O Vigilante Rodoviário

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gtx gtx
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Re: O Vigilante Rodoviário

outro emocionado. como é bom ver o carlos tão bem, tão articulado, com uma história ímpar. seu personagem conduziu sua vida, levando-o, após a série televisiva, a inscrever-se para a carreira na polícia (?) patrulha (?) rodoviária. e, após sua reforma, assumiu o personagem. é um herói atemporal numa terra sem heróis.
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: O Vigilante Rodoviário

Em resposta à esta mensagem postada por Marcelo Viana
Boa, Rui. Colocar  vídeo direto fica melhor mesmo.
rusiq rusiq
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Re: O Vigilante Rodoviário



Walter Hahn Jr. e Carlos Miranda

SIMCA TEMPESTADE
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: O Vigilante Rodoviário

Puxa vida, que foto espetacular!
Duas ótimas pessoas, dois grandes personagens da nossa história.
Leon Leon
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Re: O Vigilante Rodoviário

Esta mensagem foi atualizada em .
Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
Uma versão "improvável" da música-tema do Vigilante Rodoviário, parte do álbum duplo "Saqueando a Cidade" (1983), do Joelho de Porco. Ouça em 23:20 min.


https://youtu.be/iHV5WdohkjU

Na época (pelo que li na Wikipédia), a formação da banda era Tico Terpins (remanescente da formação original), Próspero Albanese e Zé Rodrix (egresso do Sá, Rodrix e Guarabyra), também conhecido por várias composições, dentre elas um jingle da Chevrolet ("... é no silêncio de um Chevrolet que o meu coração bate mais alto...").
rusiq rusiq
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Re: O Vigilante Rodoviário

Em resposta à esta mensagem postada por gtx
VENDE-SE MINI CHÁCARA EM ÁGUAS DA PRATA.
A mini chácara do Vigilante Rodoviário continua à venda.
Vejam fotos e detalhes na página 1 deste tópico. Outros detalhes e preço (in box)
https://www.facebook.com/vigilantemiranda

SIMCA TEMPESTADE
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: O Vigilante Rodoviário

Eu estive lá antes do evento de Poços de Caldas. É um local muito aprazível, sem dúvida o nosso Vigilante morou muito bem ali todos esses anos.

Que seja feliz em Cabreúva!
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: O Vigilante Rodoviário

Há momentos que a gente leva para a vida inteira. Em alguns deles, conseguimos tirar fotos que ajudam a nossa memória a conservar para sempre aquilo que vivemos em instantes.

Ontem me aconteceram essas duas coisas ao mesmo tempo.

Estive no 11º CINEOP - Mostra do Cinema de Ouro Preto, para rever o nosso eterno Vigilante e convidá-lo para o II Encontro Nacional Simca do Brasil, que estamos promovendo em São Caetano. Ele foi convidado para uma sessão de debates, que foi muito boa. Mais uma vez demonstrou o seu carisma, o quanto é querido, estimado e reconhecido mesmo depois de 50 anos do estrondoso sucesso do seriado. Disseram o que eu não sabia: o 1º episódio enconstou no Rin Tin Tin, líder de audiência. O 2º episódio alcançou a liderança. Chegaram aos 60 pontos de audiência, quando, hoje, uma novela da Globo fica lá pelos 30 pontos.



Agora, o momento que foi especial mesmo aconteceu na praça principal de Ouro Preto, onde montaram um cinema ao ar livre. Um frio terrível. As cadeiras literalmente molhadas por causa da umidade.

Foram exibidos 3 episódios da série: O Diamante Grão Mogol (piloto feito em 1957), a história do Lobo e, o último, o que foi rodado em Belo Horizonte, Ouro Preto e Congonhas. Estávamos assentados exatamente no local onde foi feita uma das cenas, pertinho da escadaria do Museu.

Assistir na tela grande é outra coisa. Outro departamento. Como valeu a pena! Fiquei surpreso com as reações do público, que era muito bom: aplaudiram, riram, gostaram, assistiram os 3 episódios sem arrastar o pé.

