HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

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HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

MARCELO - Postado em 08/04/2005 10:39:00 - Forumnow

Por volta de 1988, minha (então) namorada resolveu fazer um churrasco na casa dela, que fica no Retiro do Chalé (onde moro hoje). São 40 km de Bh, por estrada relativamente movimentada, tem ainda um trecho em descida de serra muito acentuada e sinuosa. O perfil da minha ex-namorada, em poucas linhas: 100% de ansiedade, 1% de capacidade de lidar com imprevistos, tudo tem que estar sempre no devido lugar e as coisas somente podem sair como planejadas, qualquer mudança, por menor que seja, dá problema sério na certa.
Muitos convidados, tínhamos que providenciar condução para vários deles. Fui no Opala cinza 4 portas 1981 do meu pai, à álcool, simplesmente o PIOR carro que já tive. Na estrada, não deu outra: quebrou, pela milionésima vez, me deixando na mão como já havia feito várias outras vezes, e ainda faria. Por sorte, o meu irmão estava passando na hora, ia para Ouro Preto, deu carona para o pessoal que estava comigo e fiquei na estrada, esperando o guincho. Na época não havia celular.
Chegando em Bh, carro guinchado na garagem, a dúvida: como vou pra lá agora ? Liguei para algumas pessoas, não consegui carro emprestado. Solução: vou de Simca Chambord, porque não posso perder o churrasco e porque tenho que trazer o pessoal de volta.
Não sei porquê, mas a minha chegada de Simca gerou uma certa ansiedade na minha namorada ...
Na hora de ir embora, a Simca não subiu a montanha.
Foi um tal de pedir carona para as outras pessoas, acabamos conseguindo. As duas ficaram comigo, a Simca e a namorada. A solução encontrada foi um cabo de aço, um caminhão, e vamos nós de Simca sendo puxada montanha acima. No meio do trajeto, o cabo arrebentou. Fui olhar, uma tristeza: eu havia amarrado o cabo na travessa do motor, o diferencial do caminhão era mais alto. O cabo amassou bastante a travessa dianteira que fica abaixo do radiador. Não achei outro lugar para amarrà-lo. Nova solução: amarrar no diferencial, eu subiria de ré. Assim foi feito.
O quadro não vai sair da memória: pela estrada sinuosa, na subida, o caminhão, com reduzida, subindo bem rápido. E ela, a minha namorada, de frente para a fila de carros que se formou átrás da Simca rebocada, não sabendo onde colocar a cara. E eu guiando a Simca na subida da serra, de marcha à ré.
Chegando no topo, o caminhão encostou, tirei o cabo. Entrei no carro e ele foi para Bh funcionando perfeitamente. O veredito foi dado pelo pelo Brito, um mecânico amigo meu, dias depois. Inconformado, conferi a regulagem, estava tudo certinho, eu mesmo tinha feito. Voltei para o Retiro do Chalé e o carro não subiu de novo. Deixei o carro, voltei outro dia com o Brito.
O motor não tinha mais força, por isso não subiu. Na reta, sem problema. Quando abri, a grata surpresa e a explicação: o motor era standard, nunca tinha sido aberto, vários anéis estavam quebrados.
A Chambord continua comigo ...

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MARCELO - Postado em 07/05/2005 09:27:00 - Forumnow

O Simca é mesmo mais sensível que a maioria dos carros. Motor originalmente fraco que foi bem melhorado com o tempo, válvulas no bloco, carro pesado, etc. Se a centelha pula muito antes do piston atingir o PMS (ponto morto superior), o motor toma uma porrada muito forte antes da hora e é forçado, travado, pois toma um tranco, digamos, no sentido inverso, antes da hora. Se a centelha pula muito depois do piston atingir o PMS, e o carro está precisando de força porque você está pisando (hora que esquenta), ela obviamente vai faltar porque os gases já começaram a ser liberados, e nesta situação também força o motor, então ele esquenta.

Vocês precisam ver a subida de montanha que os meus Simca enfrentam antes de chegar na estrada que me leva para BH. Isto é  um ótimo teste. Se está tudo ok, o marcador de temperatura fica onde deve. Se algo sai do lugar, o carro esquenta, perde potência e aí complica.

Embreagem: parece que ela foi mal dimensionada, além de ser à base de um sistema de apenas três unhas que não é dos mais eficientes. Muita gente colocava chapéu chinês. O calor excessivo sem dúvida atrapalha o seu funcionamento. Deixo a dos meus carros sempre o mais alto possível, para evitar esse tipo de problema que, no trânsito, é dureza. Importante que o disco esteja em bom estado e expesso, e que a chapa de pressão também apresente boas condições. Façam um estudo das varetas de comando. Peça para alguém apertar a embreagem enquanto você vê o mecanismo que fica preso à caixa de direção. Pode ser que ela tenha sido regulada de forma que não esteja aproveitando totalmente o curso das varetas - quero dizer, você empurra pouco a vareta superior, e ela, consequentemente, aciona pouco a inferior, o que significa dizer que você estaria com curso da embreagem sobrando (pouca distância pode ser extremamente significativa). O ideal é aproveitar ao máximo o curso da vareta superior (claro, há um limite, olhe bem isso), para que ela, consequentemente, puxe bastante a vareta inferior e, logicamente, acione a embreagem em todo o seu curso.

Não deixe de verificar as folgas e o estado daqueles pinos/travas redondos, eles podem estar já bem gastos e isso também influencia. Veja também se o mecanismo está bem preso à caixa de direção e não apresenta nenhuma trinca que o faça sair do lugar quando acionado.

SIMCA TEMPESTADE
Leon Leon
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Esta mensagem foi atualizada em .
Eis uma história de cerca de 45 anos atrás, instigada pela apresentação de uma música de Juca Chaves que vi, no último fim de semana, no programa Arquivo RecordNews.

