Não sei se alguém teve a oportunidade de assistir o programa Auto Esporte hoje. Foi apresentada uma matéria sobre carros e artistas/músicas famosas. Pois bem, como não podia deixar de ser, para encerrar a matéria eles utilizaram um SIMCA CHAMBORD e o Marcelo Nova em alusão ao sucesso da década de 70. Judiaram da imagem do simca. Abaixo o video contendo a matéria na íntegra. A parte do simca chambord inicia a partir dos 03:55 min.
Quem viu o programa autoesporte neste domingo 26.ago. ficou na maior felicidade quando, em uma das matérias, focalizando música e carros em capas de disco, apareceu o marcelo nova, da banda camisa de vênus, para cantar seu sucesso "simca chambord".
como referência um tufão 65 - na frança diriam-no "demi bouche", meia boca, numa restauração ..., pois com estofamento de emi sul 67. e citação errada da potência do motor como de 90 cavalos - todos sabem o tufão produzia 100.
foi aí, quando se espera ampla divulgação das características positivas, do rolar então insuperável, que se cortou barato: o carro enguiçou na rua, encerrando a matéria por imobilidade. um mico. ou o belo antônio.
Antigos do Brasil - De Belo Antônio a Vigilante Rodoviário
Apesar de ter estrelado seriado dos anos 1960, Simca Chambord tinha desempenho comparado ao do personagem de Marcello Mastroianni em filme ítalo-francês: bonito, mas impotente
Vejam só o que um certo Alexander Martins Matias fala sobre o Simca, na revista Trip, edição 214:
Bonitinho, mas impotente
O Simca Chambord produzido para o mercado brasileiro ficou famoso por falhar na hora H
No início dos anos 1950, a produção nacional de automóveis de passeio rendia primeiras páginas nos jornais e era acompanhada com entusiasmo pelo povão. Logo surgiam apelidos, quase sempre jocosos, para definir os modelos que pingavam no incipiente mercado. Ao Simca Chambord coube a famigerada alcunha de Belo Antonio – referência ao filme ítalo-francês Il Bell’Antonio, lançado em 1960, exatamente um ano após a chegada do charmoso Chambord por aqui.
Nas telas dos cinemas, Marcello Mastroianni vivia um sedutor galã pelo qual todas as mulheres se apaixonavam, imaginando que ele seria um amante perfeito. Mas a verdade é que Antonio, nome do personagem, era impotente... “Assim diziam do Simca: bonito e cobiçado, todos o queriam em suas garagens. Mas, na hora H, ou seja, de acelerar, o carro falhava por falta de potência”, explica o promotor de Justiça Alexander Martins Matias, 38 anos, proprietário de um conservadíssimo Chambord 1966.
Considerado o primeiro carro brasileiro de luxo, o Simca Chambord nasceu nas pranchetas dos designers da Ford americana, que o projetaram como evolução do modelo Vedette, produzido pela filial da marca na França. Mas, pouco antes de seu lançamento oficial, a Ford vendeu o controle da fábrica e seus projetos em território francês para a nativa Simca. Vários exemplares já estavam finalizados e com o emblema da marca americana estampado na carroceria quando os novos acionistas decidiram rebatizar o modelo de Simca Vedette, como acabou apresentado no Salão de Paris, em outubro de 1954. Marcado pela beleza de suas linhas, com destaque para a traseira estilo rabo de peixe, o sedã de quatro portas ganhou diversos padrões de acabamento e denominações – entre elas, a mais popular é Chambord, nome de um castelo na região do Vale do Loire.
Sotaque francês
Em 1958, a Simca foi uma das muitas montadoras estrangeiras a desembarcar no Brasil com fábrica em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Um ano depois, o Chambord ganhou as ruas, porém com forte “sotaque” francês. “Esse foi o problema”, diz Alexander, sobre a falta de adaptação do veículo ao relevo brasileiro, bem diferente das planícies europeias. A começar pelo motor V8, inicialmente com 84 cv. O desempenho ficava longe de empolgar, com velocidade máxima de 135 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em vagarosos 26 segundos... “Já a fama de quebrar é uma tremenda injustiça”, defende o promotor. “Ocorre que o Simca era um carro sofisticado, pioneiro em diversas tecnologias, o que gerava dificuldade para os mecânicos brasileiros da época.”
A potência foi melhorada com a chegada dos modelos conhecidos como Tufão, capazes de chegar a 160 km/h. Em 1967, entretanto, a Simca foi adquirida pela americana Chrysler, que encerrou a produção do Belo Antonio em 1970.
Para esclarecer, a confusão histórica foi feita pelo autor da matéria e não pelo proprietário do veículo. Uma pena, pois desinformou, ao invés de informar e preferiu dar ênfase ao infeliz apelido ...
He, he, he... conheço um pouco sobre "jornalistas" e é difícil achar competentes nesse meio (e pior ainda quando vivem de matérias "pagas"... mas aí é outro papo).
Alex, pode nos contar como surgiu a matéria da Trip? E como chegaram a você?
Leon, quase toda edição sai uma matéria sobre carro antigo na Trip. O tema principal da revista neste mês que não é muito atrativo e fizeram a relação com o Belo Antônio. Lógico que não avisaram antes qual seria o assunto principal da revista e ainda bem que tiveram o bom senso de não colocar foto deste proprietário junto ao título da matéria ... rsrsrsrsrsrsrs
Alex, só agora fui ver a página principal da revista e os temas... você teve sorte mesmo em não colocarem uma foto sua para acompanhar Thammy Gretchen e Kajuru (estreando sua prótese peniana)... até a "mulher bonita" é traveco!
Grande abraço!
P.S.: deve ter alguém da velha guarda na redação da Trip, para se lembrar de Simca e do Belo Antônio.
Apesar de sua boa aparência, a primeira versão do Chambord tinha o desempenho comprometido pelo motor Aquilon, um V8 fraco de válvulas no bloco, herança da Ford francesa, o que lhe valeu o apelido jocoso de "O Belo Antônio" (bonito, mas impotente). Em 1964 sua carroceria foi reformulada e recebe o motor Tufão de 100 hp.
Vocês sabem de onde vem o apelido " Belo Antônio "? O falecido artista italiano Marcelo Mastroianni, encenou um filme nos anos 60, filme no qual ele era o galã e muito cortejado pelas mais belas mulheres de sua cidade. Porém, todavia, entretanto, chegava na hora H, como diz o bom mineiro, o TREM FAIAVA. O nome do Marcelo no filme era Antônio e apelidado pelas mulheres de " BELO ANTÔNIO ". O SIMCA estava em evidência justamente quando o filme estava em cartaz no Brasil. Um dito mecânico qualquer lá, um belo dia, após pelejar com um Simca, disse: " Está igualzinho o Belo Antônio do filme pô, na hora H falha ". Foi uma gargalhada total e o apelido pegou.