Tive o grande privilégio de assistir 3 episódios do Vigilante Rodoviário ao lado do Vigilante Carlos, que foi comentando comigo alguns detalhes da produção. Isso não tem preço. Fui iluminado e tive a ideia de tirar essa foto, que pegou o Vigilante segurando na tela o pequeno Lobo:




rusiq rusiq
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Re: O Vigilante Rodoviário

Em resposta à esta mensagem postada por Marcelo Viana
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 10/05/04 23:38:55

O Vigilante Rodoviário começou em Santos


Filme piloto da série foi rodado em 1959


Lobo, em pé, em cena do filme "O Roubo do Diamante Gran Mongol"
Foto: reprodução, in site Vigilante Rodoviário

Um dos mais famosos seriados brasileiros da televisão e do cinema, O Vigilante Rodoviário teve seu primeiro filme - "O Roubo do Diamante Gran Mongol" - realizado em Santos, como recordou o suplemento Jornal Motor do jornal santista A Tribuna, em 16 de setembro de 1998:


Foto atual de Carlos Miranda, a caráter, em recente exposição em São Paulo
Foto: reprodução, publicada com a matéria

MEMÓRIA
Resgatamos a história do Vigilante Rodoviário

Para quem era jovem nos anos 60, o Inspetor Carlos e seu amigo Lobo foram companheiros inseparáveis de muitas aventuras

Lambros Katsonis
Presidente do Fã-Clube Vigilante Rodoviário

A bordo de um Simca Chambord, o ator Carlos Miranda e seu inseparável amigo Lobo ainda trazem boas lembranças para quem era criança nos anos 60. Carlos se envolveu tanto com o personagem que acabou ingressando na Polícia Rodoviária. Acompanhe a interessante história de "O Vigilante Rodoviário".

Desde a implantação da televisão no Brasil, em 50, até o final daquela década, só eram exibidos filmes estrangeiros. Mas, em 58, um grupo de idealistas do nosso cinema decidiu criar uma série nacional, escrita, interpretada e dirigida por artistas e técnicos brasileiros.

Seriado - Assim nasceu - inspirado na Polícia Rodoviária, criada em 48 no Estado de São Paulo - o primeiro seriado para TV da América Latina: "O Vigilante Rodoviário".

Como o policial da história precisaria de um companheiro, foi incorporado ao script outro personagem, o pastor alemão Lobo, amigo de aventuras do Inspetor Carlos, uma dupla unida na luta contra o crime e a injustiça, utilizando um Simca Chambord e uma moto Harley Davidson. A dupla era bastante simpática à população, inspirando proteção e segurança, além de veicular mensagens educativas.

Objetivo - A idéia era realizar 39 filmes, pois quando se vende um seriado anual para a TV (52 semanas) pode-se exibir, por exemplo, 39 episódios com 13 reprises ou 26 episódios com 26 reprises. Desse modo, resolveram produzir um episódio-piloto, que daria uma visão global aos eventuais anunciantes, chamado "O Roubo do Diamante Gran Mongol", realizado em Santos, em 59.

O carro-patrulha foi um dos primeiros Simca feitos no Brasil, em CKD (N.E.: sigla para veículos recebidos em partes marcadas, prontas para montagem pela indústria montadora), pois a empresa começou a fabricar o Chambord em março de 59.

Estréia - A série foi ao ar em março de 61, na TV Tupi, todas as quartas-feiras às 20 horas, após o lendário telejornal "Repórter Esso", quando já estavam prontos 10 episódios.

No Rio de Janeiro, "O Vigilante Rodoviário" era exibido às quintas-feiras, pois, dadas as dificuldades da época, era necessário levar o filme a cada emissora para que fosse transmitido. Assim era a televisão antes do vídeo-tape...

Apesar das dificuldades, a popularidade superou as expectativas, e logo o seriado se transformou em líder de audiência, alcançando 92% em São Paulo e 100% no Norte e Nordeste.

Cinema - Verdade seja dita: naquela época nem 40% das casas tinham aparelhos de TV, mas havia muitos "televizinhos".