O nome da música, gravada em 1967, é "Seu Fon-Fon":

O Seu Fon-Fon chegou
O Seu Fon-Fon chegou
Mudou, mudou, mudou
E agora pra que lado eu vou?
 
O Seu Fon-Fon chegou
O Seu Fon-Fon chegou
Mudou, mudou, mudou
E agora pra que lado eu vou?
 
Mudou a rodoviária
Em vários pontos finais
Quem quiser ir para cidade
Precisa pagar a mais
Pra chegar perto da casa
Onde mora a minha amada
Levava de carro uma hora
Agora três não é nada
Não sei se vendo meu carro
Ou troco de namorada
 
O Seu Fon-Fon chegou
O Seu Fon-Fon chegou
Mudou, mudou, mudou
E agora pra que lado eu vou?
 
O Seu Fon-Fon chegou
O Seu Fon-Fon chegou
Mudou, mudou, mudou
E agora pra que lado eu vou?
 
E o povo que não entende
A grande transformação
Uma orquestra de buzinas
Saúda o Seu Fon-Fon
E guarda mais os soldados
Ouvindo do povo horrores
Pagam todos os pecados
Caneta e papel na mão
Todos eles escritores
De multas pro cidadão
 
O Seu Fon-Fon chegou
O Seu Fon-Fon chegou
Mudou, mudou, mudou
E agora pra que lado eu vou?
 
O Seu Fon-Fon chegou
O Seu Fon-Fon chegou
Mudou, mudou, mudou
E agora pra que lado eu vou?


Como eu estava em cueiros naquela época, procurei pesquisar sobre o assunto, já que a letra da música expressava uma profunda crítica à engenharia de tráfego de mais de 40 anos atrás, mas não diferente em essência do que vivemos (sofremos) atualmente.
 
Para minha surpresa, leio um texto ( http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/jornal_mata_gente ) que, de certa forma, defende as medidas do Cel. Fontenelle - apesar dos métodos truculentos - e resumindo sua derrocada e morte ao vivo (perdão pela antítese) durante um programa de TV a interesses por ele contrariados, em particular do grupo Folha da Manhã, a seguir transcrito:

Jornal mata gente?
Por Celso Lungaretti em 10/03/2009 na edição 528

Não estou falando em noticiar a morte de pessoas ainda vivas para favorecer as tramóias da nada branda ditadura de 1964/85. Parafraseando o grande Leonard Cohen, everybody knows que isto aconteceu e eu não gosto de chover no molhado.

Refiro-me a assassinato, mesmo.

Bem, é difícil imaginarmos uma empresa jornalística atingindo alguém com... rotativas? As pesadas máquinas de escrever de outrora? O conservadorismo petrificado de seus diretores?

Mas, a imprensa tem uma arma mortal: a capacidade de destruir reputações. Que o digam aqueles pobres coitados da Escola Base, levados à falência e quase linchados porque a mídia trombeteou uma falsa acusação de pedofilia.

Então, um episódio na história da Folha da Manhã justificaria uma interessante discussão em escolas de Jornalismo e cursos de Direito: se alguém sofre um ataque cardíaco fulminante após ter sido alvo da sanha persecutória de uma empresa de comunicação; isto caracteriza homicídio culposo?

Ou, mais diretamente: os jornais do Grupo Folha e o então governador Abreu Sodré foram os responsáveis pela morte do diretor de trânsito Américo Fontenelle?

Que os leitores decidam.

Competente e truculento

O coronel Fontenelle construíra sua reputação no governo de Carlos Lacerda (RJ), quando obtivera resultados excelentes por abordar o trânsito com metodologia sofisticada de diagnóstico e planejamento de ação.

Ao mesmo tempo, até por sua formação militar, era um atrabiliário ao colocar as medidas em prática, chegando a mandar os guardas esvaziarem os quatro pneus de quem estacionasse em locais proibidos.

O governador Abreu Sodré o contratou a peso de ouro para pôr ordem no trânsito caótico e congestionado de São Paulo. Eis como o jornalista e radialista Afanásio Jazadji evocou sua atuação, no Repórter Diário:

"O coronel Fontenelle montou sua equipe e começou a trabalhar, localizando o engarrafamento em São Paulo em dois pontos: 1 – estacionamento desordenado nas principais ruas; e 2 – carga e descarga o dia todo, durante 24 horas, impedindo os carros de se locomoverem.

Atacou logo os dois pontos com total sucesso, criando `bolsões´ e também `rotatórias´. Proibiu carga e descarga em toda a cidade, a não ser de meia-noite às 6 da manhã.

Suas medidas radicais colocaram o trânsito no seu devido lugar. (...) Suas medidas atingiram os maiores empresários do setor de transportes, que com caminhões congestionavam praticamente o dia inteiro a região do mercado central, espalhando a paralisação por todo o centro e bairros adjacentes.

Fontenelle mandava rebocar até mesmo o carro de vereadores e deputados que atravancavam tudo."

Cavalheirismo à moda antiga

O menestrel Juca Chaves chegou a compor uma sátira bem-humorada a seu respeito: "O Seu Fon-Fon chegou/ O Seu Fon-Fon chegou/ Mudou, mudou, mudou/ E agora, pra que lado eu vou?"

A grita contra Fontenelle era tanta que ele teve de enfrentar a furibunda deputada Conceição Costa Neves num debate televisivo mediado por Aurélio Campos. Embora também tivesse pavio curto, fez esforços titânicos para conservar-se aparentemente calmo, limitando suas respostas às ofensas da adversária a um comedido "Isto, na sua opinião!"

