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Acho que esse episódio do Pelé encerra de vez a polêmica Simca x Aero.
O Aero só ganhava nas vendas porque a Willys tinha muito, mas muito mais dinheiro do que a Simca, e também porque como ele era um Jeep de gravata se dava melhor nas precárias estradas da época.!
Rusiq, atualizando: hoje o feliz proprietário do meu ex-Chambord 63 verde é um sujeito de Curitiba, que pertence a um dos clubes de lá e aparece em todas as reuniões semanais com ele, feliz da vida.
Aproveitando a oportunidade: comprei esse carro em agosto de 1985 e o vendi em ... agora não me lembro bem, ali por 2011, mais ou menos. Rodei uns 25 anos com mecânica original. Posso dizer sem medo de errar que rodei com Simca como poucas pessoas hoje vivas rodaram, tanto em cidade como em estrada.
Ele me deixou na mão em apenas 4 oportunidades:
1) para subir a serra aqui do Retiro, tive que amarrar um cabo de aço em um caminhão que passava e subi de ré. Motivo: o motor era 100% de fábrica, tudo original, tudo std. e tinha na época uns 25 anos de vida. Quando o abri, eram cinco cilindros com anéis quebrados. Mesmo assim, chegando no topo da serra eu tirei o cabo de aço, agradeci o caminhoneiro e voltei para a cidade rodando normalmente com o carro.
Moral da história 1: o motor de Simca dura pra caramba e funciona bem mesmo com anéis quebrados em 5 cilindros, só não pode fazer mágica ou milagre.
2) Levando uma amiga modelo vestida de noiva para tirar fotos e fazer propaganda do carro para casamentos (ainda com o motor original de fábrica), o carro parou na rua por volta de meio dia. Um sol de rachar. Ela voltou de táxi e não fizemos as fotos naquele dia. Depois desmontei a bomba de gasolina e a membrana estava um lixo, boa parte pulverizada em forma de um monte de partículas que obviamente a fez parar de funcionar e entupiu a tubulação. Troquei a bomba e fizemos as fotos outro dia.
Moral da história 2: embora a bomba de gasolina da Simca não seja boa, isso é um fato, ela não vai deixar o carro na rua se for feita uma manutenção preventiva que, no caso, eu não havia feito na época desde que tinha comprado o carro.
Os próximos dois casos não são com o motor original de fábrica, eu já o tinha retificado.
3) subindo outra serra, indo para Caeté, cidade próxima de BH, o carro esquentou porque eu estava testando válvulas termostáticas "novas", na época com uns 40 anos de idade. Parei ao lado de uma bica, tirei as válvulas e o carro terminou de subir a serra sem problema algum.
Moral da história 3: válvulas termostásticas paradas há 40 anos podem estar com as molas viciadas e por isso não funcionam direito (o Loty que me abriu o olho sobre isso).
4) voltando de Águas de Lindóia, para onde ele tinha ido rodando muito bem desde Bh, estourou a biela e abriu um rombo enorme no semi-carter. Voltou de plataforma. Quando eu e o Loty fizemos uma autópsia, descobrimos que quem montou o motor não colocou as travas de bielas.
Moral da história 4: por melhor que seja o motor, ele não resiste a um erro humano básico de montagem como esse.
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Marcelo, que polêmica Simca x Aero é esta? Eu nunca vi polemica nenhuma, pois eu os considero ótimos carro para aquela época. Só discordo quando vc tenta justificar a falta de dinheiro da Simca. Vc sabe que até o momento da Willys ser vendida à Ford, 55% do capital da empresa era de brasileiros, praticamente a mesma porcentagem que tínhamos no inicio da Simca; a diferença estava nos investidores brasileiros...
Quanto ao teu ex Simca, sua explanação foi excelente; eu o considerava um dos mais belos simcas dentre os ainda existentes. Por falar nos teus carros, que tal vc contar-nos como esta a restauração dos mesmos. Existem tópicos criados somente para isso...
