estória comum de automóveis para restauração no brasil, o país do descompromisso, em especial a automóvel raro e importado. o facel, francês de pont-au-mousson, quase parisiense, trouxe-o dos eua.
todos os carcinomas e a metástase ferruginosa foi removida. a carroceria tem boa estrutura, como um monobloco, mas é fixada num chassis para trabalho duro, largas longarinas, reforço em x, etccc e tal; é o chassis dos ford vedette 1. trabalho hercúleo, corrigindo e dobrando chapas para corrigir o material recolhido, relação típica neste tipo de trabalho: contratado acha que cobra caro, contratante sabe que o orçamento foi hipo considerado.
lata complexa, moldada sobre pequenos moldes, e não por matrizes em grandes prensas. cada para lama, porta, capôs, são compostos por inúmeras pequenas chapas ligadas por solda. quase pronta, o dono da oficina enfarta. paguei uma prestação em avanço; na segunda o lanterneiro foi embora furtando equipamentos, faltando uns 10% de serviços para ajuste. o dono mudou-se da cidade, e foi trabalhar com fibra. vergonha na cara e responsabilidade civil perderam-se na mudança.
tirei o interior, os bancos extra confortáveis e dei um trato com um produto freia ferrugem em todas as partes em chapa de aço, presumivelmente para quando a messe da ressurreição ali chegar.
mandei reparar a grade, mescla de inox com partes de alumínio - demorou 4 anos e me devolveram um resto. localizei um artista para fazer, coloquei-a sob o braço e fui via azul a campinas entregá-la em mãos. o bom artífice arranjou um problema de saúde, e devolução supera o prazo inicialmente previsto.
detive as coisas da lata e parti para os periféricos:
revi suspensão, direção e freios;
idem para o rico grupo óptico cibié: levei as peças para um vendedor na autoclasica limpar para mim - ele vende vidros cibié cintilam e refulgem. paguei um mico, coisa de advogado gago das mãos. a limpeza é simplória;
mandei para a curitibana phoenix cromar carcaças, aros, refletores. trabalho bom, caro, lento.
mandei polir a facia do painel em aço inox;
restaurei os mostradores, polindo carcaças em inox e troca dos diais;
idem para choques e garras;
antigo presidente do club simca france veio ao brasil e trouxe-me borrachas e emblemas;
retirei o motor ford 238 (?) e a transmissão ford-o-matic de 3 v. motor é a primeira geração do king power, logo aumentada para 272 e 292. mandei conferir os encaixes para retornar o v8 60 aquilon, equipamento na transição - o carro é de 1953, último ano como ford e logo ganharia o v8, 3,7 litros e 100 hp flathead, produzido na frança natal -, e a transmissão mecânica de 3 v, idem;
meu mecânico disse, pelo chassi o motor retirado não havia sido adaptado. criou um impasse. de acordo com a ficha técnica o motor seria o v60 depois chamado aquilon, e o câmbio, mecânico, com alavanca na coluna de direção;
examinamos a coluna e o comando do câmbio automático - sem sinais de adaptação. destravei e abri o motor - estava perfeito, sem rebarbas, sem desgaste, sem sinal de chaves, pouco uso. aberto, equalizei os pesos das partes suspensas, revi coletores, e mandei fazer um comando de válvulas mais alegre, importei bronzinas, aneis, juntas, fechei-o.
um anúncio de outro automóvel idêntico nos eua mostrou configuração igual e uma história: quando, em 1953 henry ford II em férias europeias foi à simca france; a empresa estava quase quebrada; era gerida por um banqueiro; deu uma espinafração geral, liberou verba para acertá-la. para agradar, o presidente convidou-o a andar no cométe, então o mais caro dos ford. custo superior ao de um lincoln.
presidente era françois lihideux, ex-designer chefe e nomeado ao novo cargo. havia decidido fazer o cométe por iniciativa própria, a latere da ford, encomendando as linhas a batista farina, dono da pioneira Stabilimenti Farina, irmão mais velho de pinin, mais conhecido da família. a execução, para não investir em prensas e moldes, por conta da habilidade de jean daninos em sua facel, fornecedor de carrocerias especiais e material aeronáutico.
ford 2 tinha suas peculiaridades: nelas, gostava da frança, tinha intimidades com o idioma e, característica nunca imaginada, dirigia bem e rápido. deu um pau no automóvel e se queixou da desproporção entre o sugerido pelas linhas de farina e o velho motor do tempo de seu pai.