Ganhou de goleada, segundo as rudimentares pesquisas de opinião da época: a virulência de Conceição se voltou contra ela, levando os telespectadores simpatizarem com o cavalheirismo à moda antiga de Fontenelle.

A rodoviária da discórdia

Menos sorte o coronel teve, entretanto, quando enfrentou a Folha da Manhã, pertencente a Octávio Frias e Carlos Caldeira.

Ocorre que outro negócio de Caldeira era a Rodoviária de São Paulo, absurdamente localizada bem no centro da cidade (av. Duque de Caxias) e foco dos maiores congestionamentos. O trabalho de Fontenelle não estaria completo se não extirpasse essa chaga. E, como contrapartida à personalidade despótica, ele tinha muito senso do dever e coragem pessoal.

Percebendo que, se anunciasse antecipadamente a desativação da rodoviária, seria tolhido pela politicalha, Fontenelle a executou nos moldes de uma operação militar, colhendo o inimigo de surpresa e criando um fato consumado: da noite de domingo para a manhã de segunda-feira, fechou a rodoviária e transferiu todos os ônibus, precariamente, para o Parque D. Pedro.

Foi vítima, como retaliação, de uma das mais tendenciosas e exageradas campanhas já desencadeadas por órgãos de imprensa contra um administrador público. Páginas e páginas eram utilizadas diariamente nos jornais do grupo para detonar o trabalho de Fontenelle e dar voz às suas vítimas (como os viajantes que perdiam o ônibus por desinformação).

Em nenhum momento aqueles veículos tiveram a dignidade de informar os leitores, que estavam longe de ser parte isenta na questão, já que seus interesses haviam sido contrariados.

O governador Sodré, que não tinha a simpatia do Grupo Folhas, de repente acertou os ponteiros com Caldeira e Frias: demitiu Fontenelle e passou a receber rasgados elogios nos jornais da empresa.

Pouco tempo depois, ao dar uma entrevista no programa Roleta Paulista, Fontenelle foi indagado a respeito de sua demissão. Em resposta, disse que iria falar tudo que até então silenciara sobre o comportamento desleal e indigno do governador.

De repente, parou, como se tivesse perdido o fio da meada. Fitou a câmara, seu olhar ficou esgazeado; cambaleou e, ao desabar no chão, já estava duro como pedra.

O pessoal do estúdio correu para socorrê-lo, a câmara tremeu, a transmissão foi interrompida. Logo depois, um locutor informou que o coronel tivera uma ligeira indisposição, mas passava bem.

Na verdade, estava agonizando. Morreu a caminho do pronto-socorro.



Assim, fica-me a dúvida: era o Fontenelle um truculento tresloucado, como dá a entender a música do Juca Chaves, ou era um visionário do que viria a se chamar "engenharia de tráfego", incompreendido e perseguido?
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
Tio Lin - Postado em 05/10/2006 22:22:00 - Forumnow
MARCELO.
Notícia em primeira e (por enquanto) única mão.
Reservado e feliz proprietário do Simca Chambord #1, totalmente original, impecável e documentado, morador das redondezas, veio a falecer recentemente.
O finado deixou em testamento ordem à família para que o veículo fosse vendido, e todo o valor arrecadado entregue à sua (dele) amante.
A viúva assim está procedendo. Oferece a raridade ao custo de R$1000.
Endereço? Telefone? E-mail?
NÃO CONTO!!!
Abraços.
Tio Lin

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MARCELO - Postado em 06/10/2006 08:20:00 - Forumnow
Tio Lin, quanto a esse sonho do Simca n. 1: você pelo menos podia passar a informação para o GTX contar no livro dele. Porque não dá para ficar sonhando com isso a vida inteira. Sabendo que a informação virá no livro, a gente fica mais tranquilo porque assim será mais rápido do que "a vida inteira".

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gtx - Forumnow

o lin abriu o baú das estórias antigas - e sempre atuais porquanto a humanidade não muda. amantes são generosos. as esposas, entretanto, não conseguem se alinhar à grandeza e acabam com gestos como este. as amantes. dão muito - espera-se, pelo menos - e acabam ao final, controladas pela concorrente, e recebendo merrecas.
lin, troque o carro por um mercedes e o causo se atualiza ... começo com uma variante e cada um incremente por sua conta.
a partir da história do lin aplico temperos locais do tipo: fazendeiro vendeu a boiada, comprou um xxxx, duas cores xxxx, série especial porque todos os carros que nós conhecemos possuem algum pênalti em originalidade, justificada como série especial ...
quando deu a primeira volta - ou inaugurou horizontalmente os bancos reclináveis, foi traído pela emoção e por fulminante ataque cardíaco;
que a viuva, se sentindo prostituída na vida, mandou guardar o carro num velho silo de milho, longe de tudo e da vista;
que um empregado da fazenda, sempre fiel ao patrão, mantinha o carro: colocou-o sobre cavaletes; ligava duas vezes por semana; sem acelerar, depois com o afogador puxado por um minuto a 1.750 / 1.825 rpm ...;
que só colocava gasolina de aviação, e óleo sintético no motor, presenteados por vizinho possuidor de avião agrícola.
a partícipe da inauguração do carro passou. viúva, também. os herdeiros arrendaram a fazenda para um gaúcho plantar soja e cana, preocupando-se apenas em receber para nada fazer.
do carro, só o fiel servidor e seus agregados próximos sabiam. e da manutenção e conservação, achavam que o v'eim 'tava variando.
agora, com o passamento do velho e fiel servidor, um de seus filhos, irresponsável, consultou o mecânico da cidade para fazer um hot, tuning, uma destas atividades de estragar veículos e borrar a história;
outro filho, indignado, resolveu oferecer o carro: troca por uma honda cg 125, usada porém em bom estado, ou R$ 1.100 - o interessado por comprar a moto financiada e assumir as 36 prestações mensais de R$ 37,89 ...;
que o automóvel indica no odômetro 00016 km;
que a água do radiador é original, assim como o ar dos pneus é fábrica !
que precisa lavar porquanto ainda tem aquela cera pastosa para evitar manchas no transporte;
que o estofamento ainda se mantém com plástico protetivo;
e, finalmente, detalhe importante, a bateria é original. afinal, numa história com tantos dados corretos, teria que embutir uma mentirinha ...

