Simca Abarth

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Re: Simca Abarth

Tópico: Simca Abarth - (ForumNow!)
    capeta - Postado em 16/07/2009 00:22:00

SIMCA TEMPESTADE
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Re: Simca Abarth

Tópico: Simca Abarth - (ForumNow!)
rusiq - Postado em 13/10/2010 22:07:00
GP IV Centenário do Rio de Janeiro, 19 de setembro de 1965, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

SIMCA TEMPESTADE
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Re: Simca Abarth

Abarth Simca no Brasil
Seg, 03 de Dezembro de 2007 00:00 - Escrito por Napoleão Ribeiro
http://www.luik.com.br/

Fundada em 5 de maio de 1958, a Simca do Brasil logo se interessaria pelas corridas de automóveis, consideradas à época como grande poder de marketing para os fabricantes de automóveis.
Em 1960 foi criada uma categoria de carros Turismo Nacional, mais conhecida como Turismo GEIA, sigla que significava Grupo Executivo da Indústria Automobilística, grupo criado pelo Presidente da República Juscelino Kubitschek para implementação da indústria no país.
Desde a primeira prova, dessa nova categoria, ocorrida em Brasília, por ocasião da inauguração da cidade, a Simca começou a participar embora, sem formar uma equipe devidamente estruturada.
A estruturação da equipe de competição começou nas Mil Milhas disputadas em 26 de novembro de 1961, quando três Simca Chambord pintados de vermelho e pilotados por Ciro Cayres/Danilo Lemos; Waldemyr Costa/Waldemar Costa Fº; e Jayme Silva/Lauro Bezerra participaram da prova.
Ciro Cayres chegou ocupar o segundo lugar, na parte final da prova, logo atrás do Corvette de Orlando Menegaz/Ítalo Bertão, que venceria a prova, mas problemas no filtro de óleo fizeram-no abandonar a corrida faltando menos de 20 voltas para o seu término.
Tendo George Perrot como Chefe do Departamento de Competições e Ciro Cayres e Jayme Silva como principais pilotos, a equipe passou a disputar regularmente as competições a partir de 1962, entretanto os carros fabricados no Brasil não eram os mais indicados para competição e, com exceção da vitória obtida pela “Carretera” de teto rebaixado nos 1600 Km de Interlagos de 1963, os resultados não eram dos melhores.
A partir de 1962 as principais corridas nacionais passaram a ser disputadas por carros Turismo e Grã-turismo nacionais e importados e os Interlagos, da equipe oficial da Willys, dominavam amplamente o automobilismo nacional.
Em 1964 começaram a ser importados novos carros. Primeiro foi o Porsche Carrera 2 de Marivaldo Fernandes; logo depois foi uma Alfa Romeo Giulia TIS de Piero Gancia; e em seguida um Fiat Abarth 850 TC de Eugênio Martins e Paulo Goulart.
A chegada desses novos carros, além de ameaçar a supremacia dos Interlagos, deixava os Simca em grande desvantagem.
Diante desse quadro, George Perrot convenceu o Presidente Jacques Pasteur a montar uma equipe realmente competitiva.
O primeiro passo foi construir um protótipo com mecânica do Simca nacional, a partir do chassi da Maserati 250F de Ciro Cayres, chamado de Simca TGT, que mais tarde seria conhecido como “Tempestade”, numa alusão às dificuldades de condução e ao Simca Tufão.
Paralelamente à construção do protótipo, Ciro Cayres e George Perrot foram para a França comprar três Abarth Simca 2000, carro esportivo que tinha sido lançado recentemente e que começava a ter seu desempenho destacado no automobilismo europeu.
Os Abarth eram carros muito bem construídos pelo renomado preparador de carros de corrida italiano Carlo Abarth. Com carroceria tipo berlineta, rodas de liga leve, novidade para a época, motor com cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas, 2000 cm³, câmbio de 4 ou 6 marchas, tinha tudo para tornar-se sucesso no país.
Foram trazidos para o Brasil três desses carros, os chassis nºs 136/0080, 136/0085 e 136/0090, na condição de carros de teste, ou seja, deveriam permanecer no país por um determinado tempo e depois disso retornarem à origem.
Desde sua chegada, os carros foram envolvidos em polêmica sobre a forma como foram trazidos e a liberação alfandegária somente foi possível mediante liminar judicial.
A questão se transformou em uma “marca” que pesou sobre os carros durante o período de pouco mais de um ano que permaneceram no Brasil.
Muitos atribuem essa dificuldade a manobras da equipe Willys, que na época estava importando, para substituir o Interlagos, três Alpine A-110 com motor do Renault R-8 de 1.100 cc e que, com a vinda dos Abarth, teriam poucas chances.