SIMCA TEMPESTADE
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Pois é Rusig tinha um tópico chamado "O BELO ANTONIO", tinha tanta coisa lá metendo o pau em simca que fiquei indignado então inventei e coloquei isto para dar mais humor aos comentários, não era para ofender ninguém e muito menos retirar o tópico já que este site é de simca.
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Loty, deixa de ser chorão...
O tópico "Belo Antonio" continua existindo, basta procurá-lo.
Como vc pouco participa do fórum não esta acostumado com os meus hábitos. Transferir mensagens e até mesmo tópicos inteiros é uma coisa que faço normalmente.
Agora vamos falar do "Belo Antonio", um tópico histórico e não divertido, onde quase todas as mensagens foram postadas por mim e onde temos uma charge do incomparável Millôr Fernandes. Lá ninguém "mete o pau em simca" como vc citou.
Neste tópico cujo nome é provocativo (Aero Willys x Simca Chambord...) vc poderá dizer o que quiser do Aero Willys.
SIMCA TEMPESTADE
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Problemas todos os carros da nascente industria automobilistica brasileira tinham. Porém, creio que o problema maior da Simca era o desconhecimento dos mecânicos e o mau uso pelos motoristas. Acho muito bacana o sistema elétrico, em especial os comandos da chave de seta, bem engenhoso, com retorno da seta e regularem de tempo para ocorrer esse retorno, opcão de buzina, luz de estacionamento etc. Mas poucos eletricistas deviam saber fazer reparos nesse sistema. Suspensão fantástica, adequada a um carro para uso familiar, muito superior ao"Aero Jeep". Detalhes de acabamento superiores a média e o maravilhoso ronco do motor. Realmente não há como comparar Simca com sua imitação barata, que tinha muitas qualidades de jipe, mas era um sedan.
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camaradas, vereda perigosa esta de fazer comparações com razões sentimentais, extra realidade.
vox populi, vox dei, na línguagem pela qual marcelo e leon conversam, insuperável a melhor adequação dos aero e itamaraty ao país. não o fossem, simca teria vendido mais, teria mais valor de revenda, maior demanda, maior confiabilidade. e se tecnologia fosse o parâmetro de época, para arriscar o mesmo idioma, a ultima ratio regum teria sido o fnm 2000, modelo jk, licenciado alfa romeo.
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Em vária publicações da época, inclusive a revista 4 Rodas, pode ser vista a diferença entre capital da Willys e da Simca.
Quem não quiser ter trabalho de procurar pode pensar um pouco: basicamente o Simca era um só carro, com derivações.
Quantos modelos a Willys oferecia?
Se isso não representar diferença, colossal, de capital, então realmente eu devo estar muito enganado.
Além disso, o aporte da matriz francesa da Simca não existia, o contrário, sim.
Quanto a serem os comentários de origem sentimental, nem tanto, Mestre.
Eu já tive Itamaraty com 2 carburadores. E o meu estava em excelente estado. Um carro que não tem estabilidade, não tem velocidade final, pesado, desconfortável, suspensão e freios sem comparação.
Não há sentimentalismo. São valores que, juntamente com o inegável e inquestionável potencial financeiro da Willys, bem superior ao da Simca, e as precárias condições das estradas brasileiras na época, fizeram a disparidade dos números de vendas. E ai você pode somar controle de qualidade na linha de produção, organização da fábrica e das revendas (inclusive critérios de concessão), qualidade da assistência técnica, etc, etc.
Já leram a história do Dante Vila, de Curitiba, que está no nosso site, em DIVERSOS?
Um outro caso que ilustra o que digo é o de uma revenda Simca do interior. Tinha excepcional qualidade graças ao dono, que conseguia vender muito mais Simca do que Aero na cidade. O dobro. Um dos macetes: ele ia pessoalmente à fábrica escolher os carros e nunca se esquecia de levar bons queijos e outros quitudes da roça. Tinha trânsito lá dentro. Corria atrás de clientes e vendia carros também fora da sua "jurisdição", na "boca" em São Paulo. Na sua concessionária conduzia tudo ficando em cima, então vendia carros bons de fábrica e lhes dava boa manutenção. Tinha bom e organizado estoque de peças, que acabou comigo depois de anos e anos de muito luta. Nunca teve uma concessão formal da Simca para ser revendedor, conseguiu graças ao sobrenome. Quando a Chrysler entrou e se desentenderam, deu bom dia, virou as costas e foi embora, fechando a concessionária quando retornou para a sua cidade.