à despedida deram-lhe três unidades de cométe.
fiquei com a inspiração que minha unidade é uma das três enviadas de paris a detroit, e juntei mais uma evidência: no painel havia um emblema comemorativo dos 50 anos da ford, naquele 1953 aplicado a todos os ford produzidos nos eua para mercado interno.
há mais um argumento: em 1953 foi o último ano dos flathead para os automóveis ford. nele surgiram os Y8 235 - os primeiros com válvulas na cabeça - apenas os picapes o receberam, junto com a nova transmissão, que é o conjunto empregado por esta unidade. sugerem-me os procedimentos, e a história da unidade colocada à venda e dona da versão, as três unidades foram para a prototipia da fábrica ford e lá tiveram o antigo grupo moto propulsor substituído pelo novo conjunto motor/transmissão, então disponível apenas para picapes, os primeiros F100, e em 1954 destinado aos automóveis. a transformação e a acomodação intra cofre do motor é trabalho de design e engenharia. parece-me bem plausível pelas evidências físicas.
quando operacional deve ser bom de uso.
para terminar já localizei um lanterneiro bem equipado numa cidade próxima; fiz duas experiências, com o jangada e na correção das ferrugens soviéticas do ar 2300 1974; e creio poderá se desencumbir do repasse final da lata, ajustes pré e pós pintura.
em resumo, como toda história de automóveis antigos é cheia de estórias. espero tenha um final feliz com ida a araxá 2018 e voltando premiado.
Gtx, quando vc nos disse que havia comprado este carro, eu o parabenizei pela aquisição e afirmei que havias comprado um carro muito raro. Dissestes que não era assim tão raro e hoje, continuo afirmando: "comprastes um carro muito raro". Até Araxá - 2018!
cadillac não advém desta construção linguística mesclando tupiniquim com cinta larga. vem de antoine de la mothe cadillac, fidaldo francês, primeiro a chegar ao d'etroit, o estreito, talvez se referindo à entrada do lago que a nomeia americanizadamente para detroit parfait ?.
SOMECA , fabricantes de tratores da França e subsidiária, inicialmente, do Grupo Simca.
Fundada em 1953 - Extinta em 1993
Fundador: Henri Théodore Pigozzi
Indústria: Equipamentos Agrícola
Produtos: Tratores
A Someca ( Sociedade de Mecânica do Sena) foi uma fabricante francesa de tratores fundada em 1953. A empresa era uma "ramificação" do fabricante francês SIMCA ( Sociedade Industrial de Mecânica e Carosserie Automobiles ) fundada em 1934.A SIMCA construiu veículos sob licença da Fiat, que também detinha ações da empresa. Os modelos dos tratores Someca também eram (principalmente?) baseados nos modelos da Fiat.
Em 1953, o SIMCA comprou a divisão de motores e tratores agrícolas da empresa MAP, que foi usada como base para a criação da SOMECA ("Sociedade de Mecnique de la Seine"). A SOMECA produziu os primeiros tratores e peças SOMECA para os últimos tratores a serem produzidos pelo MAP.
O primeiro modelo da Someca foi baseado no projeto MAP DR3, um trator agrícola de 37 hp.
O modelo DA50 foi seguido pelo SOMECA SOM 40 com um motor diesel de 4 cilindros com capacidade de 4,16 litros e potência de 45 hp a 1500 rpm. Eles construíram 18.741 tratores entre 1957 e 1964. A empresa construiu muitos modelos, com motores a gasolina ou diesel.
A empresa-mãe SIMCA também foi o agente francês da Fiat e Steyr Tractor na França até meados da década de 1960
Em 1960, mais de 40.000 tratores SOMECA baseados no Fiat Trattori foram produzidos. A partir de 1965, com o lançamento da série 15, a SOMECA não fabrica mais tratores da Fiat Trattori sob licença. A FIAT sempre foi o acionista majoritário da SOMECA e a integrou em sua subsidiária Fiatagri, em 1983, que se tornou a Fiat New Holland em 1993, antes de tornar-se Fiat CNH Global. (Tradução Google)
RARIDADE
SIMCA RALLYE 1964 Marca: Simca
Modelo: Rallye
Ano mod: 1964
Ano fab: 1964
Motor: 4.1 Omega 97
Câmbio: 5 marchas omega 97
Combustível: Gasolina
Direção: Hidráulica
Cor: a determinar
Documentos: em dia e recibo em branco
Portas: 4
Observações:
Projeto de customização em andamento, sendo instalado sobre monobloco de Omega 1997
Rodas esportivas cromadas aro 20 com pneus novos que custaram R$ 9.500,00.
Gasto no projeto mais de 50 mil reais até agora.
Por que não foi mantido original? O carro se encontrava em péssimo estado de conservação na sua parte inferior, sendo inviável sua recuperação.
Joinville / Santa Catarina
Como eu sempre falo, gosto é gosto, cada um tem o seu! Mas honestamente acho que este projeto dificilmente vai agradar alguém além do seu próprio mentor. Eu sou apaixonado por carros customizados, mas há de se tomar muito cuidado com o que se altera e como se altera, senão o resultado final pode ficar no mínimo questionável, como no caso acima.