Os Abarth estrearam nas 3 Horas de Velocidade, em Interlagos, no dia 30 de agosto de 1964. O carro de Ciro Cayres se apresentou com câmbio de 6 marchas e o de Jayme Silva de 4 marchas. Durante a corrida o que se viu em Interlagos foi um “passeio” dos dois carros vermelhos da equipe Simca. Ciro se manteve à frente, mas faltando cerca de 10 minutos para o final da corrida, teve que parar nos boxes para reparar as luzes traseiras que tinham apagado. Perdeu 3 minutos parado e a liderança para Jayme Silva no outro Abarth. Na última volta, Jayme Silva quase parou o seu carro no retão para esperar seu companheiro de equipe e receberem a bandeirada de chegada lado a lado, com ligeira vantagem para Jayme.
Os Interlagos demonstraram que não tinham a menor chance contra os novos carros da Simca. Nem Bird Clemente, com um desempenho próximo da perfeição, foi capaz de oferecer a mínima oposição, conseguindo apenas ficar na mesma volta dos líderes.
Uma semana depois os Abarth se apresentavam para a disputa dos 500 Km de Interlagos. Dessa feita os dois carros estavam equipados com câmbio de 4 marchas e pilotados por Jayme Silva e Fernando “Toco” Martins. Ciro Cayres preferiu competir com o Simca protótipo ao lado de Ubaldo Lolli, devendo se revezar também no Abarth de “Toco”.
Jayme Silva liderou a prova com grande facilidade até parar na 18ª volta com a quebra da transmissão. “Toco” assumiu a liderança sendo substituído por Ciro Cayres ao final da prova. Luiz Pereira Bueno foi o segundo colocado com três voltas de desvantagem para o vencedor enquanto que Bird Clemente, com um balancim do motor do seu Interlagos quebrado, foi apenas o quarto colocado.
Em novembro a equipe Simca ganhou um novo reforço: a contratação de Chico Landi para chefiar a equipe. A estréia de Landi aconteceu em 29 de novembro por ocasião da disputa da prova “6 Horas de Brasília”.
Foi uma prova tecnicamente muito pobre com a participação de apenas onze carros, entre eles os dois Abarth e o Simca Tempestade.
Com toda essa facilidade, Chico Landi resolveu promover a vitória do carro nacional e com isso, apesar da superioridade dos Abarth, o vencedor acabou sendo o Simca Tempestade de Ciro Cayres e Ubaldo Lolli. Curiosamente, durante a prova, Jayme Silva chegou a parar seu carro no circuito, comprar e saborear um picolé, enquanto aguardava ser ultrapassado pelo carro de Ciro, para depois retornar.
Se o sucesso do carro nas pistas era total, as dificuldades burocráticas quanto à permanência no país continuavam.
Independentemente disso, os Abarth se apresentaram novamente em Brasília, em abril de 1965 para a disputada da prova de 12 Horas. Prevista para acontecer na madrugada de sábado para domingo, a corrida somente foi realizada de segunda para terça-feira depois de uma luta judicial entre o Automóvel Clube do Brasil e a Confederação Brasileira de Automobilismo.
Durante a prova os dois Abarth não tiveram adversários e se impuseram aos demais participantes, ocupando os dois primeiro lugares durante a primeira hora de corrida, quando o carro de número 44 começou a enfrentar problemas com o dínamo (naquela época ainda não existiam os atuais alternadores de voltagem nos carros), sendo obrigado a parar constantemente para trocar a bateria.
Quando o dia clareou, sem precisar dos faróis, a bateria passou a ser menos exigida e com isso o Abarth começou sua recuperação, quebrando constantemente o recorde de volta. Porém acabou terminando a prova na terceira posição. O vencedor foi o Abarth de Jayme Silva/”Toco” Martins, o segundo colocado o Interlagos de Wilson Fittipaldi Jr./Bird Clemente/Luís Pereira Bueno/José Carlos Pace com cinco voltas de atraso e, o terceiro, o Abarth de Ciro Cayres/Ubaldo Lolli, uma volta atrás.
No dia 16 de maio os Abarth estavam presentes aos “500 Km da Guanabara”, prova disputada no circuito da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro.
Mais uma vez, no carro nº 26 estavam Jayme Silva/Fernando “Toco” Martins e no nº 44 Ciro Cayres/Ubaldo Lolli. O Simca TGT seria conduzido por Ciro Cayres/Jayme Silva/Pedro Jaú.
Na corrida estavam presentes os novos DKW Malzoni e o Alpine A-110, ainda equipado com motor de 1.100 cc.
A largada aconteceu debaixo de chuva e, ao final de quase 4 horas e meia de corrida, para surpresa geral, o vencedor foi o Simca TGT, ficando o Abarth nº 26 em segundo, duas voltas atrás. O 44 abandonou com seu crônico problema de transmissão.
Uma semana depois foi disputada a prova 12 Horas de Interlagos. Nessa corrida o Abarth de Jayme Silva/Fernando “Toco” Martins, mesmo sofrendo com os buracos da pista de Interlagos, manteve a sua superioridade, enquanto que o carro nº 44 sucumbia com a suspensão quebrada.
Em 6 de junho os dois Abarth foram levados para disputar a II Etapa do Campeonato Carioca no circuito da Ilha do Fundão.
Com apenas 6 carros na prova, registrou-se a vitória do carro nº 44 de Ciro Cayres. Dessa vez foi o nº 26 que apresentou problemas de transmissão e teve que abandonar.
No dia 20 de junho de 1965 foi disputada a prova “6 Horas de Interlagos”. Essa competição era disputada em três baterias de duas horas com a soma dos tempos indicando o vencedor final.
