecânica. muito pelo contrário, inteligência estelar, sofreu o que muita gente boa passou. só para citar, todos os jaguar XJ series two, tem este problema, sanado apenas com a colocação de depósito adicional de água acima do nível da tampa do radiador.
quanto ao nome, esab ok era uma fábrica de eletrodos de solda, possivelmente atraída pelo canto de sereia árabe do brimo aschcar, um sujeito brilhante no que fazia. o carro se chamava Santa Furia.
Tempos depois, quando eu já era pouco mais que promissor rapazinho - e marcelo, aritmeticamente mais erado, composta autoridade judiciária em Minas - em homenagem ao brimo aschcar, seus projetos e planos frustrados por uma bobagem como este desnivelamento, batizei minha primeira fazenda de Santa Ira - e o pior é que os vizinhos goianos estranhavam. nunca haviam falar desta santa. mas respeitavam.
grandes e romanticos tempos. obrigado marcelo

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gtx - Postado em 14/11/2007 22:02:00 - Forum Now
pelo direito à correção.
o motor não era emi-sul e por isto não teria estimados 170 hp. era um tufão na linha máxima de equilíbrio performance versus durabilidade. coisa de 145 hp, como o do carro do anísio e celidônio.

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rusiq - Postado em 18/11/2007 15:57:00 - Forum Now
Assunto: Santa Fúria

“Vem quente que eu estou fervendo”

Como eu já era conhecedor das mazelas do enchimento do circuito de água da Berlinetta, caixa de compensação e uma multiplicidade de sangradores estavam instalados no sistema de arrefecimento. O termo sifão da Vemag (DKW) era uma lição completa sobre arrefecimento.
Foi por estas e mais algumas que eu determinei do alto da minha engenharia que utilizaríamos um radiador de colméia celular da Bongotti. Não sei se todo mundo sabe, não custa mencionar. Na colméia celular a decantação da água se faz num percurso em diagonal aproximadamente 30% maior do que na queda vertical. Calculando os oitos cilindros, cilindrada, cabeçote plano e circuito em geral, eu estimei que com segurança 11 litros dariam cabo da questão, especialmente pela bomba do motor que era poderosa e o radiador suportava alta pressão. Isto me permitia colocar uma tampa de radiador de 113 libras. Vamos de experiência 3=6.
Adiante, no autódromo, ...
De repente, não que a morte se pronunciasse, mas era meio como. Bumba, a mangueira superior de saída do motor se soltava do radiador. Podia ser a mangueira inferior. Mas não dizia a morte! Tem que ser a de cima que é mais quentinha. E o meu cangote era premiado com um jato de vapor, água e berro de motor, tudo quentinho.
Aí, estava na pista aquele insolente jornalista. Na terceira mangueirada que eu levei o nome ficou. “Vem quente que eu estou fervendo”.
Passaram-se quatro anos mais ou menos.
Uma noite, sem saber porque, entrei no nosso Box e encontrei o Antônio namorando um pistão embevecido. Tirei-o da letargia, cara doente, e dei-lhe o que eu chamo de ordem. Não sei porque, mas ele me atendeu. Acho que ele também não sabe porque, mas o Antônio lia os meus instintos coisa que eu não sabia fazer. “Tira esse radiador que eu quero ver uma coisa”. Silencio e execução. Fiquei preocupado. Antônio retirou o radiador botou na bancada e olhou para minha cara. “Pega essa garrafa de litro e enche essa coisa.” Antônio, ainda calado, encheu. Deu 7 litros.
Fechamos o Box e fomos para a Montenegro, hoje Vinicius de Moraes, no Garota de Ipanema. Tomamos todas e eu ouvi a noite toda resignado repetitivos impropérios com o peso gutural daquela boca cheia de graxa e parafusos do Ferreirinha, o maior mecânico do Brasil porque veste a camisa até debaixo da neve.
Eu ví.
Ricardo Achcar


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gtx - Postado em 18/11/2007 16:47:00 - Forum Now
falei hoje com brima achkar. escreverá um texto sobre o projeto, resultados, problemas. substituirá o que fiz para o livro, que agora percebi imperfeito.
grato por levantar o assunto. nasser

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rusiq - Postado em 24/11/2007 11:49:00 - Forum Now
Vejam também:

Ricardo Achcar Piloto e Construtor

Um roteiro compacto da carreira do piloto construtor Ricardo Achcar várias décadas passadas compilado de fotos e filmes super 8 da época pelo seu filho Anis Roger Achcar. Desde a arrancada através do evento Formula Vê que propiciou imediato destaque como piloto independente em oposição a São Paulo com sua indústria automobilística e pilotos na sua totalidade de São Paulo dificultando a participação de competidores de outros estados menos industrializados e especialmente a perda de apogeu das prodigiosas "carreteras " vitoriosas do Rio Grande do Sul, Ricardo Achcar no primeiro teste com a presença e participação de muitos pilotos de renome no autódromo do Rio de Janeiro marcou tempo melhor. Venceu ainda com grande destaque a primeira prova de rua realizada em Niterói, RJ em 1967, venceu o campeonato Carioca de monopostos deste ano e foi contratado para pilotar como representante da marca Fitti Vê dos irmãos Fitipaldi. Neste monoposto da empresa Fittipaldi, Ricardo Achcar sagrou-se campeão brasileiro em 1968 chegando e em segundo lugar José Carlos Pace o Moco e em terceiro Emerson Fittipaldi. Nesta época Ricardo Achcar com auxílio e apoio de Ricardo Barley, diretor da empresa britânica Castrol, no Brasil seguiu para a Inglaterra onde o piloto sênior Peter Arundel da Motor Racing Stables em Brands Hatch após etapas de teste na escola de pilotagem a pedido de Ricardo Barley concordou em fazer um teste contra Ricardo Achcar usando o sentido contrario da pista de Brands Hatch em carros da escola Lotus 51 de escolha livre. Se Ricardo Achar ficasse a dois décimos do melhor tempo de Pete Arundel, este escreveria uma carta de autorização para liberação de uma carteira internacional Inglesa para Ricardo poder competir sob regulamentação da FIA o que era proibido para os pilotos brasileiro devido a disputa entre a Confederação Brasileira de Automobilismo e a Federation Internationale de L'Automobile pelo comando do esporte motor no Brasil como era tradicionalmente administrado pelo Automóvel Club do Brasil afiliado e reconhecido pela FIA. Essa briga valeu vários anos de impedimento e participação quer de estrangeiros no Brasil e brasileiros fora do país. A obtenção da carteira de piloto internacional sob a bandeira do Royal Automobile CLub da Inglaterra era possível porque a carteira do piloto não lhe é dada pela nacionalidade que detém porem o clube que defende. Ricardo Achcar era profundo conhecedor do regulamento internacional e se valeu nesta oportunidade para de posse de uma licença regular da FIA, ser aceito numa prova internacional em Oulton Park na Inglaterra tendo alugado um formula Ford Merlyn de Dennys Rowland e vencido a prova. A partir daí a briga nacional tinha que terminar ou assistir a uma evasão de pilotos brasileiros competindo sob outras bandeiras do mundo. De piloto a construtor a carreira de Ricardo Achar pode ser acompanhada por aficionados do esporte motor numa lembrança do foi capaz um piloto independente que nunca teve qualquer suporte por parte de fábricas, equipes ou qualquer outra ajuda que não fosse sua competência em arrumar patrocínio através de vitorias. Entre outras realizações construiu o primeiro e único carro de competição monocoque em chapa aeronáutica da America do Sul e foi sete vezes campeão brasileiro dos construtores de carros de competição brasileiro. Construiu ainda muitos carros fora de série e é especialista em geometria de suspensão e reconhecido com um acertador de carros de superior qualidade.

Vídeos:

RICARDO ACHCAR - PILOTO & CONSTRUTOR

RICARDO ACHCAR - DO SANTA FÚRIA AO PATO FEIO

Outros:

Esta no Blog do Maurício:

O Simca-Achcar também conhecido como Santa Fúria, foi inspirado na Lola Ford creio que de 1964 de cor azul noturno e que foi muito replicada em miniatura e que justamente me serviu para fazer escala para o Simca-Achcar. De fato, se não me engano, a Lola Ford foi a precursora, ou melhor "chamada" da Lola para que a Ford colocasse o nome NA FRENTE com o Ford GT40. Creio que deste fato surgiu a ligação forte da Lola com a Ford e o sucesso de Le Mans.
Ricardo Achcar

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Re: Motores Simca Nas Pistas

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq

Araraquara - 1963
Na primeira fila, Chico Landi com o Landi-Bianco FNM #2 e Marinho com o Landi-Bianco DKW #10
Na segunda fila, Jaime Silva com Landi-Bianco SIMCA #26 e Ciro Caires com a Maserati SIMCA #44
(ambos os carros sem o bico dianteiro devido ao super aquecimento dos motores Simca.).

