MINISTRO, SALVE O MUSEU!
SÃO PAULO (chega de palhaçada) – É inacreditável o que o Ministério dos Transportes está fazendo em Brasília, insistindo em desalojar o Museu do Automóvel criado e mantido pelo Roberto Nasser para colocar no prédio arquivo morto, papéis velhos que se encontram… no Rio!
Será possível que não haja UMA ÚNICA ALMA SENSÍVEL NO GOVERNO FEDERAL, seja nos Transportes, seja na Cultura, capaz de tomar uma atitude sensata a respeito do que está acontecendo? Será que as únicas coisas que sensibilizam o governo são as denúncias histéricas da “Veja” e da “Folha”?
Segundo o Blog do Jovino, Nasser terá de desocupar o prédio nesta semana. E o acervo? E a biblioteca? E a utilidade cultural e social do espaço? Será que o Ministério dos Transportes precisa tanto assim de um prédio que abriga um museu PARA GUARDAR PAPÉIS VELHOS? Alguém desse ministério é capaz de vir a público e nos dar UMA ÚNICA BOA RAZÃO PARA TOCAR O NASSER PARA A RUA?
Adianta a gente gritar aqui? No Twitter? No Facebook? Nasser, advogado dos mais competentes, já recorreu de todas as formas. Eu não sei, sinceramente, o que fazer. Estou mandando este post para o ministro Paulo Sérgio Passos. Aqui tem os contatos de toda a cúpula do ministério e sugiro que a gante escreva para todos eles. Se quiserem falar direto para o ministro, aí está seu contato: paulo.passos@transportes.gov.br. Seus telefones são (61) 2029.7001/7002/7003.
JURANA LOPES jcosta@jornaldacomunidade.com.br
Redação Mais Comunidade 09/12/2011 às 14:26
Museu do Automóvel permanece em prédio Prazo para retirar seu acervo do imóvel da Secretaria de Patrimônio da União terminaria hoje. Entretanto, órgão avaliou que não há condições de fazer uma mudança
A falta de um local apropriado para abrigar o Museu do Automóvel garantiu a permanência do acervo no imóvel no Setor de Garagens Norte, próximo ao Palácio do Buriti. O prazo para a transferência dos veículos expostos encerraria hoje. Em reunião com Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e representantes do museu, foi avaliado que não há como fazer a mudança de uma hora para outra.
Leia a notícia completa em:
http://www.maiscomunidade.com/conteudo/2008-05-19/brasilia/119647/MUSEU-DO-AUTOMOVEL-PERMANECE-EM-PREDIO.pnhtml
Museu do Automóvel de Brasília conta com mais de 40 carros antigos
Museu do Automóvel de Brasília convive com ameaça de fechamento Mandado para reintegração de posse continua pendente; data para desocupação ainda é incerta
Vanessa Miyasaka - 07/06/2012
O espaço que abriga automóveis antigos fabricados no Brasil e o maior acervo de livros sobre carros do país pode se transformar em um depósito de documentos de um órgão extinto do Ministério dos Transportes. Em 2010, a União ajuizou uma ação de posse do imóvel, estabelecendo 180 dias para a desocupação da área. No entanto, devido ao vencimento do prazo, no ano passado um novo mandado para a reintegração de posse foi emitido. De acordo com o Ministério dos Transportes, o galpão é utilizado de forma irregular desde 2000.
Segundo o advogado e curador do Museu do Automóvel, Roberto Nasser, não se sabe quando o museu será fechado. Além disso, não existe outro lugar para guardar os carros presentes na coleção e o acervo de livros que conta com 8 mil volumes e 10 mil documentos sobre carros. “ Tivemos que encaixotar todos os livros”, afirma Nasser.
Willys Capeta - Roberto Nasser e Kefere Lúcio consertam exemplar único
fabricado no Brasil.
A data para a desocupação ainda não foi definida, porém, de acordo com a Lei Orgânica do Distrito Federal, é vedada a extinção de qualquer espaço público cultural sem a criação de uma nova área equivalente. Segundo o curador, uma solução para salvar o museu está sendo debatida com o Ministério dos Transportes.
O museu foi inaugurado em 2004, mas sua história teve início no governo de Itamar Franco. Em 1994, Itamar queria participar do desfile de 7 de Setembro no Rolls-Royce presidencial. Porém, o veículo apresentava vazamento de água e ninguém havia conseguido consertar a máquina. O ministro da Casa Civil, Henrique Agrives, conhecia Roberto Nasser e sabia de seus conhecimentos sobre carros antigos. Assim, o advogado foi convidado para verificar o problema do veículo.