A primeira bateria foi, como de costume, totalmente dominada pelos dois Abarth com Ciro Cayres chegando em primeiro e Jayme Silva em segundo.
Embora tenha liderado a maior parte da segunda bateria, Ciro Cayres acabou abandonando com cerca de uma hora de corrida com problemas de transmissão. Assim, Jayme venceu as duas baterias à frente de um ameaçador DKW Malzoni pilotado por Marinho Camargo.
Em 1965 o terceiro Abarth da equipe foi modificado, se nacionalizando com a substituição do motor original por um motor do Simca Tufão brasileiro. Segundo nos informou Fernando “Toco” Martins, o presidente da Simca do Brasil, Jacques Pasteur, não queria que os três carros corressem juntos e a forma de colocá-los para correr era efetuando sua modificação para competir na categoria de protótipos. Imaginem a dificuldade para substituir um motor 4 cilindros por um V-8, embora de baixa cilindrada, mas que ocupava, evidentemente, mais espaço que o original. O câmbio foi substituído por um de Volkswagen e a frente ganhou uma abertura maior para permitir melhor refrigeração.
A estréia do carro aconteceu no dia 15/08/1965 no “GP Rodovia do Café”, prova organizada por ocasião da inauguração da rodovia que ligava Curitiba a Apucarana, no Paraná.
Disputada em duas etapas, a ida de Curitiba a Apucarana e o retorno, cada uma com pouco mais de 350 quilômetros, teve a participação dos dois Abarth Simca 2000, do Simca TGT e do Abarth Tufão que foi pilotado pelo Chefe do Departamento de Competições da fábrica George Perrot.
No trecho de Curitiba/Apucarana, disputada debaixo de chuva, os dois Abarth Simca deram um show de velocidade, com Jayme Silva em primeiro e Ubaldo Lolli em segundo e o Simca TGT em terceiro. O Abarth Tufão foi apenas o 35º, tendo parado diversas vezes durante o percurso. Na volta, enquanto Jayme vencia com média de 160,646 km/hora, Ubaldo Lolli abandonava no quilômetro 140 com a quebra da transmissão. Na soma dos dois trechos, Jayme ficou em primeiro e Ciro Cayres, no Simca TGT, em 2º. George Perrot com o Abarth Tufão enfrentou diversos problemas, mas mesmo assim terminou a prova na 25ª colocação.
Com o prazo de um ano de permanência dos carros no país vencido, o fisco apertou o cerco. Com isso, no Circuito de Vitória, disputado na Capital Capixaba, apenas o Abarth de Jayme Silva, mediante liminar, esteve presente e venceu a prova, como sempre com grande facilidade, ficando Ciro Cayres em segundo no Simca Tempestade (TGT).
Para a prova, que seria considerada a mais importante do ano, o “GP do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro”, disputada no circuito da Barra da Tijuca no dia 19/09, os carros somente foram liberados na véspera, novamente mediante liminar judicial.
Assim se apresentaram para a largada os três Abarth: os dois com motor 2000 e o equipado com motor Simca Tufão.
A principal atração da prova foi a Ferrari 250 TR, com carroceria modificada por Piero Drusio, na Itália, para GTO-Drogo, que seria pilotada por Camillo Christófaro.
Camillo largou na pole-position enquanto que os carros da Simca largavam nas últimas posições entre 40 carros, pelo fato de não terem participado dos treinos de classificação.
Jayme no carro nº 26 e Ciro no nº 44 logo se juntaram à Ferrari e os três passaram a disputar as primeiras colocações da prova. “Toco” no Abarth Tufão vinha escalando o pelotão e já estavam bem posicionado porém, acabou capotando na curva do Corsário e ficou fora da prova.
Na 34ª volta Ciro teve que abandonar, com o flexível do óleo rompido e com isso Jayme liderava com confortável vantagem sobre Camillo até que, faltando 3 voltas para o final, o Abarth perdeu uma roda dianteira, entregando a vitória para a Ferrari de Camillo Christófaro.
A despedida dos Abarth das pistas nacionais aconteceu no dia 31 de outubro com a disputa dos “500 Km de Interlagos”.
Mais uma vez os carros só foram liberados pela justiça na véspera da corrida comparecendo para a largada no domingo apenas o Abarth Simca 2000 de Jayme Silva e o Abarth Tufão com Ciro Cayres, ambos largando nas últimas posições.
Rapidamente os dois carros escalaram o pelotão com Jayme assumindo a liderança e Ciro Cayres abandonando depois de 12 voltas, quando ocupava a 3ª colocação e se aproximava da Maserati de Ubaldo Lolli, que ocupava o segundo lugar. Jayme Silva manteve a liderança até o final da prova.
Finalmente o representante da Simca firmou compromisso com a alfândega para que os carros retornassem à Europa.
Nessa época a Chrysler estava assumindo o controle acionário da Simca do Brasil e não demonstrou interesse em manter os carros no país.
Chico Landi ainda tentou uma jogada fazendo com que um piloto peruano se interessasse pelos carros tentando embarcá-los para aquele país para depois retornarem ao Brasil. Entretanto, a manobra não deu certo e os carros foram parar num porto italiano onde permaneceram por longo tempo até serem resgatados por um colecionador.

RELAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES DOS ABARTH SIMCA EM CORRIDAS NACIONAIS:

30/08/1964 - 3 Horas de Velocidade - Interlagos - 26 - Jayme Silva - 1º / 44 - Ciro Cayres - 2º
07/09/1964 - 500 Km de Interlagos - Interlagos - 62 - Fernando Toco Martins/Ciro Cayres - 1º / 26 - Jayme Silva - AB
29/11/1964 - 6 Horas de Brasília - Brasília - Jayme Silva/Fernando Toco Martins - 2º / 44 - Fernando Toco Martins/Marivaldo Fernandes - 3º
26/04/1965 - 12 Horas de Brasília - Brasilia - 26 - Jayme Silva/Fernando Toco Martins - 1º / 44 - Ciro Cayres/Ubaldo Lolli - 3º
16/05/1965 - 500 Km da Guanabara - Rio de Janeiro - 26 - Jayme Silva/Fernando Toco Martins - 2º / 44 - Ciro Cayes/Ubaldo Lolli - AB
23/05/1965 - 12 Horas de Interlagos - Interlagos - 26 - Jayme Silva/Fernando Toco Martins - 1º / 44 - Ciro Cayres Ubaldo Lolli - AB
05/06/1965 - Campeonato Carioca, Ilha do Fundão - 44 - Ciro Cayres - 1º / 26 - Jayme Silva - 4º
20/06/1965 - 6 Horas de Interlagos - Interlagos - 26 - Jayme Silva - 1º / 44 - Ciro Cayres - AB
15/08/1965 - GP Rodovia do Café, Curitiba-Apucarana-Curitiba - 26 - Jayme Silva - 1º / 44 - Ubaldo Lolli - AB / 83 - George Perrot (Abarth Tufão) - 25º
08/09/1965 - Circuito de Vitória - Vitória, ES - 26 - Jayme Silva - 1º
19/09/1965 - GP IV Centenário do Rio de Janeiro - Rio De Janeiro - 26 - Jayme Silva - 4º / 44 - Ciro Cayres - AB / 83 - Fernando Toco Martins (Abarth Tufão) - AB
31/10/1965 - 500 Km de Interlagos - Interlagos - 26 - Jayme Silva - 1º / 83 - Ciro Cayres (Abarth Tufão) - AB

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Re: Simca Abarth

Abarth Simca no Brasil II
Seg, 03 de Dezembro de 2007 00:00 - Escrito por Napoleão Ribeiro

DEPOIMENTO DO JOSÉ FERNANDO LOPES MARTINS o “TOCO”

Os Abarth chegaram ao Brasil e ficaram mais de uma semana parados. Isso porque eles traziam afixados nos pára-brisas um papel dizendo que não tinham água, óleo, etc. e o Pasteur não deixou ligá-los enquanto não falassem com a Itália, pois tinha empregado uma grana nos carros e não queria correr nenhum risco.
A primeira prova foram as 3 Horas de Velocidade, porque naquela época uma semana antes tinha as 3 Horas e no dia 7 de setembro os 500 quilômetros.
Como não fizemos a classificação, alinhamos nas últimas posições, o Jayme no carro com 4 marchas e o Ciro no de 6. Os carros eram novidade e o pessoal da Willys, o Bird, o Wilsinho, o Luís Pereira Bueno, veio conhecer a novidade um deles olhou e disse: - “bonito hein, pneusão, esse carro pode ser que, depois de 3 horas, vocês alcancem a gente, mas isso já no finzinho da corrida”. Na primeira, já na curva 2 nós estávamos grudados neles e no retão passamos e parecia que eles estavam parados. Vencemos com folga. Nos 500 Km nós largamos na frente, o Jayme no carro de 6 marchas e eu no de 4. O Jayme quebrou o disco hardy, que era utilizado nos Abarth, pois naquela época não existiam homocinéticas e a ligação do diferencial para as rodas era feita através desses discos. Então eu venci a prova. O Ciro deu poucas voltas e me devolveu o carro para que eu recebesse a bandeirada.
Os carros eram fantásticos e não fariam feio hoje em dia, Naquele tempo só perdemos de verdade uma corrida para a Ferrari do Camillo e isso porque os dois carros quebraram, o Ciro com o rompimento do flexível do óleo e o Jayme porque perdeu uma roda.
As outras duas derrotas foram montadas para que a Perereca vencesse e os Abarth chegaram logo atrás.
Vieram três carros, todos com motor 2 litros, mas o Pasteur não permitia que os três corressem. Queria apenas dois com o terceiro ficando de reserva.
Então o Chico Landi o convenceu a modificar um dos carros, colocando um motor do Simca Tufão nacional. Ele aprovou e então mandamos brasa. Tiramos o motor e câmbio do Abarth, instalamos o do Tufão e, como o câmbio do Abarth não funcionava com o motor do Tufão, tivemos que adaptar um câmbio de VW.
Eu corri com esse carro na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, na prova em que a Ferrari do Camillo acabou vencendo.
Nós fomos para o Rio, mas não tivemos tempo de testar adequadamente o carro. Nós o testamos rapidamente na Anchieta e o motor virava bem.
Chegamos no Rio no sábado à noite e a corrida era no domingo de manhã. Então foi feito o sorteio de quem iria para cada carro e o Abarth Tufão caiu para mim. Nesse ponto o Chico Landi sempre foi muito correto e justo e não dava vantagem para ninguém, sorteava e acabou: “você vai com esse carro, você com aquele”, etc..
Antes da largada eu falei para o Chico: - “Vai me dando o lugar que estou para ter uma idéia e então forçar ou não o carro”.
Bem, na primeira volta eu passei um monte de carros. O Abarth Tufão andava bem na reta da praia, mas tinha um problema na curva em “S” do Corsário: a terceira era curta e a quarta longa e aí eu perdia muito tempo. Decidi fazer a curva em quarta e sempre que passava pelo boxe sinalizava para o Chico pedindo a minha colocação, mas ele não informava. Recordo-me de ter passado o Bird, o Wilsinho, o Lameirão, mas faltava o Luís Pereira Bueno e continuei pisando firme em busca do piloto da Willys. Eu estava próximo do Marinho e, além dele achava que só faltava o Alpine do Pereira Bueno para ficar logo atrás dos outros Abarth e da Ferrari do Camillo, mas o Chico não me informava em que lugar eu estava. Fui me arriscando e acabei derrapando na curva do Corsário, o carro apoiou na areia e acabou virando. No acidente a manga de eixo entortou e não pude continuar. Quando cheguei nos boxes, perguntei ao Chico em que lugar estava e ele me disse que era quinto atrás dos dois Abarth, da Ferrari e do Marinho. Então perguntei: - “E o Pereira Bueno?” O Chico disse que ele tinha saído da pista logo na primeira volta e que estava muito atrasado. Foi então que percebi que tinha me arriscado à toa e com isso ficado fora de uma corrida em que poderia terminar muito bem classificado.
Os Abarth estão em Los Angeles e participam de corridas de carros antigos. O Julinho Penteado esteve por lá e fotografou os carros que estão do mesmo jeito, vermelhos com as faixas e tudo o mais.