Simca para terminar projeto Hot.
Placa cinza 3 letras a atualizar.
Sem mecânica. Sem suspensão. Sem elétrica.
Possui alguns acabamentos como parachoques, grade e lanternas traseiras.
Passo o contato do proprietário caso haja interesse.
Valor R$ 15.000,00 e ACEITA CONTRA OFERTA.
Ibsen Luiz Rabelo - https://www.facebook.com/ibsen.luizrabelo Tenho teto, tampa do porta malas e as 4 portas, sobrando numa sucata em ótimo estado, querendo salvar, posso vender!!!
Provavelmente, foi assim que a Picape Simca foi imaginada...
Classic and Recreation Sportscars - 11/06/2020
Pick-up Ford Mustang Mustero Com o sucesso do Mustang lançado em 1964, Ford explorou outras possíveis variações, incluindo um protótipo de quatro portas e duas portas / 4 assentos.
Mas, em 1966, Ford aprovou uma pequena série de pick-up a ser produzida pela concessionária de Beverley Hills, uma combinação de Mustang e Ranchero. Criou-se o Mustero.
Construído no chassis Falcon (ou Fairlane) com uma mistura de painéis de corpo Falcon / Mustang com uma cama de caçamba de fibra de vidro e sem tampão de cauda.
Menos de 100 veículos foram produzidos com muitos sendo enviados para a Europa e Austrália. Eles são carros extremamente raros agora com menos de dez sobreviventes.
Com apenas dois Cabriolets construídos no período, o Ford Comète Cabriolet é uma jóia absolutamente escassa. O exemplo que oferecemos para venda aqui é ainda mais especial. Durante uma restauração de alto nível, o Comète Coupé foi reconstruído com um capota flexível e um Flathead Ford V8 maior. Agora, ele tem o desempenho do mais rápido Comète Monte Carlo e esse fato o diferencia de todos os outros Ford Fords com teto aberto. Existem tantos links para o nosso próprio Facel Vega FV2B Cabriolet {link: https://www.facelvegaconvertible.com/}, que realmente apreciamos este Ford único. E os paralelos com Facel não param por aí.
Antes de tudo, Facel-Métallon criou a carroçaria de cada Comète. Stabilimenti Farina o projetou. Foi uma colaboração e até o protótipo recebeu o nome de Facel-Farina antes que a Ford SAF fosse convencida a participar dessa joint venture. Você poderia dizer que este cabriolet sob medida é uma homenagem não apenas à Facel, mas também a Giovanni Farina, fundador da Stabilimenti Farina, e irmão mais velho da Battista "Pinin" Farina, que aprendeu o ofício na empresa de seu irmão. Os grandes treinadores / designers italianos Boano, Frua, Michelotti e Vignale também começaram suas carreiras na Stabilimenti Farina. Assim como na Carrozzeria Pininfarina, os designers não receberam todos os créditos por seus designs. Isso fazia parte da estratégia de negócios para manter o nome Farina no topo do jogo e é fácil entender por que tantos designers fundaram sua própria empresa depois de aprenderem o ofício. Essa abordagem, com foco total na marca da empresa, e não nos designers individuais, ajudou a expandir os negócios, mas em 1953, a Stabilimenti Farina foi absorvida pelo então muito maior Carrozzeria Pininfarina. 1953 é o ano de nascimento da Comète que mostramos aqui. Uma bela coincidência.
Pininfarina usou a mesma estratégia, mas conseguiu clientes maiores, como a Ferrari. Pininfarina também projetou carros como o Cisitalia 202 e Simca 8 Sport. A Stabilimenti Farina baseou o design do Comète nos designs de sucesso que sua empresa irmão iniciou. Facel já construiu os modelos Simca Sport projetados por Farina, mas a tarefa da Ford Comète permitiu que Jean Daninos levasse sua empresa ao próximo nível. Enquanto o Comète foi ainda mais refinado que o Simca Sport, o projeto Comète ofereceu a Daninos várias oportunidades inestimáveis. Em primeiro lugar, a nova experiência industrial com técnicas adequadas de fabricação de carroceria o ajudaria a realizar a marca de carro Facel-Vega, mais tarde. Os trabalhos de pintura em dois tons no Ford poderiam colocar o Facel no mesmo nível dos famosos construtores de ônibus de primeira classe da França antes da guerra. Algo que nunca teria ocorrido com os outros clientes da Facel. Facel trabalhou para empresas como Delage, Vespa e Simca. Essas experiências mais fáceis ajudaram a expandir rapidamente com os métodos de artesanato italianos implementados.