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Re: Motores Simca Nas Pistas

Esta mensagem foi atualizada em .
rusiq - Postado em 17/05/2010 21:24:00 - Forumnow




 
Mensagem original postada no blog do Mestre Joca
Um misterioso fórmula jr. Landi-Bianco com motor Simca. Será...?
"Achei somente algumas semelhanças com os seis Landi-Bianco construídos. A menos que tenha sido feito por outra pessoa ou extensivamente modificado. Mas não me recordo no momento quem mais tivesse se dedicado à construção de chassis de Fórmula Jr. no Brasil.
Mestre Joca"

"Portanto, só podem ter sobrevivido aqueles que usaram motor Simca e motor Gordini.
Na minha opinião, esse chassis das fotos parece um autêntico Landi-Bianco e pelos suportes do motor parece daqueles que usaram motor Gordini.
Paulo Trevisan"


Fonte: Mestre Joca - http://mestrejoca.blogspot.com/
Marcelo, este chassi foi encontrado em BH.
Trevisan, não estou vendo nenhum suporte para o motor neste chassi...

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MARCELO - Postado em 20/05/2010 08:42:00 - Forumnow
Interessante, eu nunca tinha ouvido falar em nada disso. Vamos ver o que o nosso Tio Lin tem para informar, com certeza a essa hora já colocou os seus universitários para ralar e obter informações inéditas.
Não conheço motor de Gordini, mas também não estou vendo nenhum suporte de motor. Motor de Simca nessa geringonça eu não sei onde ficaria, agora que deveria andar bem, isso deveria.

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rusiq - Postado em 20/05/2010 20:33:00 - Forumnow

Marcelo, o carro citado é este, um Landi-Bianco Simca.



Isto não é uma geringonça, é um chassi multi tubular treliçado.

Era um formula jr, e foi adaptado para correr na Mecânica Nacional. Foi comprado pelo depto. de competições da Simca durante a gestão do Ciro Cayres.
O motor Simca era montado entre eixos, na traseira (onde eu assinalei em vermelho) e, foi utilizado unicamente pelo Jaime Silva.
Nas corridas de Mecânica Nacional o Jaime corria com este carro e o Ciro com a Maserati Simca.
Não foi um carro vencedor e o Chico Landi, apesar de ser o fabricante, quando assumiu o depto. de competições, o abandonou.
Provavelmente teremos mais informações no livro do Nasser, pois ainda estão vivos o criador do carro, Toni Bianco e o seu piloto, Jaime Silva.

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capeta - Postado em 24/05/2010 00:59:00
Rusiq,
O Chico Landi e o Toni Bianco fizeram quantos carros 'formula jr'?

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gtx - Postado em 24/05/2010 16:21:00 - Forumnow
entre matéria de 4 rodas e memória do bianco, 5 ou 6.
um com motor fnm - ficou com o landi e desapareceu ou foi transformado no meta20;
um para a willys, sucateado;
um para o bird clemente, depois trocado com a vemag, e após temporada, encostado, transformado em carcará, e posteriormente em casari a1;
um para a simca, desaparecido.

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Leon - Postado em 25/05/2010 17:51:00 - Forumnow
A memória do Bianco esqueceu de uns 2 ou 3 Fórmulas Júnior... mas é perfeitamente compreensível, para quem tem tanta estrada...
Incidentalmente, localizei uma matéria-entrevista sobre-com Tony Bianco no Jornal do Brasil de 23/2/1972, pág. 61. Ele afirma - categoricamente - que foram construídos 8 (oito) Fórmulas Júnior.
Além disso, a reportagem fala sobre seu primeiro carro de corridas, a "Ferrari-Corvette" de Ciro Caires, Fórmula 3 Willys, etc. e, ainda como algo a ser apresentado àquela época, um Fúria com motor Ferrari!!!
Curiosos?
http://news.google.com/newspapers?id=nKoVAAAAIBAJ&sjid=TAwEAAAAIBAJ&pg=4117,1552528&dq=willys&hl=pt-BR