JOSÉ FERNANDO LOPES MARTINS “TOCO”.
Depoimento prestado em janeiro de 2007.

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Re: Simca Abarth

Abarth Simca III
Sab, 26 de Abril de 2008 00:00 - Escrito por Napoleão Ribeiro e Fred Della Noce

Frederico Della Noce, um dos maiores estudiosos dos Abarth Simca nos mandou correspondência informando que o destino dos Abarth Simca, que pertenceram à Simca do Brasil, não estão nos Estados Unidos como divulgamos, mas sim na Suíça e na Itália:
Chassi 080 – Coleção Möll – Suíça
Chassi 085 – Coleção Grassi – Pádua – Itália
Chassi 090 – Coleção Costa – Milão – Itália.
Frederico remeteu-nos ainda fotos do Chassi 085 que tinha recebido motor Simca V-8 nacional e, por este motivo, teve a sua traseira alongada.
O carro foi restaurado, recebeu novo motor 2000 (FIAT), mas foi mantida a modificação da carroceria o que lhe confere um aspecto estranho.
Segue abaixo as correspondências recebidas:

“Caro Napoleão,
Dei uma vista no teu site e posso te garantir que nenhum site que eu já vi no Brasil, tem informações mais precisas nem conhecimento de causa que tem os teus textos. Parabéns.
Os três Abarth que vieram para a Simca do Brasil tem os números de chassis #80,#85 e #90. Todos estão na Europa e nenhum foi ou esteve nos USA.
O chassis #85, é o carro mutilado na Simca para caber o motor Simca V8.
A parte traseira foi alongada e, na restauração do carro, foi recolocado um motor de 2 Mila e uma caixa de 6 marchas, mas foi mantida a traseira mais comprida, o que dá ao carro um perfil estranho e feio.
É difícil conceber hoje o que pode ter passado pela cabeça dos responsáveis pela competição na Simca, ao destruírem uma Maserati para fazer o Tempestade e uma Simca Abarth 2 Mila criando um monstrengo sem sentido nenhum.
Não é de estranhar que a marca tenha falido.
O carro em Padova pertence a um misto de médico, fabricante de equipamentos odontológicos e vendedor/colecionador de carros antigos.
Um abraço,
Fred Della Noce”

“Caro Napoleão,
Conforme falamos ao telefone, confirmo que as três Simca Abarth 2 Mila faturadas pela Abarth, em nome da Simca do Brasil S.A., são os chassis #80,#85 e o #90.
Não consegui rastrear a história entre 1965 e 1981, e creio que vai ser difícil, pois em 1981, em Genova, tem lugar um leilão da massa falida de uma companhia de navegação.
Os três Simca, fazem parte do acervo e foram comprados por um dos primeiros comerciantes de carros antigos de competição, que na época era uma espécie de curador da coleção de carros do falecido Conde Lurani.
Os carros hoje encontram-se nas seguintes coleções:
#80 - Coleção MÖLL - Suiça
#85 - Coleção GRASSI - Padova (Italia)
#90 - Coleção COSTA - Milão (Italia)
Posso te assegurar que estes 3 carros jamais puseram as rodas nos USA, nem para uma exibição. Todos estão em boas condições, sendo que a restauração do carro #80, é espetacular, e o carro se encontra junto de uma 2 Mila modelo 1965 (com o capot dianteiro diferente, que abre por inteiro para a frente, como um Jaguar E Type).
Também na mesma garagem encontram-se outros 74 Abarths, que formam a maior e melhor coleção Abarth do mundo.
Um abraço,
Fred”

