Arqueologia

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Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Arqueologia

É, pode ser. Vai depender do grau de honestidade ou eficiência de quem fez a rifa e de quem cuidou da impressão da imagem no bilhete.

A Jangada 63 foi lançada no final de 62. Motor Aquillon, teto baixo. Mais detalhes lá no site

Com o lançamento da linha Tufão, na Páscoa de 1964, a Jangada mudou o motor, mas não mudou a carroceria. O modelo era meio retardado em termos de implementação das melhorias. Ela ganhou os novos vidros da linha Tufão somente em dezembro de 1964. A Jangada Tufão perdeu os acrílicos pretos nas portas, que vinham na anterior. O estofamento deixou de ser a famosa palhinha que, imagino, mostrou-se frágil.

A produção da Jangada Tufão foi encerrada em abril de 1966, juntamente com o restante da linha Tufão. Ela voltou a ser produzida no formato Emi-Sul em novembro, quando saíram da linha de produção 9 unidades. Em dezembro foram 46. Em janeiro de 67 foram produzidas 27 e em fevereiro 6 unidades. Assim foram 55 unidades da Jangada Emi-Sul produzidas em 1966 e 33 produzidas em 1967, totalizando 88 veículos. As vendas não foram boas. Há circular da fábrica oferecendo com grande desconto a Jangada Emi-Sul, porque tinham unidades no pátio e ninguém queria. As colunas traseiras foram deslocadas para o final da carroceria, aumentando o espaço interno. Houve, então, alteração na cobertura do porta malas, que perdeu o revestimento tradicional e as tiras em alumínio, ganhando revestimento em madeira, assim como as tiras.

Essa foto ilustra a diferença da parte traseira, são as minhas Jangadas Tufão e Emi-Sul:



Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Arqueologia

Em resposta à esta mensagem postada por gtx
Outro dia almocei com um vizinho. Quanto ele tinha 17 anos, fazia viagens entre Itabirito, aqui perto de Ouro Preto, em Minas Gerais, e a fábrica da Simca, em São  Bernardo do Campo/SP.

O pai dele transportava os virabrequins que eram produzidos aqui e trazia de volta os defeituosos.  
                     
Usavam um caminhão e às vezes uma pick up que ele tem até hoje, é essa daí que vai a seguir:



Tem uma possibilidade de essa pick up ter transportado o virabrequim do seu Simca.

O Antuer é o meu vizinho. É ele que está na foto. Foi um privilegiado. Conta que entrava na fábrica e andava por lá à vontade. Lembra de vários detalhes, dos carros na linha de produção, dos grandes estoques de peças empilhadas.    
                   
Ele disse que chegou a almoçar no restaurante que tinha na fábrica da Simca.    
                   
Um belo dia chegou na casa dele, aqui em Belo Horizonte, uma Présidence preta com estofamento vermelho zero km, novinha, novinha. A fábrica pagou o pai dele com o carro.    
                   
Ele roubava a Présidence do pai e dava umas voltas pelas ruas, escondido do pai porque ainda não tinha carteira.  Fez de tudo para o pai não vender o carro, mas não teve jeito. Infelizmente, porque se o pai tivesse ficado com o carro ele seria meu vizinho aqui hoje.



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