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rusiq - Postado em 26/05/2010 18:49:00 - Forumnow
O Toni Bianco fez o 1º formula Jr para a Tubularte . Este FJr recebeu inicialmente um motor Porsche 1500 que, depois, foi substituído por um motor DKW.
Depois, em conjunto com o Chico Landi, fez 6 carros, os Landi-Bianco, dos quais 1 tinha motor DKW, 3 com motores Gordini, 1 com motor FNM e 1 com motor Simca.
Somando, temos 7 carros e nos 500 km de Interlagos, em 1963, todos participaram.
Fica faltando um, o 8º, da reportagem citada pelo Leon.
Nos 250 km de Interlagos, em 1964, o Lauro Soares correu com um Landi-Bianco Gordini, mas não sei dizer se este carro era novo ou era um dos 3 que haviam participado dos 500 km.
Alguns anos atrás o Bianco fez mais um Bianco (Landi??) DKW para o Paulo Trevisan. Seria este o nono formula Jr. feito pelo Toni?
Leon, o "Furia-Ferrari" foi do Camilo Christófaro , que acabou trocando o motor Ferrari por um Dodge.

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Leon - Postado em 27/05/2010 08:30:00 - Forumnow
Rusiq, grato pelos esclarecimentos. Esse "ex" Fúria-Ferrari ainda existe?

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8ba - Postado em 31/05/2010 10:19:00 - Forumnow
:- E o Fúria-Dodge 318 # 69 do Olavinho teve suas carenagens dianteria e traseira jogadas no córrego Capim Puba por meu sogro para desocupar o box da oficina

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Re: Motores Simca Nas Pistas

o proprietário do chassi permitiria copiá-lo ? seria moleza replicar o fórmula 26 do jayme e salvar um pedaço único deste caminho da história do automobilismo brasileiro. isto é missão para o rusiq.
rusiq, como se diz aqui no goiás, praga o pau. ou, como diria aquele intelectual que no governo collor foi ministro do trabalho, isto não é perdível !

sobre o chassis, foi produto de uma empresa registrada como automobilística. salvo engano era Indústria Brasil de Automóveis, sociedade entre o chico landi, o eugênio martins, com o talento prático do toni bianco - ainda vivo, operacional e capaz de contar melhor esta história.
o eugênio, brilhante, olhos no futuro, incentivou os amigos a se associar nesta empreita, queria fazer veículos para criar uma nova e competitiva categoria de automobilismo no brasil, colocando o país na reta certa - a do uso dos componentes e motores nacionais. há que se lembrar que, a este tempo, quando quase todas as montadoras tinham equipes de corrida, os formuladores daas corridas incentivavam estragar os monopostos estrangeiros e a continuação das carreteras, ambos atraídos a uma sobrevida com motores corvette importados especialmente - tudo servindo para competir e desincentivar a nascente indústria nacional. cabeça de cartola ...
creio tenha sido a falta de apoio para a nova categoria que inviabilizou a fabriqueta após meia dúzia de unidades.
entretanto há que reconhecer-lhe brilho e talento. foi o multi mídia da época. só para lembrar, o que pertenceu ao bird e foi para a vemag, depois se transformou em base para o carcará. e, após o recorde com motor pouco acima de 1.000 cm3, fazendo 214 km/h, serviu ao norman casari fazer o casari a 1, um divisão 4 tracionado, acreditem se quiserem, um v8 de gálaxie. vê-se aí a versatilidade para receber - e resistir aos múltiplos e inteiramente diferenciados motores que abrigou: renault gordini 850; dkw 1.000; simca 2.500; jk 2.000; v8 292 - 4.800.
rusiq, com você - ou com o museu, se vocês quiserem.
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Re: Motores Simca Nas Pistas