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Re: Simca Abarth





Fotos e Textos: http://www.bernimotori.com/abarth_simca_2000_en.html

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Re: Simca Abarth

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Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
Titanic: 
De todos os causos sobre os Abarths Simca, o melhor, sem duvida nenhuma, foi postado pelo GTX no tópico "Tempestade", no Forum Now, no dia 18/08/2006:

Mensagem original postada por gtx
leon,

os simca abarth não foram jogados ao mar. não sei quem inventou esta estória romântica, mas rastreei as fontes acreditadas e as informações são outras. ficaram muitos anos num depósito alfandegário e depois vendidas em leilão. pelo menos um dos exemplares está correndo na califórnia.



como as histórias mirabilantes se espalham rapidamente, dentro de alguns dias você ouvirá barbaridades infundadas, romanticamente coloridas, como:
o chico landi sabendo do potencial dos automóveis, não devolveu todos. teria feito uma cópia de plástico, que foi devolvida;



que não houve conferência acurada no despacho, e assim, dos três carros, dois foram, e um ficou. devidamente escondido no galpão de uma fazenda no portal do paranapanema. há pouco tempo, invadida, o carro foi desmontado e vendido como karmann-ghia com motor corcel;
que não foi desmontado, mas o motor estava colado e por isto foi trocado com um dono de ferro-velho e mais um rádio portátil spica e um celular antigo e sem bateria, por um motor de kombi 1500, rajando, mas quase zerado:
que nada disto aconteceu. um diretor da simca, talvez o que tenha ficado com pedaços do tempestade, sabia do que tinha em mãos. assim, fez uma cópia em papel machée sobre uma armação de metalon e mandou-o junto aos outros:
que ficou com um dos carros, exatamente o que era quase O km, e guardou-na na garagem da casa de uma namorada, que morava no longínquo loteamento do morumbi. que a simca acabou, o diretor se foi, ficaram namorada e carro escondido. que depois ele quis resgatar o abarth, mas ela, zangada por ter sido trocada por uma passagem de volta, dera o carro para um dos namorados que sucederam o francês. este, cortou a capota, transformou em buggy e o perdeu, afundado na maré, na praia comprida...
outra possibilidade é a de que o namorado, tenho o carro submerso pela areia, ficou ali, olhando, quando uma turma passou por ali, ofereceram-lhe um cigarrinho artesanal, e ficaram fazendo, fumaça, tanta que, quando voltaram a razoável normalidade, nem sabiam de carro e muito menos do local onde submergiu;
mais ainda. que o namorado ficou por ali, vendo o buggy afundar, quando chegou uma turma e na de ajuda não ajuda, deram um trato no namorado. como eram uns 16, o pobre rapaz teve que andar muito, eis que não poderia aceitar carona, pois depois da sessão vem-cá-lourinho, não podia se sentar ...
e após a experiência, nunca mais voltou à tal praia;
quem quiser, que conte sua versão. tenho certeza que muitas outras existirão - como a do mar. o jaime silva me contou que os carros foram jogados ao mar no pacífico, na costa peruana ...

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Re: Simca Abarth

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
 
 
 
 
 
 
  
  
  
  
  
 
 
 
 
 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
 
 
 
 
 
  
  
  
  
 
 
 
 

Abarth Simca 2000
Cor Externa: Rosso Corsa
Cor Interior: Black
Odometro:   22859 milhas
Motor:         DOHC  4 Cil em linha, Fiat
Transmissão: 4 Velocidades

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Re: Simca Abarth

Esta mensagem foi atualizada em .
Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
 gtx escreveu:
o chico landi sabendo do potencial dos automóveis, não devolveu todos. teria feito uma cópia de plástico, que foi devolvida.
não houve conferência acurada no despacho, e assim, dos três carros, dois foram, e um ficou devidamente escondido no galpão de uma fazenda no portal do paranapanema. há pouco tempo, invadida, o carro foi desmontado e vendido como karmann-ghia com motor corcel...
 







Nota: Quem quiser ler o “causo” do GTX sobre a devolução das Abarths, neste mesmo tópico, acesse http://forum-simca.2308807.n4.nabble.com/Simca-Abarth-td4201028i20.html e procure por TITANIC.

REPLICA À VENDA;

Abarth Monomille GMR (the Ultimate)


http://forum.abarth-gmr.be/index.php?board=406.0

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Re: Simca Abarth

1965 - JUAN MANUEL FANGIO EM INTERLAGOS, COM A SIMCA ABARTH DO JAIME...


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Re: Simca Abarth


Simca Abarth na largada da II Seis Horas de Interlagos, 1965.


Duas Abarth, uma é Fiat e a outra é Simca.
Qual é a Simca?