marcelito
1. o simca jk foi apresentado como primeiro, teoricamente o C 00001, foi efetivamente doado ao presidente. ao salão, quando da apresentação do présidence, jk havia deixado o governo e, sovina como era, não investiria num carro destes.
do inédito. ganhou o primeiro, de fim desconhecido, e usou outro, emprestado, no exílio francês. informações de fonte fidedigna e testemunha ocular da história. e mais não conto.

2. chegaram as borrachas com os capitéis dos amortecedores do mc pherson frontal, feitas em j'iz de fora. ve-las-ei - perdoem-me pela mesóclise, meio fora de moda, mas insubstituível em certos casos, como o vertente - hoje sob a óptica da minha incontestável e imensurável especialidade ...

SIMCA TEMPESTADE
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

rusiq - Postado em 05/04/2010 23:47:00 - Forumnow
Mensagem original postada por gtx
marcelito
o simca jk foi apresentado como primeiro, teoricamente o C 00001, foi efetivamente doado ao presidente. ao salão, quando da apresentação do présidence, jk havia deixado o governo e, sovina como era, não investiria num carro destes.
do inédito. ganhou o primeiro, de fim desconhecido, e usou outro, emprestado, no exílio francês. informações de fonte fidedigna e testemunha ocular da história. e mais não conto.
Marcelo, eu conto e mostro:

JK no exílio
"Deixo o Brasil porque esta é a melhor forma de exprimir meu protesto contra a violência", declarou JK ao partir para o exílio, a 13 de junho de 1964. Durante quase mil dias, viveria em Paris, Lisboa e Nova York.
Na capital francesa, o ex-presidente morou num apartamento de dois quartos e teve uma cozinheira portuguesa que parecia ter sido escolhida pelo nome: Diamantina. Sem motorista, dirigia ele mesmo o seu carrinho,

um castigado Simca, pelas ruas de Paris. Para pagar as contas, envolveu-se em atividades empresariais em Lisboa; nos Estados Unidos, aceitava convites para fazer palestras.
Em nenhum lugar sentiu-se feliz, à vontade. "Não posso deixar de confessar que viver fora do país, sem saber quando será possível o regresso, é o castigo mais cruel imposto a um homem que só pensava no Brasil", escreveu a um amigo nos primeiros tempos do exílio.
Tinha medo de morrer longe da pátria. Mas dizia não querer voltar durante o governo de Castelo Branco – o "Monstro", rotulava –, que lhe cassara o mandato e suspendera os direitos políticos.
Seu exílio (mas não seu calvário) acabou a 9 de abril de 1967, já no governo Costa e Silva. Ao desembarcar no Rio, disse que só morto deixaria o país outra vez.


O texto acima faz parte da biografia do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira que poderá ser lida no site do PROJETO MEMÓRIA.
http://www.projetomemoria.art.br/ 

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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

alemao - Postado em 01/10/2010 22:15:00 - Forumnow
Pessoal ,uma sexta feira a noite ,da o que filosofar.
Imagino na decada de 50 em Dearborn ,um grupo de engenheiros ,de camisa branca e gravata fina preta e oculos de grau ,pensando em um Ford station para vender na Europa (?) e depois sendo incorporado pelo pessoal de Poissy ,e batizado como o nome de Marly ......
Ai chegam no Brasil com o nome de Jangada ,viram carro de familia de classe media alta ....simbolo de status .e depois com o passar dos anos ,vão descendo para a periferia ,indo para a " franja " do tecido social ,ate acabar no exterior .....nos paises do prata ,abandonados ..sonhando com um ex-destino feliz ,sonhado em uma prancheta em Dearborn ......
E em uma noite se sexta feira ,cruzam o pampa ,feito os lanchões de Garibaldi ,so que desta vez puxados por velhos caminhões International ,a diesel,para voltarem a luz do sol e muito provavelmente terminar seus dias em uma exposição ou museu ,refeitos e com toda a gloria que talvez nem seus projetistas sonharam.....
Esta noite 2 ,jangadas singram de volta ao Brasil ,ao lugar que sempre lhes pertenceu .......
Abraços

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gtx Postado em 03/10/2010 13:24:00 - Forumnow
deutsch,
para organizar a ociosidade pré eleitoral, não houve raciocínios em detroit a respeito de versões para vedettes em frança. lá, eram autônomos. quanto a poissy, era ford. com a troca de interesses, passou a ser simca.
bom voto

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alemao - Postado em 03/10/2010 17:00:00 - Forumnow
Ok ,Gtx ,vou reduzir minha filosofia para o continente Europeu e depois na America do Sul .
Abraços

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grossinho - Postado em 03/10/2010 17:36:00 - Forumnow
amigo
vc poderia escrever um livro, tamanha emoção e sentimentalismo que suas palavras transmitiram. parabens

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MARCELO - Postado em 04/10/2010 14:20:00 - Forumnow
Alemão, você é mesmo fantástico. Primeiro repatriou alguns GTX, agora Jangadas. Parabéns. Belo sonho de uma noite de verão, quero dizer, primavera. Que as Jangadas cheguem e continuem em porto bem feliz, não só em exposições, mas principalmente rodando pelos pampas.