GTX, desconheço o proprietário do chassi, apenas postei as fotos existentes no Blog do Mestre Joca, onde o Joaquim afirma:
”Há pouco tempo atrás recebi um e-mail de um blogueiro de Belo Horizonte solicitando ajuda na identificação de um chassi comprado por ele e que supostamente seria um Fórmula Jr, só que ninguém sabia a procedência”.
A estoria destes chassis é bem conhecida e segundo se fala eles eram 6.
Todos participaram dos 500 Km de Interlagos de 1963:
Landi-Bianco Simca - Jaime Silva - Quarto colocado
Landi-Bianco Gordini - Marivaldo Fernandes - Quinto colocado
Landi-Bianco Gordini - Wilson Fittipaldi Jr - décimo colocado
Landi -Bianco Gordini - Luiz Pereira Bueno/Francisco Lameirão - NT
Landi-Bianco DKW - Mario Cesar de Camargo Filho/Bird Clemente - NT
Landi-Bianco FNM - Celso Lara Barberis - NT
Foi nesta corrida que aconteceu o acidente fatal com o Celso Lara Barberis, que corria com o  Landi-Bianco FNM #2.
Landi, desgostoso,  “picou”  o carro; na verdade primeiro o desmontou e depois fez um grande estardalhaço, pois pegou a carroceria e em frente dos jornalistas, com um machado a destruiu...
O carro não foi o causador do acidente, mas a impetuosidade do Landi acabou com a formula Jr. Quem iria comprar um carro assassino...
Como todos podem ver, apenas as fabricas haviam comprado o formula Jr, até aquele momento.
O Paulo Trevisan, tem em seu museu 3 carros feitos a partir do chassi original do FJr.
O novo FJr DKW, o Carcará II e o Meta 20. Tem também o Casari A1, que segundo ele apenas foram usados os braços de DKW da suspensão traseira e provavelmente as mangas de eixo traseiras e transmissão, no início e só.
O chassis do Casari A1 está no museu e segundo o Paulo não dá nem para comparar com os leves Landi- Bianco.
Ele confirma que o META 20 foi feito sobre um chassi usado de Landi-Bianco (aquele que foi “destruido”), tanto que o Toni o gabaritou para produzir o Júnior tardio.
Portanto, só podem ter sobrevivido aqueles que usaram motor Simca e motor Gordini.
O Paulo diz: “Na minha opinião, esse chassis das fotos parece um autêntico Landi-Bianco e pelos suportes do motor parece daqueles que usaram motor Gordini”.
Eu não sei onde o Paulo viu “suportes do motor”? Nas fotos acima, mostradas no blog, os suportes não aparecem...
GTX, quem pode fazer um outro chassi é o próprio Toni, ou melhor, o museu poderia comprar o chassi original do mineiro, que talvez seja o Marcelo...


Nota: a carta enviada pelo Paulo Trevisan ao Joaquim pode ser vista no Blog do Mestre Joca


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Re: Motores Simca Nas Pistas

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O SIMCA-ACHCAR
Depoimento do Ricardo sobre o Simca-Achcar...