O estofamento do Comète estava no mais alto nível. Mais do que com os Simcas, a Facel foi capaz de mostrar seu toque final com o Ford Comète. O artesanato de alta qualidade e as versões completas estabelecem o padrão para o futuro da empresa como fabricante de automóveis completo. Mais tarde, a história nos mostrou que Facel era o melhor construtor de carros francês que a França havia mostrado desde as décadas de 1920 e 30. Jean Daninos foi capaz de interpretar todos os conhecimentos e experiências de suas próprias técnicas como fabricante e desenvolver seu estilo renomado graças aos mestres treinadores italianos durante o projeto Comète. E, se alguém se perguntar por que o nome foi escolhido para um corpo do sistema solar como um cometa, Vega é a segunda estrela mais brilhante do hemisfério celeste do norte. O Ford Comète tinha mais a ver com Facel do que com a própria Ford.
A Ford SAF foi a Ford France e eles construíram vários Ford Fords, como o Vedette e o Vendôme. O Vedette era alimentado por um 2.2L V8, apelidado de Petiss V8 de Poissy, em homenagem à planta de produção da Ford em Poissy. O Vendôme era alimentado por um Ford Flathead 239 V8, com 3,9 litros de tamanho, mais conhecido como Mistral V8. Quando o Comète foi lançado, era alimentado por um Petit V8 de Poissy. Em 1954, foi introduzido o Monte Carlo com Ford Flathead V8 de 3,9 litros e os próprios franceses não gostaram do "French Fries Cutter Grill". Assim como a taxa de imposto de 22CV não os deixou muito entusiasmados com o Monte Carlo. As especificações eram o que eles queriam, mas o preço de venda era muito alto em comparação com o Ford Vedette e Vendôme, que estavam quase no mesmo nível de preço dos American Fords na Europa. A Ford EUA decidiu encerrar as atividades de fabricação da Ford França. No final de 1954, o Ford SAF foi vendido para a Simca. Simca continuou o modelo Comète como Simca Comète Monte Carlo, até o verão de 1955.
As pessoas perderam o rastro dos dois únicos conversíveis já fabricados e, portanto, o atual proprietário teve a ideia de recriar uma Comète aberta tão rara e, em seguida, adicionar mais poder à versão de Monte Carlo. O que nunca foi feito antes. Durante a restauração, a primeira grade do Comète regular foi mantida como está. E com um pouco de fantasia, todas as versões que não são de Monte Carlo pareciam um cometa. O chassi foi reforçado para a conversão conversível, com base no chassi Coupé. Com esta força extra, o Ford 3.9l V8 poderia agora produzir facilmente todo o seu torque baixo, sem aborrecimentos ou torções dramáticas no corpo. Comparado com os modelos Cisitalia e Simca Sport com pequenos motores Fiat 1100, o V8 de aparência lateral parece maciço, mas se encaixa bem no Ford francês. Um fato interessante é que o V8 foi uma invenção francesa, de Léon Levavasseur.
A capota marrom e o acabamento geral são de muito bom gosto. É difícil descrever a combinação de cores requintada do carro, porque a cor do corpo marrom também mostra sinais de cinza e até verde, dependendo das cores circundantes. No interior, um maravilhoso marrom escuro é misturado com um tom sutil de vermelho escuro. O couro é macio, os tapetes altos. O volante do Comète Cabriolet é uma obra de arte, assim como o painel, que é particularmente estético. É difícil não sentir vontade de tocar tudo. Somente os melhores dos melhores materiais estavam sendo utilizados no período e durante a conversão no momento da restauração deste Comète. E todos os esforços foram recompensados.
O capuz adiciona um contraste fino quando é fechado e acrescenta a sugestão de uma pintura em dois tons, exatamente como a maioria dos cupês. O corpo elegante, as linhas sutis e os detalhes típicos que também podemos ver em vários carros premiados como o Alfa Romeo 6C 2500 Sport Cabriolet, Fiat 1100 Cabriolet, Cisitalia SC e Ferrari 166 Inter Cabriolet, todos carros excepcionais construídos pela Stabilimenti Farina. Apesar de não ser um Comète Cabriolet original, esta versão "Monte Carlo" é uma grande vitrine do que Facel e Farina poderiam ter feito juntos. Se eles tivessem dado o Comète um passo adiante, teria sido assim.
Especificações
Ford Comète restaurado imaculado, construído por Facel
Design por Farina
Convertido em versão cabriolet ultra rara
Atualizada para as especificações de “Monte Carlo” com Ford V8 3.9L
Excelente acabamento por dentro e por fora
Uma oportunidade única de adquirir um Ford que se destaca dos mais famosos prêmios cabriolets vencedores construídos pela
caixa de velocidades Stabilimenti Farina Pont-à-Mousson
Travado