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gtx - Postado em 01/11/2010 13:11:00 - Forumnow
alemão,
coloco em votação aqui a disposição do museu do automóvel, em brasília - enquanto existir - criar medalha, comenda ou diploma a atos de preservação do acervo antigomobilístico nacional. acredito, atos de coragem como estes que você pratica na recuperação do acervo, devam ser reconhecidos. a generalidade do processo é coisa secundária.
entendo que ações assim são extremante construtivas para manter a nossa história, objetivo básico do antigomobilismo e, por isto, devem ser reconhecidas e incentivadas. o museu, pelo curador acima assinado, se dispõe a isto e submete a consulta pública a pretensão.
devemos criar esta láurea ? sob qual designação ? como - medalha, diploma ? se aprovado, como entregá-la ? durante o carro do brasil ?
em suma, tema aberto para sugestões e conclusões a ser levadas como proposta ao conselho do museu.
eu voto a favor. e agora é com os sócios do sítio do marcelo.

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MARCELO - Postado em 02/11/2010 17:56:00 - Forumnow
 Nasser, acho que você já deu as coordenadas proncipais. Crie o prêmio, divulgue, traga substância. Ao contrário de alguns que exportam, o Alemão repatria. Tema de palestra com fotos bem interessante. Premiação para quem trouxer mais carros de volta. Premiação para quem trouxer o carro mais antigo de volta. Premiação para quem trouxer o mais raro de volta. Tudo com o devido diploma e medalha, ao bom estilo do Mutley. Ótima idéia.

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Irapuã, - Postado em 02/11/2010 22:16:00 - Forumnow
Impossível não concordar!

Pode-se estar criando uma idéia que vai na contra-mão daquilo que é o lugar comum, ao contrário daquilo que visa apenas o lucro material na troca do histórico pela moeda; ação que pode enriquecer o patrimonio automobilistico nacional com o intuito de poder resgatar aquele que perdemos, mas ainda pode ser recuperado. Um belo incentivo àqueles que têm a condição de executá-lo.
Perfeito no espírito do que entendo como antigomobilismo. Excelente!
GTX, pode computar mais um voto.

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chambord 60 - Postado em 03/11/2010 16:11:00 - Forumnow
GTX, não só toddy como deve.

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gtx - Postado em 03/11/2010 17:09:00 - Forumnow
ótimo. o negócio está tomando forma, embora não faça a mais remota idéia de quem seja este famoso mutley.
sugestões continuam em aberto.
sobre especifidades, fui ver e o melhor é um bom diploma personalizado, como fizemos para os participantes em araxá. emblema metálico em pequena quantidade tem custo de um simca.
qual o título ? entrega feita quando e onde ?

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Pere_Ira - Postado em 11/11/2010 00:27:00 - Forumnow
Gostaria de sugerir como prêmio "De Volta ao Futuro: Resgate"
Abraço,
Pere_Ira

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rusiq - Postado em 14/11/2010 12:19:00 - Forumnow
Mensagem original postada por gtx
ótimo. o negócio está tomando forma, embora não faça a mais remota idéia de quem seja este famoso mutley.
sugestões continuam em aberto.
sobre especifidades, fui ver e o melhor é um bom diploma personalizado, como fizemos para os participantes em araxá. emblema metálico em pequena quantidade tem custo de um simca.
qual o título ? entrega feita quando e onde ?
GTX, eis o "Mutley", um cachorro muito esperto e especial pela sua risada sinistra, onde vive salvando "Dick Vigarista" sempre em troca de uma medalha. Sua frase marcante é: "Medalha, medalha, medalha."
 

qual o título ? - "Honra ao Mérito"
entrega feita quando e onde ? - "Encontro Anual de Simca"

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gtx - Postado em 14/11/2010 13:46:00 - Forumnow
quanto ao título do certificado ou medalha
Ad augusta per angusta
( descrição latina ao esforços dos simquistas, simqueiros, todo o processo de dificuldades e sofrimentos, angústias e decepções até o resultado final)
tradução, sabem todos e perdoem-me involuntária interpretação, mas para lembrar é alguma coisa como o caminho da glória passa pelo sofrimento.

quanto ao nome do encontro:  Simcontro

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alemao - Postado em 14/11/2010 23:28:00 - Forumnow
Pessoal,realmente quem da valor a originalidade paga um preço alto. Esta semana busquei no lendario "Adão " um conjunto de frisos para meu Chambord e aquela " soleira " das portas ..novinho, sensacional... aquela euforia ate chegar na oficina e descobrir que por 1 cm, ela não se encaixava bem, ou seja não seguraria bem o " carpet " a ultima função dela. La vou eu de novo na terça feira ao Adão desdobrar a chapa etc etc. A culpa ?as caixas de ar,estão em um gabarito diferente do Adão e ai ..não funciona.
Assim é nossa vida ,a briga pelo original e pelo perfeito.
Enquanto puder " repatriar " nossos Simcas vou continuar fazendo, os hermanos não valorizam os " brasileiros " la só tem algum valor, Bel Air, Fords, etc que eles embarcam para SP, com placa uruguaia.
Os nosso Simcas la rodam,normalmente com motores diesel e são " novos " perto dos carros deles do dia-a-dia, dos anos 30.
Abraços