“Aparentemente o problema era simples, a bomba da água estava quebrada, mas não existia bomba de Rolls-Royce para vender no Brasil. No entanto, eu consegui arranjar as peças e consertar o carro”, diz Roberto.
Interessado por automóveis há mais de 40 anos, Nasser acredita que as grandes coleções de carros deveriam ser abertas ao público, possuindo caráter de utilidade social. “A indústria de automobilismo foi uma das metas de JK. Historicamente nós falamos a mesma linguagem daquele momento que mudou o país. Somos extremamente ligados não só ao movimento cultural, mas também a integração de ferramentas históricas”, conclui. Ao descobrir o desejo de Nasser, Itamar, em agradecimento, ofereceu um espaço para a abertura do museu.
Com o objetivo de contar a história da indústria automobilística brasileira, o museu conta com mais de 40 carros, ganhando destaque o primeiro carro de corrida feito no Brasil para disputar um campeonato internacional, dois carros presidenciais e o Willys Capeta, exemplar único, fabricado no país. Todos os automóveis expostos possuem peças originais e a maioria está em funcionamento.
Visitantes
O servidor público Kefere Lúcio desde criança gosta de carros e ao visitar o museu do automóvel se apaixonou pela coleção. Por ser também professor de mecânica, Kefere se tornou voluntário e ajuda o museu a manter os veículos antigos em funcionamento. “Eu gosto de carro de qualquer jeito, meu pai tinha vários. Aprendi mais sobre os veículos antigos aqui, estudando na biblioteca”, diz.
O museu também realiza exposições temáticas e na última semana participou da 10ª Semana Nacional do Museu, com exibição de filmes e documentários envolvendo os carros em exposição e ligando os motores dos principais automóveis. Desde 2004, o museu já recebeu cerca de 120 mil visitantes. Apesar dos problemas, o local continua aberto a visitação, de terça-feira a domingo das 11h ás 17h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Carro Presidencial Willys Itamaraty Executivo de 1967
O Museu e a Auto Clássica no Lago Sul. Meia centena de veículos nacionais, dispostos por marca e cronologia, foram coordenados pelo Museu Nacional do Automóvel integrando a exposição Autos Clássico Lago Sul, comemorativa aos 52 anos deste bairro brasiliense.
O evento aberto a veículos antigos em geral reuniu quase uma centena de automóveis estelares. Dos nacionais, a trilogia dos Willys Interlagos - conversível, coupé e berlinette - foi a de maior atração, em especial a berlinette pintada em azul francês, do tri campeão mundial de Fórmula 1, neo e ativo antigomobilista.
Os gramados do Pontão do Lago Sul, área de lazer do bairro bem acolheram os veículos em amplitude, visual, conforto, repetindo o caminho original aberto pelo Museu em agosto de 2008, quando ali realizou a 6ª edição de seu Carro do Brasil - a única exposição dedicada exclusivamente a veículos de produção nacional.
Wander Azevedo, administrador do Lago Sul, tem projeto de manter o encontro anual de antigomobilismo integrando as comemorações e criando uma referência permanente da ligação entre o bairro e o colecionismo de automóveis antigos.
O Tricampeão Mundial de Fórmula 1 em visita ao Museu Nacional do Automóvel no dia 16 de abril de 2012.
rusiq,
obrigado pela força. dos citados, tanto o wander azevedo, administrador do lago sul, quanto o tri piquet dão efetivo apoio a uma solução para o museu.
Inscrições abertas para o Curso de Mecânica Básica para Mulheres que estamos oferecendo na Semana Da Primavera.
Vagas limitadas!!! Entrem em contato pelo telefone (61) 3225-3000 ou pelo e-mail curador@museudoautomovel.org.br
Esta realmente é uma notícia muito triste para o antigomobilismo nacional. Desde as 09:30 hs do dia de hoje (20/10/12), o Museu do Automóvel de Brasília está fechado/lacrado. Vejam mais detalhes sobre o assunto no link abaixo:
gtx (Nasser) escreveu: rui,
lacrado às 9h30.
ajuda ? divulgação e pedido de envio de emails solicitado intervenção para uma solução que assegure o funcionamento do museu. governador do df, ministra da cultura, ministra do gabinete civil da presidencia da república, membros do pt porque a medida ocorre em governo do partido, deputados federais do estado e senadores.
grato nasser
Pessoal, vc que são integrantes deste fórum e principalmente que os visitam o fórum diariamente, no mínimo, façam o que nos pede o GTX.
O Museu Nacional Do Automóvel foi lacrado hoje, as 9:30 hs.