Por causa das poucas TVs (comparadas a hoje) existentes no País, a alternativa para conquistar outro público foi investir no cinema. Assim, em 62 a série chegou aos cinemas, com "O Vigilante contra o crime" e, dois anos depois, com "O Vigilante em missão secreta".

Dos 39 episódios para a TV, 38 foram filmados e, entre os atores lançados pelo seriado, estão nomes conhecidos no Brasil, como Ary Fontoura, Ary Toledo, Juca Chaves, Fúlvio Stefanini, Milton Gonçalves, Rosa Maria Murtinho e Stênio Garcia, entre outros.

Cores marcantes - De qualquer modo, a imagem do carro do vigilante, com sua pintura preta e amarela, estava consolidada, apesar dos problemas crônicos dos primeiros Chambord como superaquecimento, embreagem fraca e falta de torque em baixas rotações.

Apesar dos Simca contarem com pequeno motor derivado do Ford 8BA - o V8 Aquilon de 2.351 cm³ desenvolvia apenas 88 cavalos a 4.800 rpm -, a idéia de velocidade inspirada pela televisão "vendia" muito bem o Chambord, cuja máxima não ultrapassava os comportados 135 km/h.

Problemas - Isso poderia ser um problema para policiais que tivessem de perseguir na estrada veículos roubados, mesmo sedans familiares como Impala e Fairlane, que na época existiam aqui aos montes. Se o confronto fosse com um Jaguar XK 120 ou Chevrolet, a coisa tomava ares de piada... Felizmente, a Polícia Rodoviária nunca usou carros Simca nesse serviço.

Hoje, muitas pessoas podem ver o "Simca do Vigilante" em feiras e exposições, mas não há a certeza de que este carro é um dos dois originais do filme (durante a restauração, foram encontrados vestígios de pintura amarela e preta).

 - Por isso, o modelo 59 do acervo do Clube de Carros Antigos de Taubaté é preservado por Carlos Alexandre de Almeida, fã do seriado, e sempre está em exposições.

Se o leitor estiver interessado no Fã Clube Vigilante Rodoviário, entre em contato pelo telefone 011-5071.0189.

O mais curioso, é que a Simca do Brasil nunca pacou um único centavo pelo merchandising de sua marca na série que, sem dúvida, deve ter alavancado muitas vendas para os problemáticos Chambord, que seriam bastante apreciados pelos bandidos dos anos 50 e 60 se quem os estivesse usando fosse a polícia, é claro...
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Esta matéria foi cedida pela revista Auto & Técnica.


Cartaz de divulgação de um dos filmes
Foto: reprodução

Quando a arte imita a vida

Paulistano da Moóca, Carlos Miranda começou sua carreira na Cia. Cinematográfica Maristela, aos 16 anos, como office-boy e, entre 1952 e 55, passou a "atuar" como ajudante e motorista de caminhão, fazendo várias vezes a rota São Paulo-Curitiba quando ainda não existia a BR-116.

Depois, entrou de fato no mundo do cinema, tornando-se assistente de produção, contra-regra, diretor de produção, gerente de estúdios e ator, além de produzir filmes e comerciais, participando dos antológicos "Cangaceiro Sanguinário", "Até o Último Mercenário" e "Independência ou Morte".

Destino - Após dedicar-se ao "Vigilante Rodoviário", fez advocacia e, depois de três anos de estudo, abandonou o curso para, em 65, ingressar na Polícia Rodoviária Militar do Estado de São Paulo, ficando na seção de Relações Públicas até meados de 88, indo para a reserva como tenente-coronel, num exemplo curioso da "vida que imita a arte".

Carlos hoje mora em Itanhaém, e seus olhos brilham quando fala do "Vigilante Rodoviário" e, principalmente, do amigo Lobo.
       