SIMCA TEMPESTADE
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
lin,
com o decurso de prazo que tudo apaga e regulariza, aproveite os 68 anos da transformação de ford em simca e volte ao tema. inicie dizendo se o citado simca era, realmente, 0 c00001. e se ainda existe. nasser
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

honra ao mérito.
o assunto tratado em mensagens anteriores acabou estacionado sobre a ampla sombra da imobilidade.
quero retomar, o museu produzirá o diploma, mas quero saber se o alemão quer ser tratado por tal gentílico ou se aplicamos o nome civil. e como não há evento previsível para encontro do grupo - e não está na minha agenda ir ao sul do país - indago como fazer, além de publicá-lo aqui.
alemão e alguém do grupo encontrar-se-ão em algum evento ? se, digam. posso pedir aos organizadores abrir espaço para uma justa cerimônia de entrega.
gtx gtx
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

aniversário

para não passar pelas brancas nuvens do esquecimento, dia 4 marcaram-se 68 anos do acordo de junção da Simca com a Ford na França. Pela avença a Simca assumia a marca, seu mono produto, o Vedette - ainda na 2a. versão, assistência técnica. da soma das duas empresas a simca representou 85% e a ford, 15%, ficando com este percentual de ações da nova empresa.
parece o início da grande expansão, mas foi o começo do fim. durante 10 anos a empresa se expandiu, mas durante o período vinha sendo erodida por dentro, com a chrysler comprando ações até assumir posição de influência e mando.
e, quando acontece que a multi compra a delicatessen da esquina por conta de sua imagem, tratamento e a qualidade da empada, logo isto acaba - a empada fica ruim, o tratamento péssimo, o negócio muda de nome, fecha. no caso, o choque entre a competência industrial da simca e o gigantismo atrapalhado da chrysler, deu no que deu. a simca fechou, a chrysler entrou queda por parafuso com a última volta dada há poucos anos - quando virou estatal, e agora é fiat.
Simca66 Simca66
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

GTX seus conhecimentos estão sendo solicitados no tópico "Esplanada GTX". Por favor, passe por lá e deixe seu conhecimento.
Leon Leon
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Em resposta à esta mensagem postada por gtx
gtx escreveu
aniversário

para não passar pelas brancas nuvens do esquecimento, dia 4 marcaram-se 68 anos do acordo de junção da Simca com a Ford na França. Pela avença a Simca assumia a marca, seu mono produto, o Vedette - ainda na 2a. versão, assistência técnica. da soma das duas empresas a simca representou 85% e a ford, 15%, ficando com este percentual de ações da nova empresa.
parece o início da grande expansão, mas foi o começo do fim. durante 10 anos a empresa se expandiu, mas durante o período vinha sendo erodida por dentro, com a chrysler comprando ações até assumir posição de influência e mando.
e, quando acontece que a multi compra a delicatessen da esquina por conta de sua imagem, tratamento e a qualidade da empada, logo isto acaba - a empada fica ruim, o tratamento péssimo, o negócio muda de nome, fecha. no caso, o choque entre a competência industrial da simca e o gigantismo atrapalhado da chrysler, deu no que deu. a simca fechou, a chrysler entrou queda por parafuso com a última volta dada há poucos anos - quando virou estatal, e agora é fiat.
E com tudo isso, a fábrica de Poissy sobrevive nas mãos da PSA, que agora centralizará a produção do Citroen C3, conforme notícia de hoje:

O fabricante francês de automóveis PSA Peugeot Citroën, que enfrenta grandes dificuldades, anunciou que suprimirá 8 mil empregos na França e deixará de produzir veículos em 2014 em sua fábrica de Aulnay, ao norte de Paris, onde trabalham 3 mil pessoas

"Sou consciente da gravidade dos anúncios que estamos fazendo e da emoção que provocam na empresa e em seu entorno", explicou o presidente-executivo da PSA, Philippe Varin.

No entanto, "a envergadura e o caráter duradouro da crise que atinge nossa atividade na Europa tornam indispensável este projeto de reorganização que nos permite adaptar nossa capacidade de produção à evolução previsível dos mercados", acrescentou.

As fábricas de Aulnay e de Rennes (oeste) serão as mais afetadas pela medida anunciada pela empresa. A montadora informou que se propõe a deslocar a produção da região da capital para a fábrica de Poissy (Yvelines), para onde irá, por exemplo, toda a produção do modelo Citroen C3, atualmente também fabricado em Aulnay.

Muito afetado pela queda do mercado de automóveis na Europa, o grupo também reduzirá seus efetivos fora das cadeias de produção. O anúncio era antecipado com apreensão pelo governo socialista do presidente François Hollande, que enfrenta desde o início de seu mandato, em maio, uma onda de reestruturações e demissões devido à crise.


De minha parte, vejo um futuro sombrio para a PSA e para Poissy: com a recente aquisição de parte de suas ações pela General Motors (que, pelo visto, de rebaixado à Tenente ultimamente se pretende Marechal), os acordos da PSA com a BMW - incluindo o excelente motor 1.6 THP - tendem a serem extintos. Sei não, isso me cheira ao destino da SAAB... pois me parece que a GM tem comandado os destinos da PSA, apesar de sua baixa participação acionária (dizem que é de 7% apenas).
gtx gtx
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

leon,
são coisas da globalização - aplicar o ditado do interior a coisas européias: em casa onde falta pão, todos falam, mas ninguém tem razão.
é o caso do mercado europeu para os carros para classe média cujos compradores são afetados - o que não ocorre com carros para ricos. a gm tem 7% das ações peugeot e esta, não me lembro quantos por cento da gm. por enquanto as intervenções são cosméticas - como a peugeot assumir a logística de distribuir marcas gm e carros e peças opel na europa. a tm, tenente motors, não anda bem. cancelou o projeto da fábrica de transmissões no brasil porque não existirão compradores no exterior - e possivelmente, dentro do processo de propiciar lucros externos, ela importará em vez de fazer aqui.
a situação anda muito ruim, sem perspectivas de estabilização em breves tempos ou recuperação a médio prazo, e a balança pende para os brics - no caso, china, rússia e brasil. vender carro na grécia, na irlanda, na espanha e outros europeus, é missão impossível.
assim, é a união de fraquezas, ou adensamento de sinergias em meio ao crescimento negativo, como dirão os economistas, enfeitando prejuízos e perdas.

leu a nota sobre a jangada/esplanada ?