Agora, carro por carro, isso fica mesmo a gosto do freguês, sem sentimentalismo. É igual mulher, política e time de futebol, cada um tem a sua preferência.
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Marcelo | Out 06, 2014; 10:25am
Então, quanto eu estava subindo o anel rodoviário a 180 km/h para deixar uns babacas para trás...Marcelo, explica isso direito: -Vc estava subindo a 180 km/h, com a Simca do Loty...
Esta Simca deve estar com um motor Subaru de 300 CV, igual ao utilizado na ex-simca verde e branca que pode ser vista em um outro tópico. rsrsrsrsrs
Agora, se os “babacas” estivessem numa Romi-Isetta igual a esta, a disputa seria interessante.
http://youtu.be/PFcAKGKQzgs
SIMCA TEMPESTADE
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Revendo alguns tópicos e lendo as mensagem postadas, encontrei um link para a matéria abaixo:
“Antigos do Brasil - Requinte nacional”
Pedro Cerqueira - Estado de Minas - Publicação: 21/05/2010 Pedro iria escrever, um no próximo mês, “Antigos do Brasil - De Belo Antônio a Vigilante Rodoviário” - 19/06/2010, que se encontra bem no inicio do tópico “Belo Antônio”.
Se alguém quiser ler “Antigos do Brasil - Requinte nacional” CLIQUE AQUI.
Como podemos ver, sem sentimentalismo, time de futebol cada um tem o seu. Agora, carro, mulher e política, pode se trocar a qualquer momento.
SIMCA TEMPESTADE
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O apelido dos Aero Willys e Itamaraty era "Jeep de Fraque", devido ao parentesco com o velho herói de guerra, bastante devido a sua resistência e lógico,ao seu comportamento dinâmico não muito além, mas existiu quem arriscasse um pouco mais com o familiar veículo.
Gente olha como aderna nas curvas!!! Jacarépaguá, Rio de Janeiro, 1968.
Fonte: https://www.facebook.com/rogerio.machado.12
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Loty, foi muito bom você ter disponibilizado o link do Rogerio Machado no facebook.
Agora, as simcas também adernavam nas curvas...
Veja o desespero do Walter Hahn para "consertar" a Simca em todas as curvas do circuito de Piracicaba (veja outras fotos na página 1 deste tópico), onde ele treinava durante o ano inteiro.
O Toco e o Jaime nem participavam desta corrida.
SIMCA TEMPESTADE
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rusiq,
revendo a interessantíssima história dos abarth- um dos melhores projetos de carro de competição, especialmente por manter a estrutura com motor de popa e conseguir, no caso dos 2.0 combinar elevadíssima potência específica e durabilidade - há um ponto que entendo ser aclarado: quando se refere à importação dos alpine 1300 para a equipe willys.
enquanto os três abarth entraram no país por uma facilidade prevista em lei, com falta de cobertura cambial, quer dizer em linguagem de gente, sem pagar impostos, sob o rótulo de importação temporária para avaliações e absorção de tecnologia, o caso alpine foi diferente. não se importaram os carros, mas apenas motores, câmbios e freios. assim, não havia prazo para devolução, nem destes, nem dos carros, que eram as berlinette da equipe willys, aqui construídas.
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Prezados,
pegando carona nas palavras do GTX, conversei muito no passado com o falecido Luis Pereira Bueno, o que a Willys fez, trazendo o motor Alpine ( não me recordo bem a versão, ~1000cc ) e câmbio de 5 marchas, o que segundo ele dava uma senhora diferença... ajudou muito e equipe, além das buchas da caixa de direção excêntricas (com pinhão da cremalheira maior) reduzia uns 30% as voltas do volante de batente a batente, ficava rápido esterçar as rodas e dominava mais nas curvas.