"Foi na rua Teodoro da Silva com apresentação do Milton Amaral que juntaram-se vidas e trajetórias no esporte motor, Herculano Ferreirinha, Antônio Ferreirinha e no grupo, Manoel de quem me falta o nome porem não respeito pela dedicação que sempre mostrou.
Foi também pela via da capotagem espetacular na Ferradura em Interlagos que o meu co-piloto, Vadinho versão Carioca do personagem de Dona Flor e Seus Dois Maridos do Jorge Amado, vulgo pau queimado e o horror dos pais de família da época, Milton Amaral que o Simca Achcar resolveu se produzir.
Foi muito também pelo Ciro Caíres, o piloto companheiro que me passou a primeira grande lição que mudou a minha vida, sobre suspensão e ajustes, que pude adquirir um motor V-8 da Simca contra vontade do Chico Landi que tinha um certo preconceito com "os carioca cheio de firula" mas acabou deixando se convencer pelo Ciro e me deram o melhor motor de dinamômetro que havia na época no departamento de competição em compasso, creio que então a espera da chegada dos Simca-Abarth. Tinha o dito cujo 146 HP e os tinha mesmo.
A concepção do suporte interno entre-eixos do motor foi minha e mão de obra coordenada pelo Herculano com Antônio e Manoel na execução e eu enchendo o saco, conhecido por supervisão.
O que pouca gente sabe é que eu havia conseguido uma caixa Colotti do Renault Rabo Quente na França e havia conseguido um feito inédito de engambelar minha mãe, radical contraria ao esporte, que trouxe "a bola de ferro" na bagagem dela.
O raio da caixa tinha um eixo piloto de 13 milímetros de diâmetro que agüentou honrosamente a potencia e o torque do motor Simca em honra ao orgulho da engenharia francesa. Era inacreditável. Nunca reclamou, piou ou rangeu. Em compensação, era seca que nem uma velha ranzinza, exigia o giro no cabelo ou não entrava nem dizia bom dia. Alem de robusta, ranzinza e berrante nos dentes retos, era invertida sexualmente. Primeira em baixo na direita ( o motor era entre-eixos) e o resto vocês adivinham. A ré era em cima na esquerda. Quem é do meio sabe daquele piloto de " confecção de fábrica" da Willys que enfiou a invertida lá na entrada da Sul e perdeu o Norte...
Era endiabrada.
Como eu já era conhecedor das mazelas do enchimento do circuito de água da Berlinetta, caixa de compensação e uma multiplicidade de sangradores estavam instalados no sistema de arrefecimento. O termo sifão da Vemag (DKW) era uma lição completa sobre arrefecimento. Quem viveu esta época e elucubrou na criatividade sabe que rival superior, apenas a complexidade macetadissima do ajuste dos três platinados do 3=6, incrível peça de façanhas, que Deus os tenha vivo para sempre mas na história como fonte de inspiração. Quando fechavam intermitentemente o recurso era a casa Dr.Eiras ou pegar o Jorge Letry de bom humor. A primeira opção sempre levou a melhor. E ninguém sai normal dessa experiência. Apenas melhores pilotos e surdos de um ouvido, o próximo da descarga na janela esquerda. Perguntem ao Chico Lameirão falando no ouvido da direita por favor.
Foi por estas e mais algumas que eu determinei do alto da minha engenharia que utilizaríamos um radiador de colméia celular da Bongotti. Não sei se todo mundo sabe, não custa mencionar. Na colméia celular a decantação da água se faz num percurso em diagonal aproximadamente 30% maior do que na queda vertical. Calculando os oitos cilindros, cilindrada, cabeçote plano e circuito em geral, eu estimei que com segurança 11 litros dariam cabo da questão, especialmente pela bomba do motor que era poderosa e o radiador suportava alta pressão. Isto me permitia colocar uma tampa de radiador de 113 libras. Vamos de experiência 3=6. E assim executamos.

Adiante, no autódromo, na arrancada, o Paulinho Newland com a sua lindíssima e hoje sem preço GTO surgia encarnado no meu retrovisor se bem que bafo no cangote, tome de Sul. Coisa de historia. Até eu gosto de ler, dá mais arrepio. Tudo doido, criativo, corajoso, imprevisível com a morte de copila. Passava na reta e o Antônio abusava dos tamancos, na época indumentária de defesa, quando a coisa ficava preta e sacava os dois e sai de perto. Dava quase cambalhotas e polegar imenso surgia quase no meio do parabrisa. Herculano, mais gelado e também menor, botava um sorriso ritualista e ficava na dele e o Manoel compartilhava do Antônio dando suporte para ele não ser atropelado.
De repente, não que a morte se pronunciasse mas era meio como. Bumba, a mangueira superior de saída do motor se soltava do radiador. Podia se a mangueira inferior. Mas não dizia a morte! Tem que ser a de cima que é mais quentinha...E o meu cangote era premiado com um jato de vapor, água e berro de motor, tudo quentinho.
Aí, estava na pista aquele insolente jornalista. Na terceira mangueirada que eu levei o nome ficou. "Vem quente que eu estou fervendo" . Não insistam e não encham o meu saco: Não vou dizer o nome desse analfabeto que provavelmente escrevia o meu nome com "x".
Passaram-se quatro anos mais ou menos. O Antônio já usava calçados robustos, discretos e militarescos. Os tamancos se foram, provavelmente na cabeça de alguém. Mas, o fato é que já era campeão e a assombração de muitos preparadores de motor. Uma noite, sem saber porque, entrei no nosso Box e encontrei o Antônio namorando um pistão embevecido. Tirei-o da letargia, cara doente, e dei-lhe o que eu chamo de ordem. Acho que nem ele sabe porque me atendeu. Digo isso porque não veio com rabugisse e impropérios lusos. Me atendeu. Acho que ele também não sabe porque, mas o Antônio lia os meus instintos coisa que eu não sabia fazer. "Tira esse radiador que eu quero ver uma coisa". Silencio e execução. Fiquei preocupado. Antônio retirou o radiador botou na bancada e olhou para minha cara. "Pega essa garrafa de litro e enche essa coisa." Antônio, ainda calado, encheu. Deu 7 litros. Fechamos o Box e fomos para a Montenegro, hoje Vinicius de Moraes, no Garota de Ipanema. Tomamos todas e eu ouvi a noite toda resignado repetitivos impropérios com o peso gutural daquela boca cheia de graxa e parafusos do Ferreirinha, o maior mecânico do Brasil porque veste a camisa até debaixo da neve.
Eu ví".
Ricardo Achcar


Esta mensagem foi postada, há muito tempo, no blog do Maurício Morais pelo Ricardo Achcar e no forumnow, por mim... Hoje podemos encontra-la em muitos blogs.