 
Cenas do Vigilante Rodoviário
Imagem: captura de tela - arquivo TV Globo - Rio de Janeiro/RJ

Lobo, o amigo inseparável

Lobo, o pastor alemão, nasceu em 1955 e pertencia a Luís Afonso, soldado da extinta Força Pública. Dividia o estrelato no seriado com Carlos e já era famoso por ter sua figura usada no símbolo dos móveis de aço Fiel. Seu nome era King, mas mudou em função do seriado, no qual não poderia ter nome estrangeiro.

Tinha quase cinco anos quando começou a trabalhar com Carlos, e a afinidade entre eles foi tão grande que passou a recusar-se a voltar para casa. Lobo era muito inteligente e fazia todas as cenas sem dublê; ao andar de Simca, tinha lugar cativo no banco da frente. Quem quisesse andar com eles, que ocupasse o banco traseiro...

Fim da história - Lobo deixou muitos filhotes, mas não se sabe onde estão seus descendentes. Carlos lembra que em Rio Grande/RS, certa vez ele estava indócil e não queria trabalhar, e acabou cruzando com a cadela do zelador do Cine Glória.

O fiel Lobo ficou até o fim de sua vida com Carlos e, alguns anos após o fim do seriado, saiu de casa e entrou no mato, como se previsse seu fim e não quisesse dar trabalho ao amigo Carlos, e foi encontrado sem vida. (N.E.: em abril de 2002, Luiz Celso Afonso, filho do dono de Lobo, relatou na Internet que o cão nasceu em abril de 1955 dentro do Parque Estoril em São Bernardo do Campo/SP. Em 1971, sofrendo em conseqüência de uma cirurgia mal sucedida e devido ao cansaço, saiu da casa de Luiz Celso e foi encontrado morto, perto do lixão da Vila Guilherme, na capital paulista).


Vigilante Rodoviário, um sucesso na década de 1960
Imagem: captura de tela - arquivo TV Globo - Rio de Janeiro/RJ

Imagens de matéria da Rede Globo de Televisão sobre o Vigilante Rodoviário, capturadas em 18 de janeiro de 2004, com o ator Carlos Miranda e cenas da série:







Cartaz de divulgação de um dos filmes
Foto: reprodução

SIMCA TEMPESTADE
gtx gtx
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Re: O Vigilante Rodoviário

rusiq,
belo resgate.
Adalberto Adalberto
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Re: O Vigilante Rodoviário

A história do King (Lobo) é tão interessante quanto a do próprio Vigilante Carlos Miranda. Impossível ler ambas e não se emocionar. A vida real às vezes consegue superar a ficção.

Adalberto
rusiq rusiq
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Re: O Vigilante Rodoviário



GTX, o "Museu Nacional Do Automóvel" não estaria fechado, se o "Vigilante" fosse o ministro... Será?




Adalberto, eu não publiquei a história do Lobo (ou King), mas indiquei onde encontrá-la. Basta clicar em "relatou na Internet" lá no texto ou na foto acima.

SIMCA TEMPESTADE
gtx gtx
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Re: O Vigilante Rodoviário

com certeza não. bela lembrança
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: O Vigilante Rodoviário

Muito bom, Rusiq.

Ainda bem que o convite não foi feito. Vai que o Vigilante aceitava por idealismo e iria manchar o seu currículo de vermelho.
Leon Leon
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Re: O Vigilante Rodoviário

Em resposta à esta mensagem postada por rusiq
VIGILANTE RODOVIÁRIO GANHA EXPOSIÇÃO COM SUA HISTÓRIA
Aos 84 anos, inspetor Carlos, herói brasileiro dos anos 1960, tem exposição no Bom Retiro (centro de SP)

Na semana passada, o ator e tenente-coronel da reserva da Polícia Militar Carlos Miranda, 84 anos, recordou com emoção e saudosismo do tempo em que viveu o inspetor Carlos no seriado “O Vigilante Rodoviário”. Aclamado como o “herói brasileiro” nos anos de 1960, Miranda ganhou um espaço no Comando do Policiamento Rodoviário, no Bom Retiro (região central), onde foi colocado parte de seu acervo pessoal como ator e policial militar rodoviário.