Leon Leon
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Pois é, GTX, a messe continua...
 
Sabe uma coisa que me veio à cabeça? Lembrei-me que, a respeito de umas fotos do Esplanada, você mencionou a possibilidade de terem sido feitas nos EUA, no centro de pesquisas da Chrysler (Auburn Hills?). Será possível que para lá também tenha sido enviado um protótipo da Jangada?
 
Naquela época, a Chrysler muito orgulhava-se de seu centro de pesquisas. Fico pensando se, apesar de todos os percalços que a companhia passou nas últimas décadas até chegar às mãos da Fiat, lá existe algum "arquivo iconográfico" em que haja fotos da nova Jangada...
 
Abraços!
Leon
Em 16 de julho de 2012 15:22, gtx [via FÓRUM SIMCA] <[hidden email]> escreveu:
leu a nota sobre a jangada/esplanada ?
gtx gtx
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

leon,
quer-me parecer que o entendimento entre as chrysler daqui e de lá tiveram a parte prática apenas com os testes e acertos do motor emisul, que era o ponto de desacerto do conjunto. serviço e publicidade feitos, encerrou-se aí a participação.
vamos pensar que o jangada esplanada teria vida curta, modificações apenas estruturais na traseira, e isto não demanda engenharia nem laboratórios refinados - nem investimentos. assim, não consideraria a possibilidade. há anos fiz entrevistas com o diretor comercial desta fase, ele citou as neo jangadas como protótipos perdidos na memória, sem mencionar eventual envio aos eua e maior encaminhamento aqui.

quanto à messe continuar, semana passada dediquei dois dias na busca do santa fúria simca - lembra-se ? -aí na paulistarum terra mater. vou cometer um texto e publicarei aqui - se aprovado pelo novo posseiro-chefe.
Leon Leon
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Oba! Novidades sobre o Santa Fúria? Será um presentão para o Rusiq, que tem predileção pela parte "esportiva" da Simca.
 
Pelo que eu me lembro (tá, admito, busquei no Google), o Santa Fúria é aquele que o Tio Lin costumava chamar de ESAB OK, que ficou mais conhecido por um mal justificado problema de arrefecimento.
 
Fico na expectativa do texto de que, decerto, o posseiro-mor há de se agradar...
 
Abração!
rusiq rusiq
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Eu tenho pesquisado e criado tópicos neste fórum para guardarmos o que tínhamos de bom no antigo fórum e ai surgem dois caras chamando-me de posseiro...
Posseiro-chefe ou mor é a #@%&
Leon, o meu prazer era ver as berlinetas e mesmos os Gordinis ganharem dos Simcas em Interlagos.
As corridas mono marca existentes no Sul eu nunca as acompanhei, portanto estas vitórias eram e são apenas locais.
Meu entusiasmo pela Simca se resume ao Tempestade, cujo tópico só eu mexo e vai continuar assim por muito tempo.
GTX, para o Santa Furia – Achcar, ou melhor Simca-Achcar, nós temos um tópico “Motores Simca Nas Pistas”, específico para os veículos de competição criados por terceiros utilizando-se motores Simca.
Lá eu postei o “Depoimento do Ricardo Achcar” sobre o Simca-Achcar e vc comentou.
Lá mesmo, vc (em 13/03/2012) fez uma pergunta ao Marcelo sobre o chassi Landi-Bianco encontrado em BH e continua esperando a resposta...

SIMCA TEMPESTADE
Leon Leon
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Rusiq, desculpe-me por ter participado da brincadeira. Tenha certeza que, de minha parte (e também ponho a mão no fogo pelo GTX), sou grato por sua iniciativa e dedicação aos assuntos do antigomobilismo desde a época do ForumNow e, em particular, por ter assumido a empreitada do novo fórum.
 
Abraços.
gtx gtx
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

rusiq, a engenharia complica a coisa. veja você, o conceito da hipotética posse é temporal. se até um ano e um dia, o agente é invasor. de um ano e dois dias até cinco anos, é promovido a esbulhador e nào mais pode ser expulso, senão por oedem judicial. a partir daí, leva o trato de posseiro com a opção de, em nao sendo próprio público, requerer propriedade por usucapião. a explicação é apenas para abrir o compartimento do direito. na prática, como diriam em roma e onde mais os romanos esticaram seu império,
leon locuta, causa finita. nasser

quanto ao simca ashcar, dito santa fúria, ou tratado pelo nome do patrocinador maior como protótipo esab-ok, como creio ter sido lembrado pelo abduzido tio lin. escreverei aslinhas do tentativo resgate, mas creio melhor incluí-la naquele tópico de literatices,
jorge patricio de medeiros alm jorge patricio de medeiros alm
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
Kkkkkkkkkkkkkk, ri bastante da sua estória mas que na verdade é uma história. Fiquei imaginando a cena suas ,o carro olhando desolado para tras e vcs mais ainda. triste e doridos momentos mas, não para mim que levaria a coisa numa boa ou farra. Show de bola seu caso . parabéns.
gtx gtx
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Re: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS...

jorge patrício,
não se escafeda à responsabilidade. conte qual era a cor original do jangada comprado pelo alencar ao telde em bhz. marcelo diz que não era vermelho tipo torino, porém marron. então ?
Leon Leon
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Histórias de pessoas e paixão por Simca

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
Começamos com a história de Marcelino Amaral, 85 anos, de Vacaria/RS e dono de Simca (IIQ1593):

A equipe do C20 procura, em todas as edições, encontrar uma raridade para estampar a seção Inegociáveis e também histórias de caminhoneiros que levam no peito o amor por sua profissão, na seção Na Estrada. Neste mês conseguimos juntar as duas em uma edição especial. Conheça um pouco da história de seu Marcelino Amaral.