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Re: Motores Simca Nas Pistas

foi a primeira versao que ele escreveu a pedidos, corrigindo a minha. depois, com as d'uvidas, se expandiu e est'a hoje no livro.

publiquei a mat'eria do gtx no sitio autoclassic; fa'co men'cao ao sitio simca e colocaram o filmete do marcelo. veja la' abra'co desde genebra, nasser
`

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Re: Motores Simca Nas Pistas

Do GTX ou da picape? Divagações de fim de tarde, com menção ao sítio e o filmete do Marcelo esta neste tópico, logo acima.
A matéria sobre o motor do GTX, encontra-se na “Classic Cars, da Auto & Técnica”, e no sub fórum “Tecnologia”, em “Preparação de motor Simca

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Re: Motores Simca Nas Pistas

Em resposta à esta mensagem postada por gtx
gtx escreveu
o proprietário do chassi permitiria copiá-lo ? seria moleza replicar o fórmula 26 do jayme e salvar um pedaço único deste caminho da história do automobilismo brasileiro. isto é missão para o rusiq.
rusiq, como se diz aqui no goiás, praga o pau. ou, como diria aquele intelectual que no governo collor foi ministro do trabalho, isto não é perdível !
GTX, como já lhe disse, desconheço o proprietário do chassi, mas consegui outras fotos:





Esta é a mais importante: - O "Landi-Bianco Simca" na linha de montagem...



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RES: Motores Simca Nas Pistas

Esta mensagem foi atualizada em .
Oi, Rusiq. Se não me falha a memória, essa mensagem é antiga. As coisas ainda estão paradas?

P Antes de imprimir pense em sua responsabilidade e compromisso com o MEIO AMBIENTE
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Re: RES: Motores Simca Nas Pistas

rusiq,

a caixa de marchas é de dkw ? ou vw com as tampas modificadas para receber semi-eixos articulados ?

petit marcel,

festejado líder. o chassi está em bh, seu arraial. sabe de quem ?
rusiq rusiq
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Re: Motores Simca Nas Pistas

Esta mensagem foi atualizada em .
Marcelo - Oi, Rusiq. Se não me falha a memória, essa mensagem é antiga. As coisas ainda estão paradas?

Marcelo,  a primeira mensagem, sobre o Landi-Bianco Simca é antiga. Na 2ª mensagem, estou respondendo ao GTX, portanto a mensagem é atual, assim como as fotos que anexei.
Quanto as mensagens, a participação de nossos amigos continua pequena, mas já ultrapassamos 5000 acessos ao fórum.

gtx - rusiq, a caixa de marchas é de dkw ? ou vw com as tampas modificadas para receber semi-eixos articulados ?

        petit marcel,
festejado líder. o chassi está em bh, seu arraial. sabe de quem?


GTX, esta foto nos mostra o inicio da construção do Landi-Bianco Simca, onde vemos o chassi quase pronto e o motor, com uma caixa de marchas DKW, suspenso por cabos.
Agora, com qual caixa ele foi para a pista, eu não sei responder.

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Re: Motores Simca Nas Pistas

Esta neste mesmo tópico:
rusiq escreveu:
Esta no Blog do Maurício:
O Simca-Achcar também conhecido como Santa Fúria, foi inspirado na Lola Ford creio que de 1964 de cor azul noturno e que foi muito replicada em miniatura e que justamente me serviu para fazer escala para o Simca-Achcar. De fato, se não me engano, a Lola Ford foi a precursora, ou melhor "chamada" da Lola para que a Ford colocasse o nome NA FRENTE com o Ford GT40. Creio que deste fato surgiu a ligação forte da Lola com a Ford e o sucesso de Le Mans.
Ricardo Achcar
Como o GTX esta a procura do Simca-Achcar, eis a Lola que inspirou o Ricardo Achcar:





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