“Esse reconhecimento vem coroar um trabalho que foi criado há 70 anos, quando eu ingressei no cinema”, disse Miranda, ainda se recuperando de uma cirurgia.

Miranda começou sua carreira como cantor de circo, aos 15 anos. Depois foi ator amador no teatro popular do Sesi, onde teve aulas de artes cênicas, e fez de tudo um pouco nos estúdios Maristela.
Foi lá que conheceu Ari Fernandes e Alfredo Palácios, respectivamente diretor e produtor da série “O Vigilante Rodoviário”.

Miranda lembra que, na época, só passava na televisão séries importadas dos Estados Unidos e da Europa, o que eles chamavam de “enlatados”. “Nós fomos fazer um trabalho para mostrar que no Brasil tinha condições de fazer igual a eles. Ninguém tinha pretensão de ser pioneiro de nada. A gente queria ter um emprego por- que o cinema [brasileiro] sofria muito com a importação”, disse o ex-ator.

Na montagem do seriado, Miranda trabalhava na parte técnica. Nem pensava em ser o protagonista da série. Só fez o teste para ser o inspetor Carlos depois que 126 candidatos foram dispensados.

E foi um sucesso nos 38 episódios da série, que foi ao ar entre os anos 1961 e 1962, na extinta TV Tupi.

Cão companheiro

A bordo de uma motocicleta Harley-Davidson 1952 ou de um Simca Chambord 1959, o inspetor Carlos e o famoso cão Lobo —um pastor alemão— lutavam contra o crime. Miranda lembra que ele ganhava dois salários mínimos e o cachorro, um.

Apesar do sucesso, o policial aposentado não se considera um herói. “Eu me considero um batalhador do cinema e da televisão brasileira. Esporadicamente, eu fiz um papel de herói. Mas eu sou um oficial da Polícia Militar, que tem várias pessoas que fazem quase o mesmo trabalho que eu fiz e não são consideradas [heroínas].”

Após o sucesso na TV, em 1965, Miranda prestou concurso e iniciou carreira na Polícia Militar, onde atuou por 25 anos como policial rodoviário nas estradas do Estado. “Eu levei um pouco daquele carisma do personagem e trouxe para a vida real aquilo que eu fiz na ficção”, disse Miranda, que em 1992 entrou para o Guiness Book (Livro dos Recordes) como único ator a se tornar na realidade o personagem que havia interpretado na ficção.

Fonte: jornal Agora São Paulo, 27.8.2017
Marcelo Viana Marcelo Viana
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Re: O Vigilante Rodoviário

É isso, Leon. Ele foi para onde reconheceram a importância dele, pois ao que me parece isso deixou de acontecer em Águas da Prata, onde morou por tantos anos e chegou a ser secretário de turismo. Fico feliz sabendo que agora há um merecido espaço para que se preserve a história do nosso primeiro herói brasileiro da televisão.
gtx gtx
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Re: O Vigilante Rodoviário

grande carlão. merecida homenagem e preocupação.
rusiq rusiq
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Re: O Vigilante Rodoviário

Os 85 anos do Vigilante Rodoviário


https://www.facebook.com/drkenjisampa/videos/10216972303129100/

SIMCA TEMPESTADE
rusiq rusiq
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Re: O Vigilante Rodoviário

Clube do Simca de Minas Gerais
Uma belíssima ( e justa ! ) homenagem feita ao meu irmão, Loty, no dia de seu aniversário...




https://www.facebook.com/433601330420826/videos/298431414086905/

SIMCA TEMPESTADE
rusiq rusiq
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Re: O Vigilante Rodoviário

O VIGILANTE RODOVIÁRIO
http://www4.policiamilitar.sp.gov.br/unidades/cprv/?page_id=29


A Série

 



O Ator

Carlos Miranda, ator do primeiro seriado produzido especialmente para a televisão em toda a América Latina, com o maior índice de audiência já registrado no Brasil, nasceu em São Paulo, capital, a 29 de julho de 1933.
Começou sua carreira como cantor de circo e de parques de diversões aos 15 anos, logo em seguida indo trabalhar nas empresas Maristela e frequentando os grupos do Teatro Popular do SESI, onde fez curso de ator, estreando na peça “O Ídolo das Meninas” de Gastão Tojeiro, levada no teatro Colombo no Largo da Concórdia em São Paulo, hoje Praça da Concórdia (o teatro já não existe mais). Trabalhou nos estúdios da Maristela no Jaçanã até o seu fechamento. De lá saíram os equipamentos para a montagem do primeiro estúdio de dublagem de filmes estrangeiros do Brasil.