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Re: Simca Abarth

Simca Abarth 2000












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Re: Simca Abarth

São Paulo - Domingo, 6 de setembro de 1964




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Re: Simca Abarth

Esta mensagem foi atualizada em .
Dear Ultimatecarpage.com visitor,

Best known for the company's tuning kits and modified Fiats, one of Abarth's best creations was a two-litre competition engine, which was introduced in 1963. In its original guise, it powered the Abarth Simca 2000 GT, which was built around a Simca 1000 platform and featured a bespoke Abarth body and the new two-litre engine. Equipped with twin-spark ignition, dry-sump lubrication and the largest carburettors ever made by Weber, the superb engine produced just over 200 bhp in competition trim. Although very light and equipped with a particularly powerful engine, the Abarth Simca 2000 GT was not one of Abarth's most successful racing cars as it faced strong competition from the likes of the Porsche 904. Today we have three fabulous examples of this rare racer, one of which was on display for many years in the Maranello Rosso museum.
While Abarth's contract with Simca expired at the end of 1964, the two-litre engine developed for the Abarth Simcas would go on to be used for many seasons to come. Now equipped with fuel-injection and further refined, it powered Abarth's last prototype racer to the 1972 European Two-Litre Championship. The following year, it returned in the back of the Abarth-Osella PA1, which was but a subtle evolution of the championship-winning SE021 used in 1972. By this time, the four-valve, twin-cam engine produced around 270 bhp, which greatly contributed to its success on the tracks. Although not as successful as its predecessor, the PA1 did manage to win two of the eight rounds. Ten examples were eventually built and three are featured in our updated article.


TRADUÇÃO GOOGLE:

Caro visitante do Ultimatecarpage.com,

Mais conhecido pelos kits de ajuste da empresa e Fiats modificados, uma das melhores criações da Abarth foi um motor de competição de dois litros, lançado em 1963. Em sua aparência original, ele movia o Abarth Simca 2000 GT, construído em torno de um Simca 1000 plataforma e apresentava uma carroceria Abarth sob medida e o novo motor de dois litros. Equipado com ignição de faísca dupla, lubrificação por cárter seco e os maiores carburadores já fabricados pela Weber, o soberbo motor produzia pouco mais de 200 cv em acabamento de competição. Embora muito leve e equipado com um motor particularmente potente, o Abarth Simca 2000 GT não foi um dos carros de corrida mais bem-sucedidos da Abarth, pois enfrentou forte concorrência de carros como o Porsche 904. Hoje temos três exemplares fabulosos deste raro piloto, um do qual esteve exposto durante muitos anos no museu Maranello Rosso.
Embora o contrato da Abarth com a Simca tenha expirado no final de 1964, o motor de dois litros desenvolvido para o Abarth Simcas continuaria a ser usado por muitas temporadas. Agora equipado com injeção de combustível e mais refinado, ele impulsionou o último protótipo de piloto da Abarth para o Campeonato Europeu de Dois Litros de 1972. No ano seguinte, ele retornou na traseira do Abarth-Osella PA1, que foi apenas uma evolução sutil do SE021 vencedor do campeonato usado em 1972. Nessa época, o motor de quatro válvulas e dois cames produzia cerca de 270 cv, o que muito contribuiu para seu sucesso nas pistas. Embora não tenha tanto sucesso quanto seu antecessor, o PA1 conseguiu vencer duas das oito rodadas. Dez exemplos foram eventualmente construídos e três são apresentados em nosso artigo atualizado.


Ultimatecarpage.com


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Re: Simca Abarth


 
Bonhams (http://www.bonhams.com/auctions/22718/lot/24/)

Leilão 22718:
Goodwood 73rd Members' Meeting
21 de Março de 2015 14:00:00
Chichester, Goodwood

Lote 24
1965 Abarth Simca 1300 GT Corsa 'Long-Nose World Champion' Coupe
Coachwork by Beccaris Registration no. Not registered with DVLA (previously registered in Italy: CT122837) Chassis no. 130S/00047 Engine no. 238040001
Vendido por £82.140 incl. premio




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Re: Simca Abarth

ABARTH Simca 2000

Onboard with equipe Paul Hocking - Gareth Burnett - Jasper Izaks during a two hour GTSCC race. There was a small chance for a podiumfinish, due to a small technical faillure the equipe just missed it!
Algarve Circuit Portimao 2013 - Portugal



https://youtu.be/Ubnf2gfmzgo

Achei muito interessante o nome da equipe: "Scuderia Testicoli di Cavallino"

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Re: Simca Abarth

Texto do Franco Patria, no MOCAMBO - Blog do Jovino, em resposta a publicação "SIMCAS ABARTHS NO BRASIL E SUAS CORRIDAS"