E, justiça seja feita quando o Pasteur resolveu trazer os Abarth, claro.
Abs.
MCS.
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mcs,
inicialmente eram os 1.100, salvo engano 1a. evolução da família sierra, com cinco mancais. não sei ao certo, pois a renault desenvolvia em paralelo outra família destes engenhos, com bloco em alumínio e câmara de combustão hemisférica. este motor depois foi evoluído a 1.300 cm3 ao tempo dos mk 2 - nada mais que as berlinettes refeitas pelo tony bianco -, e o mk 1, que era o bino, e que era outro automóvel com origem mais rica e heráldica.
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GTX, me disseram que as três Alpines 1300 e os dois R8 foram importados legalmente, juntamente com muitas peças de reposição e devido a isso estes carros ainda se encontram no Brasil.
O que diz o MCS esta correto, mas os motores das berlinetas Interlagos da equipe Willys eram 1100 cm³ Gordini, totalmente importados. Para os pilotos brasileiros eram fornecidos motores nacionais de 985 cm³.
As Alpines A110 são diferentes das A108. As A110 sempre utilizaram a mecânica dos R8 e as A108 e Interlagos utilizavam a mecânica do Dauphine (ou Gordini, no Brasil).
Na França, as primeiras A110 tinham uma distância entre eixos de 2100 mm, idêntica as A108 ou Interlagos, mas as bitolas já eram diferentes. Posteriormente a distância entre eixos das A110 foi alterada para 2270 mm, a mesmo das R8.
Uma coisa muito interessante, as A110 da equipe Willys utilizavam um motor Renault, preparado pelo Gordini, de 1296 cm³ e esta foi a cilindrada do motor do 1º Corcel...
Renault R8 #22, o carro da foto, na época pilotado pelo Bird Clemente.
Foi da Willys e, depois, do Marivaldo Fernandes. O carro, hoje, pertence ao piloto e colecionador Alfonso Abrami.
A 3ª Alpine A110, ou Interlagos II, em Araxá.
Veja:
JÓIAS RARAS - por Carlos Meccia - 18/08/2014
http://autoentusiastas.com.br/2014/08/joias-raras/
SIMCA TEMPESTADE
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SIMCA TEMPESTADE
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sem condições de conferir agora, mas do que me lembro, em 1964 o greco importou os motores 1.100 cm3, as transmissões de cinco marchas e os grandes freios a disco.
tudo isto foi enfiado nos cascos de berlinette, salvo engano 1964, marcados pela enorme tomada de ar inferior ao bico dianteiro, aplicados pelo toni bianco para sanar a insuficiência da refrigeração.
logo em seguida elevaram os motores a 1.300 cm3. parece-me, sua morfologia não era igual à do corcel, aparecido em final de 1968, com cilindrada de 1289 cm3. da mesma forma, creio, os motores eram preparados pelo nelson brizzi, nada de amadée gordini.
sobre importação de A 110, a Willys trouxe apenas duas unidades em 1966, levando-as ao salão do automóvel daquele ano e anunciando como as sucessoras das 108. nada aconteceu. a ford assumiu o controle, cancelou o projeto interlagos, e os a 110 foram vendidos. o cinza prata desapareceu, e o azul escuro com estofamento vermelho foi comprado pelo mauro salles. é o carro da foto em araxá.
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As nossas informações não são coincidentes e daí?
Estas são as berlinetas (Interlagos ou Alpine A110) de que estamos falando:
A frente foi alterada pelo Toni, como dissestes, mas ele alterou as laterais e a traseira também?
Estas fotos nos mostram um Alpine A110 e não uma berlineta Interlagos adaptada.
Mas é fácil verificar se são berlinetas Interlagos adaptadas (apenas com mecânicas diferentes) ou são A110 verdadeiros: - basta dimensionar o Mark I, hoje com o nº 21 (era o #22, pois o #21 original foi destruído no acidente em Petrópolis).
Dimensionalmente o A110 é bem diferentes do A108 (Interlagos).
O Mark I, hoje existente, de nº 22, é uma réplica.
SIMCA TEMPESTADE
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