O seriado “Vigilante Rodoviário”, era patrocinado pelos produtos Nestlé e o nome da série para a TV era para ser: “O Patrulheiro” e o registro foi feito naquela ocasião, porém pouco antes da data de lançamento, a Toddy (Achocolatados) estreou um seriado estrangeiro com o titulo “Patrulheiros Toddy”. O Sr. Ary Fernandes (Criador e diretor da série “Vigilante Rodoviário”), em reunião com o Sr. Gilberto Valtério (Diretor da Nestlé), sugeriu o embargo da concorrente pelo uso do título registrado, mas este diretor da Nestlé, solicitou ao Sr. Ary Fernandes que colocasse outro nome no seriado, para evitar conflitos com uma concorrente do mesmo seguimento de mercado, sendo assim o Sr. Ary rebatizou sua série, com o nome que a fez tão famosa até os dias de hoje.

O seriado “Patrulheiros do Oeste” existiu, porém foi exibido pela TV muitos anos depois do “Vigilante Rodoviário”.
O primeiro episódio da série O Vigilante Rodoviário®, foi ao ar em março de 1961, na Rede Tupi Canal 4 numa (4ª) quarta-feira, às 20:05pm. Já no primeiro mês de exibição disparou na frente dos concorrentes para se tornar o campeão de audiência com a expressiva marca de +-45%. Como na época só 30 % das casas possuíam televisão, o produtor e o diretor acharam importante transformar a série em um filme de longa metragem, unindo 4 episódios e em seguida mais 4. O lançamento foi no cine Art-Palácio em São Paulo, resultando em uma divulgação nacional e assim , um fenômeno de bilheteria.

Curiosidades a respeito da produção não faltam: como o orçamento era apertado foram convidados a fazer parte do filme atores em início de carreira como: Fulvio Stefanini, Rosamaria Murtinho, Ari Fontoura, Stenio Garcia, Juca Chaves, Ari Toledo, Toni Campelo, Milton Gonçalves, Luis Guilherme, e outros. Hoje são nomes conhecidos nacionalmente.

Na época não havia televisão colorida, vídeo tape, e o equipamento era simples de cinema profissional de bitola de 35 mm. Para ser exibido em televisão era reduzido para 16 mm.


O Oficial

Após o término da série em 1962, Carlos foi convidado pelo então Comandante Geral da Força Pública General de Exército João Franco Pontes para ingressar na carreira de policial, pois para interpretar o personagem do Vigilante, ele tinha feito a escola de Policiais Rodoviários em Jundiaí.

Depois de 25 anos na Polícia, e tendo feito todos os cursos na corporação, em 1998 passou para a reserva como Tenente Coronel PM RES.


O Legado

Hoje Carlos Miranda participa de encontros de colecionadores de carros antigos, além de dar palestras e de se apresentar em comemorações de festas cívicas como símbolo das Polícias.

O sucesso da série, lembrada até hoje pelas pessoas com mais de 45 anos, é digno de estudos na área de propaganda e marketing, bem como na de antropologia e sociologia.

Em 2017 foi inaugurado o acervo do Comando de Policiamento Rodoviário que eterniza o nome do “Vigilante Rodoviário” e parte de toda a sua história.


Comando de Policiamento Rodoviário - Avenida do Estado nº 777 – Ponte Pequena – São Paulo - SP
CEP: 01107-000 –  (11) 3327 2727 -  cprv@policiamilitar.sp.gov.br

SIMCA TEMPESTADE
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