2 de dezembro de 2015 19:40 - Franco Patria


O churrio de besteiras elencado é robusto. Farei algumas correções em tópicos, a seguir:
Pasteur era um encostado em Poissy. Perguntaram se êle queria ir pro Brasil e êle disse que sim.
- Lê-se no seu epitáfio o mesmo que no do saudoso Pedro Aleixo - Eu, Pedro Aleixo, nada fiz nada deixo
O tal do Perrot era discípulo fiel.
Em 62, o Pigozzi vende 20% da SIMCA para a Chrysler, com put de compra do restante das ações prazo de até 10 anos.
Em 1964 o Pigozzi morre num acidente e a Chrysler exerce o put de compra da Simca e concomitantemente compra um pedaço do Grupo Rootes inglês, comprando o restante em 1967.
.Essas cagadas, são a construção da falência da Chrysler pela primeira vez em 1981. A segunda foi em 2007,quando a Mercedes já tinha se desfeito da empresa, vendeu por HUM dólar para o fundo Cerberus. Hoje a Chrysler (especialmente a marca Jeep) é a única fonte de lucros da FCA.
- Corretamente relatam a ida de Cayres/Perrot para a França, pois os carros foram vendidos pela Abarth France (as placas de identificação dos 3 carros, eu vi os três, são da Abarth France).
Foram comprados pela S.I.M.C.A francesa e cedidos em comodato a Simca do Brasil. Os carros foram importados em regime de Importação Temporária pela Simca do Brasil pelo período de um ano da data do desembarque, como reza a legislação até hoje. Nunca houve o menor problema no desembaraço dos carros quando chegaram no Brasil.
Foi apenas na saída obrigatória após 12 meses, que o Landi pediu uma liminar para estender o prazo por alguns dias para fazer a corrida no Quarto Centenário do Rio, no aterro do flamengo.
O Tempestade é fruto de um crime que foi a deformação de ums Maserati 200S do Cayres, pra levar o vetusto V8 Ford 2.3L de 1937 (feito na França pela Ford France, que vendeu toda a sua operação para o Pigozzi em 1953/4.)
O carro era uma merda, não tinha nenhum sentido e é o reflexo do que era o departamento de competições da Simca comandado pela dupla Perrot/Pasteur, que eram dois merdas, na acepção cromática, aromática e de consistência da palavra merda.
Digressões: o Abarth do Goulart era um 1000TC e não 850. Confira com o Wilsinho que correu com esse carro.
O Porsche 356 Carrera 2 de 1963 do Marivaldo, era completamente standard, com rádio inclusive e o motor de somente 130 hp.
As duas Alfa Giulia TI Super da Jolly, são ambas fabricadas em1963.
As Abarth sobravam tanto na turma da época, que conseguiam fazer corridas longas e chegar, apesar de sua extrema fragilidade pois andavam literalmente na metade do seu potencial. Era ridículo e certamente deixava a Willys (que usava carros de rallye pra correr em pista) puta da vida.
Uma Abarth tinha caixa de 6 e as outras de 4.O projeto da caixa de 6 era de um austríaco amigo do Carlo, e era uma bosta além de pesar mais do que o carro.
Os carros só corriam em dupla para que um ficasse disponível nos boxes para ser canibalizado. O estoque de repuestos era mais que limitado.
O tal do Toco, que guiava menos que o Stevie Wonder, fudeu com um dos carros capotando no S da Barra e arrebentando o motor todo. Pegaram o carro batido, alongaram o chassis e enfiaram um V8 flathead amarrado numa caixa de Kombi.
Essa era a extraordinária capacidade de engenharia da Simca do Brasil, uma vez que não havia mais verba para trazer peças pois a Chrysler já estava tomando pé na empresa. Os números de chassis estão corretos. Um carro está perto de Zug na Suíça, espetacularmente restaurado. Um segundo está em Milão com o cara que tem o carro desde que comprou em Genôva num leilão da aduana italiana em 1968, e nunca mexeu no carro. O outro, que era o esticado, foi restaurado com motor e caixa originais, mas mantida a cauda longa. Era de um dentista de Padova. Quando fui ver o carro, o cara me desenrolou um estória de que o rabo comprido era um protótipo de fábrica e por aí vai. Mandei fotos do carro capotando e da cagada que fizeram no carro para enfiar o V8. O sujeito nunca mais falou comigo.
Nunca, em tempo algum, nenhum dos três carros pisou nos EUA.
Falei há uns 8-10 anos atrás com o tal do Toco, que já estava completamente senil e por consequência, não aprendi nada com o sujeito.
-uma curiosidade: o Simca Abarth Duemila só foi feito em um período que vai de meados de 63 ao começo de 64, quando o acordo com a Simca não é renovado.
A versão 1965, chama-se Abarth Duemila e é facilmente reconhecível pelo capot dianteiro que se funde aos para-lamas e abre todo para a frente, como no Jaguar XK-E.
O carro nunca teve PORRA NENHUMA de Simca. Só se chamou Simca por acordo comercial que levou a Simca a vender os Simca 1000 de rua (aliás projeto integralmente feito pela Fiat e rejeitado pelo departamento de produção em favor do projeto Fiat 850) nas versões esportivas 1150 e 1300 modificadas e levando o nome Abarth.
Paro aqui pois sinto forte esgarçamento na tez do escroto.

Franco Patria



Notas:
1 - O acidente do Toco foi com o Abarth Simca #83 já modificado; já tinha o motor V8 Tufão...
2- O Tempestade não é fruto de um crime. A Maserati utilizada foi a 250F, do Cayres e não uma 200S. E, da 250F só foi usada a suspensão dianteira. O motor utilizado foi um V8 Tufão, proveniente  do "vetusto V8 Ford 2.3L de 1937".
Rusiq - dez 2015

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Leon Leon
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Re: Simca Abarth

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
Corroborando as pesquisas, vejam esta notícia do Jornal dos Sports de 3/10/1965:



Do "blog do Saloma", em http://conexaosaloma.com.br/2016/03/o-misterio-dos-abarths/
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: Simca Abarth

Muito interessante, Leon. Não era mesmo um mito. Isso deve ter dado pano pra manga na época.
rusiq rusiq
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Re: Simca Abarth

OS ABARTH SIMCA NAS CORRIDAS NACIONAIS

SÃO 12 AS PARTICIPAÇÕES DOS ABARTH SIMCA NAS CORRIDAS NACIONAIS:



Um trabalho de pesquisa de Napoleão Ribeiro

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