Eu ia pra Brasilia no Mes passado, infelizmente minha viagem foi cancelada. Ja tinha ajeitado para dar uma passadinha no museu.
Isso é uma pessima noticia. Nem em epoca de eleição pensaram duas vezes?
E o abaixo assinado que foi feito?
Quem quiser escrever às autoridades governamentais eis diversos endereços eletrônicos:
- Presidência da República <gabinetepessoal@presidencia.gov.br> - Casa Civil <casacivil@presidencia.gov.br> - Assessora da Casa Civil <dayane.hirt@presidencia.gov.br> - Ministro dos Transportes <paulo.passos@transportes.gov.br> - Governador do Distrito Federal <governador@buriti.df.gov.br> - Vice Governador GDF <vicegovernadoria@buriti.df.gov.br> - Instituto Brasileiro de Museus - Ibram <faleconosco@museus.gov.br>
MUSEU NACIONAL DO AUTOMÓVEL, EM BRASÍLIA, PRÓXIMO DO FIM Postado por Bob Sharp no AUTOentusiastas Foto: maharpress.blogspot.com
Depois de uma luta de aproximadamente dez anos, o Museu Nacional do Automóvel, em Brasília, obra pessoal e da vida do jornalista especializado Roberto Nasser, de acesso público irrestrito e grátis, parece estar mesmo com os dias contados. No post de um ano atrás o Paulo Keller falou da ameaça ao museu, que agora se concretiza e leva ao final que ninguém queria. É o próprio Nasser quem explica, a pedido do AUTOentusiastas:
"A proposta do Ministério dos Transportes em fechar o Museu Nacional do Automóvel e aproveitar suas boas instalações para abrigar, como justifica, "o arquivo morto de órgão extinto ", por mais esdrúxula e inadequada possa parecer, cresce insidiosamente. Após as contestações, recursos, agravos, um nunca acabar de contatos no âmbito do judiciário e político nos estamentos federal e distrital, pensei que a situações estivesse calma, à espera de uma solução administrativa ou de uma pacificação política.
Paulo Dubois, administrador do Parque da Cidade, individualizou prédio sem uso e capaz de ser rapidamente adequado a sediar o Museu. Toda a documentação foi encaminhada ao Governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, para a assinatura do necessário Decreto de mudança de destinação da área. No campo jurídico, a Advocacia Geral da União, após constatar que ninguém assumiria a responsabilidade de tomar conta do acervo, sua riqueza, veículos únicos e a biblioteca, maior do País, propôs apresentar um plano de mudança para o Museu.
Uma das raridades do Museu, o Willys Itamaray presidencial
"Em paralelo, a Ministra Chefe do Gabinete Civil enviou Aviso à Adocacia Geral da União recomendando providências para uma solução amigável. Ocorre que o Decreto do Governador não surgiu; a AGU descobriu que, fosse fácil transferir o Museu isto já teria sido feito, e do Aviso da Ministra não se considerou. Assim, a AGU reconheceu a dificuldade da remoção do acervo e solicitou ao Juiz da 5ª. Vara Federal que mandasse lacrar o Museu.
Eu estava fora do país quando informado, abortei minha viagem, mudei agenda, cancelei palestra que faria em São Paulo, para acompanhar o negócio de perto. A Secretaria de Patrimônio da União, onde meu pedido transitou durante 10 anos, recebeu ordem do citado Juiz para apor o lacre.
Redigi um pedido de Reconsideração, e fui recebido para despacho com o Juiz que, aparentemente não se mostrou interessado em analisar as razões, sequer o pedido para manter o Museu funcionando até a Sentença na Ação. Até agora trabalha-se sobre uma Liminar, cujos fundamentos foram afastados pelo pedido da mesma AGU. O Chefe da Fiscalização da Secretaria do Patrimônio da União agendou o lacre para terça-eira, mas não teve agenda, nem hoje, quarta.
Lacrar o Museu significa fechá-lo. O acervo fica mais ou menos protegido, entre paredes, mas não pode ser limpo, mantido, ou os motores serem funcionados. Ou seja, é o início da catástrofe que todos assistimos no Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas, em Caçapava. A entrada no prédio pode ser feita pelo pessoal do Museu apenas para retirar itens pessoais.
Na prática do inexplicável a solução nada serve às partes. Nem entrega o imóvel ao Ministério dos Transportes ara ali guardar as preciosidades alegadas do "arquivo morto de órgão extinto" como explica na petição inicial – aliás este entulho elegante está guardado no Rio de Janeiro – nem deixa o Museu cumprir sua missão social, estar aberto ao público.