Ele foi peão, domador, trabalhou em serraria, em granja, foi borracheiro e dono de lancheria, mas o que marcou a vida de seu Marcelino foram os quase cinquenta anos dedicados à estrada.

P: Seu Marcelino, nos conte como o senhor iniciou sua vida na estrada.

Eu iniciei tarde no caminhão, trabalhei na roça, em uma serraria, em uma granja e só após esse tempo é que fui para a estrada; eu já tinha 32 anos.


P: Realmente o senhor começou tarde. O senhor já era casado nessa época?

Sim, nessa época eu já era casado e tinha três "barrigudinhos" para criar. Eu tinha que pensar na minha família e fui para o caminhão, que na época era uma profissão desejada por muitos homens.


P: Sua família é grande. Eles viajavam juntos com o senhor?

As crianças não. As viagens eram longas e elas estudavam, então ficava difícil conciliar, mas quando elas entravam em férias a "comadre Jorgina" (esposa) cortava chão comigo por esse Brasil.


P: O senhor viajou o Brasil todo. Tem algum estado que o senhor não conheça?

Olha, o único estado que eu não conheço é o Amazonas. Eu até tive oportunidade de conhecer, mas não fui porque tenho medo de água. [risos]


P: Aos 85 anos, que medos o senhor tem na vida?

Eu não tenho medo de nada, só de água, fogo, eletricidade e faça. De revólver não tenho medo, porque já colocaram na minha cara algumas vezes e eu não me assustei muito.


Seu Marcelino, como todo bom caminhoneiro, não era conhecido pelo nome. Todos o chamavam de "fazendeiro", apelido dado após um amigo desenhar alguns bois no parachoque de seu caminhão. Hoje, aposentado, vive uma vida tranquila ao lado de sua esposa Jorgina e suas três cadelas - Bridi, Luna e Chiquitinha - e recebe diariamente a visita dos netos e bisnetos.

Durante os longos anos na estrada, seu Marcelino viu de tudo um pouco. Os vários quilômetros rodados por todo o Brasil lhe renderam experiências que ele jamais irá esquecer. Perguntamos o que mais o impactou em toda essa trajetória de vida e ele nos contou que não era fácil passar em alguns lugares pobres e ver crianças pedindo esmola para comer: "Me deixa muito triste ver uma criança sofrer, porque as crianças não pediram para vir ao mundo. Cabe aos pais cuidar e proteger", comenta seu Marcelino.

Mas a vida na estrada também lhe trouxe coisas boas, como a companhia de Bridi, sua cadela mais velha. Bridi estava à venda em um posto de gasolina. Enquanto seu Marcelino abastecia, a dona do restaurante ao lado do posto lhe ofereceu Bridi: "Eu falei para ela: não compro cachorro e nunca vou comprar. A Bridi era bagunceira, todos os antigos donos a passaram para a frente, ninguém queria ela", conta seu Marcelino.

Foi então que a moça lhe fez a proposta: "E se eu lhe der ela?" Nesse momento seu Marcelino não pensou duas vezes, colocou Bridi junto com ele na cabine e a trouxe para Vacaria. "Poucas pessoas viajaram tanto como a Bridi. Ela ia comigo para todo lado", diz seu Marcelino.

Hoje, aos 16 anos de idade, Bridi continua fiel ao seu Marcelino e nos fez companhia durante toda a entrevista. "Após o almoço ela pega o pano que fica escondido atrás da porta e vem me chamar para dormir. Enquanto eu não for para o quarto ela não para...", comenta seu Marcelino.

No dia 5 de maio de 1958 foi inaugurada, em Belo Horizonte, a primeira fábrica da SIMCA no Brasil. Lançado em 1959, o Chambord foi o presente do então Presidente da República, Juscelino Kubistchek, responsável pela vinda da marca ao Brasil.

Desde então foram milhares de modelos Chambord vendidos no Brasil. Porém, é raro encontrar um desses andando por aí, ou melhor, alguns não andam - estão guardados a sete chaves -, como é o caso do Simca de seu Marcelino, que há três anos não saía da garagem. O Chambord 1963 foi dado de presente ao neto mais velho, que mora em Porto Alegre: "O Vinícius (neto) usou ele pela última vez há três anos. O carro estragou na rua e o trouxemos para casa rebocado, colocamos na garagem e nunca mais tiramos ele daí. Hoje ele está tomando um sol graças a vocês (risos)", comenta seu Marcelino.

O Chambord também marcou a infância dos filhos de seu Marcelino. Ele o usava para levá-los à escola em dias de chuva: "Eu tinha muita vergonha de ir para a escola com o Simca; ele era considerado um carro velho na época. Muitas vezes ele apagava nos semáforos e demorava muito para pegar novamente", relembra, rindo, a filha Lúcia.

Perguntamos a Lúcia que história vinha à memória da família quando se falava no Simca. Ela nos respondeu: "Certa vez, meu pai chegou cansado de uma longa viagem de caminhão; era tarde da noite e logo foi dormir. Eu e meu irmão esperamos um tempo, fomos até a garagem e pegamos o Simca escondido para ir a uma festa. Porém, nosso azar foi lançado naquele momento... não é que o carro ficou empenhado? (risos) Meu irmão fez de tudo, mas não conseguimos fazer o carro pegar. Tivemos que pegar uma carona para voltar para casa, acordar meu pai e contar tudo o que havia acontecido, pois ele tinha que ir buscar o carro que ficou empenhado."




http://c20.com.br/blog/post-especiais-marcelino.php#.Url_ESc9a2B
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