Solicitei uma audiência com o Governador, outra com a nova Ministra da Cultura, a senadora Marta Suplicy, que tomou posse com discurso sobre a importância dos museus. São as duas autoridades objetivamente ligadas ao tema. Estou ao aguardo de ambos com expectativa de resolução.
Sou um otimista, embora de pouca paciência para convívio com a ignorância institucional. A importância do tema para a cidade tem gerado manifestações de apoio de antigomobilistas e de gente que não é do ramo mas entende a importância do existir um equipamento como este.
Afinal, reúne raridades, duas exclusividades mundiais, quatro unidades tombadas pelo patrimônio público de São Paulo, já recebeu mais de 120 mil visitantes. As assinaturas á Petição Pública na internet têm aumentado, as mensagens nas redes sociais divulgado a situação. Amplo leque de manifestações positivas. O tricampeão Nelson Piquet, do exterior, mandou mensagem se disponibilizando para levar o tema às autoridades. O Museu do Caramulo – o mais importante de Portugal – quer saber como auxiliar! A bobagem vaza.
Visitas guiadas de estudantes do primeiro grau,
uma das atividades do Museu Nacional do Automóvel
"O descrédito do Brasil no cenário mundial será chaga difícil de fechar. Cerrar equipamento cultural às vésperas dos eventos internacionais, e quando os turistas já têm chegado à Capital, será enorme. Brasília nada tem investido para a Copa do Mundo de Futebol exceto o estádio, de desconhecido uso posterior ao evento. Sem ampliar as opções turístico-culturais, ainda fecha um ponto importante de atração para a cidade. Além do apoio de gente esclarecida, a disputa tem parceiro importante.
O Ministério Público do DF baixou Procedimento para que o governo local e secretarias criem uma solução para impedir o fechamento, eis que vedado pela Lei Orgânica do DF. Mas, neste país que nos desorienta, uma instância recomenda solução para impedir o fechamento. Outra, federal, manda fechar.
Acredito numa solução rápida e positiva. São muitos os argumentos favoráveis e apenas um em contrário. Vejo os advogados da AGU e o Magistrado como pessoas de extremada coragem. Nestes tempos de redes sociais, bullying, comunicação imediata, suas ações pró-fechamento serão comentados por largo tempo pela lamentável vitória em fechar um Museu e expor o país e suas autoridades maiores. Esta imagem profissional de insensibilidade com o país irá acompanhá-los em toda análise para promoção.
Um outro aspecto que não se deve desconsiderar é o período pré-eleitoral. A divulgação dos atos ou omissões de dois governos do PT, o federal e o brasiliense, é carga adicional que os candidatos do partido dispensam neste momento de julgamento do Mensalão e de desgaste de imagem.
Enfim, reitero a certeza que, com tantos argumentos, apoios, ajudas de pessoas que sequer conheço, estamos fazendo uma barreira sólida para evitar um resultado que em nada interessa, desde o aluno de primeiro grau à Presidente da República.
Entretanto, quero tranqüilizar meus amigos: todos sabem, gosto de automóveis, sua história, mantenho minha convicção que em nossa passagem por aqui devemos construir e não apenas gastar e usufruir, tenho crença na obrigação social de dividir conhecimentos. Todavia, o que pode se chamar generosidade não se confunde com desvario ou falta de noção. Se o governo do país nas esferas federal e na distrital entendem que museus são desnecessária frescura, que o obscurantismo é melhor que a luz, paciência. Fecharei o Museu, exportarei o acervo, venderei a biblioteca e, talvez, ainda agradeça aos agentes da justiça e da política ter-me poupado dos continuados esforços, da aplicação de tempo, recursos, emoções, e lamentarei ter nascido no país errado.
Você acha que pode ajudar? Proteste, fale, coloque nas redes sociais, escreva aos políticos de sua região, proteste junto ao gabinete da Presidente, ao governador do DF, à Ministra da Cultura, ao Advogado-Chefe da União. Faça rápido, porque não sei se a lacração pode ocorrer amanhã.
Melhores saudações antigomobilistas do Roberto Nasser, curador”
Repassando: camaradas,
obrigado pelo apoio e força. o video lincado conta a solução que pode ocorrer com o museu: mudança ao estádio pós copa.
abraço nasser
Que ótima notícia!!!
Merece reinauguração com pompa de grande evento antigomobilista.
Preserva-se importante incentivo cultural e ganha a história do automóvel no Brasil.
Parabéns ao amigo Roberto Nasser e a todos os que colaboraram para isso, por sua luta vitoriosa.
Nasser, a copa acaba neste final de semana. A partir de segunda feira vc estará pensando na mudança do museu para o Mané Garrincha, estou certo?
Uma outra coisa; me disseram que, na reinauguração do museu, vc lançará o seu inédito livro “A Simca no Brasil 1959 – 1969, Uma rica aventura tropical“, correto?
não tão simples. há que se escolher o local em função do acesso dos veículos a ser expostos; preferivelmente no mesmo eixo que o espaço para reserva técnica; saber como se faz a vedação; e, o mais importante, fazer um projeto museológico e sua implantação.
livro em nova revisão.
NOTÍCIA IMPORTANTE!
O prédio que hoje abriga o Museu é o que está mais à direita, o segundo de baixo para cima, frente com o Memorial JK!
Foto aérea da região, definida pelo traçado amarelo: 29 dos 116 terrenos estão desocupados (Foto: Google Earth / Digital Globe / Reprodução)
Garagens vazias Com localização privilegiada no Plano Piloto, o setor criado para guardar carros oficiais se encontra degradado e sem futuro certo 5.jul.2014 14:27:29 | por Paulo Lannes
Mato alto, galpões fechados, prédios em péssimo estado de conservação e carros abandonados. O cenário desolador, por incrível que pareça, fica numa das regiões mais valorizadas do Plano Piloto, próximo ao Palácio do Buriti e ao Memorial JK. Essa decadência do Setor de Garagens Oficiais (SGO), criado para guardar veículos do poder público federal e local, vem desde 1970, quando os programas de transporte de servidores foram desativados um após o outro. Agora, a anunciada transferência da sede do Governo do Distrito Federal (GDF) — hoje no Buriti — para o Centro Administrativo de Taguatinga pode deixar ainda mais incerto o futuro da área.
No balanço mais atual, 29 dos 116 lotes estão vazios, o equivalente a 25% do setor. E até os que continuam em uso se encontram numa situação deplorável (confira quatro deles no quadro abaixo). É o caso do que abriga o Museu do Automóvel. A construção reúne veículos históricos, como a limusine presidencial de placa 0001, que transportava o ex-presidente Juscelino Kubitschek pela cidade. Mesmo recebendo em torno de 5 000 visitantes por ano, a instituição foi lacrada em 2012 por determinação judicial. “O Ministério dos Transportes, responsável pelo prédio, prefere que o local funcione como depósito de documentos”, diz Roberto Nasser, curador do acervo automobilístico. No único bloco comercial da região, apenas um estabelecimento abre as portas: o restaurante self-service Cia da Comida. Nesse contexto, até mesmo a vocação original do setor apresenta falhas. Em uma das garagens, por exemplo, há mais de vinte carros do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) abandonados à própria sorte em espaço descoberto.
Patrimônio ao relento
Atrações e bens públicos abandonados são as grandes marcas do endereço.
(Fotos: Roberto Castro)
Museu do Automóvel: o único ponto cultural do setor, aberto em 1994, está lacrado há dois anos por determinação judicial
Área comercial: só há um bloco de lojas na zona, e ele se encontra em péssimo estado de conservação
Cemitério de automóveis: veículos de órgãos como o TJDFT se deterioram sob a ação do sol e da chuva
Mato alto: diversos lotes do setor hoje são apenas terrenos baldios, mesmo os que estão cercados
Diante desse quadro, a Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab) admite a necessidade de intervenções, mas argumenta, em nota, que elas constam do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), ainda barrado pelo Conselho de Planejamento Urbanístico e Territorial (Conplan). Tal documento propõe alterações nas quais investidores privados trabalhariam junto com o governo para criar prédios de administração pública, comércio e serviços. Deve-se atentar, contudo, para que as futuras mudanças não pesem no bolso do contribuinte. “Muitas vezes a iniciativa privada restaura o lote e o aluga para o próprio GDF”, explica Frederico Flósculo, professor de arquitetura e urbanismo na UnB. De qualquer forma, ele acredita na salvação do setor. “A área pode ser utilizada no atendimento às novas funções de governo”, diz, apontando um caminho para evitar-se uma zona fantasma na região central de Brasília.
Não que eu esteja concorrendo com alguém, mas duvido que algum outro site tenha publicado esta foto na Internet. Até eu meio que esqueci que a tinha.
Foi publicada, se não me engano, num JT de 1975. O carro tem toda panca de rápido, mas na realidade, era um DKW. O construtor do bólido se chamava Mario Saliba, e, que eu saiba, nunca pilotou carros em corridas oficiais.
Encontrei o mal tratado recorte de jornal enquanto procurava uma fita de curso de holandês para treinar um pouco. Tinha certeza que não tinha jogado fora.
Que eu saiba, o carro nunca foi testado em Interlagos. O texto do artigo estava cortado
Travado
