TUCKER - FASE 2AGB - Postado em 14/02/2006 19:28:00 - Forumnow
Senhores,
Não devia ter aberto um tópico novo, já que o assunto estava no tópico "centauro e outras bizarrices" - ou algo do tipo - mas achei a história, perdão, estória, bem interessante ...
Não sei qual é a veracidade dela, então vou contar EXATAMENTE como a ouvi. Aguardo comentários ....
Tenho um amigo chamado Júlio, que conheço há quase 20 anos (hmmm ... 17 talvez ...) que também tem Dodge (um Charger R/T 78 branco madagascar honesto).
Nos conhecemos na Escola Politécinca da USP em 1989 ... Ele ainda era adepto da gravatinha, tinha um bom Opala Gran Luxo 4100 72. Eu já era discípulo da seita maldita do pentastar ... Ia para a faculdade com um Le Baron 81 marrom avelã, violando absolutamente todas as leis de trânsito possíveis ... Tenho multas antológicas desta época, das quais não me gabo, mas as compreendo ... Níveis de testosterona elevados e mal direcionados ...
O Júlio tinha um amigo chamado Egídio, que foi devidamente rebatizado de Ofídio. Apesar de ser um sujeito muito legal, nunca fui tão amigo dele ... Afinal de contas ele tinha um Maverick GT - e eu não me relacionava com este tipo de gente ...
Nossas conversas só saiam da discussão Dodge x Opala x Magiclick qunado o assunto era Tucker ...
O Ofídio jurava que o tio da mãe dele (tio de segundo grau dele) teve um Tucker desde 0 km. E contava algumas histórias do carro, sempre ratificada pela progenitora do mesmo, mulher muito simpática, residente à uma bela casa próxima da Praça Panamericana, cujo primeiro nome não me recordo, mas o sobrenome era Reuters (igual à agência internacional de notícias - só porisso que eu lembro !).
Bom, o Ofídio se casou, exorcizou-se do enxófrico Magiclick, e eu eo Júlio perdemos contato com ele ...
Eu e o Júlio também sabíamos do Tucker de Araraquara. Então, para nós, haviam 2 Tuckers no Brasil: o de Araraquara e o do tio do Ofídio, que julgávamos desaparecido.
Neste final de semana, um de vós postou o link do site do Tucker que dá o paradeiro de cada um ... E os desaparecidos são poucos ... Hmmmmm .... Alguma coisa errada. Achei então que o Tucker do tio do Ofídio deveria ser o de Araraquara ...
Há 1 hora atrás, liguei para o Júlio e pedi para ele me contar toda a história do Tucker do tio do Ofídio, que relato à seguir, na esperança de que alguém "cruze os dados".
Segundo a Ex-Srta.Reuters (Reuters era nome de solteiro, ela deve estar viva hoje, deve ter uns 60) o tio dela comprou o Tucker provavelmente 0km.
Homem de negócio de sucesso, foi presidente da Belgo Mineira e passava temporadas na Europa. Quando ia para o velho continente, com frequência embarcava o Tucker no navio e o utilizava na sua estadia européia... Naquela época ninguém fazia os bate-e-volta na mesma semana para a Europa, como se faz hoje... E ele desfilava com o carro por lá (dá para imaginar a cena ? Devia causar frisson !)
O homem era solteiro e quando faleceu (segundo informações no início da década de 70) ele não tinha herdeiros... A responsável pelo inventário foi a ex-Srta.Reuters (também não sei se o sobrenome dele era Reuters, ou seja, se ele era tio dela por parte de pai ou parte de mãe).
No inventário constava um Automóvel Tucker 1949, cujo paradeiro físico ela desconhecia. Algum tempo depois, ela descobriu que o carro estava na garagem de uma das casas do tio, sem motor !!!!! O motor, segundo relatos, foi tirado pelo excêntrico tio falecido solteirão, para ser instalado em um barco ! Se chegou a ser instalado ou não, ninguém sabe. A casa onde o automóvel ficou provavelmente era no Jardim Europa, bairro até hoje mais caro da capital bandeirante.
Algum tempo depois a ex-Srta.Reuters, foi até a casa para verificar o estado do carro. Mas o carro já não estava mais lá... O ex-motorista do finado tio tinha se apoderado do carro e vendido!!! Ela não deu a mínima importância, afinal de contas um carro velho 1949 e sem motor... quem iria querer um troço daquele ?
Bom, este foi o relato do Júlio, agora à noite ....
As datas parecem bater, afina de contas o carro foi vendido no começo da década de 70 e o Roberto Lee foi-se em 1975 ... Ainda dá tempo do Matarazzo ter adquirido o carro do tio do Ofídio e vendido ao Roberto Lee ...
Se a teoria do carro ter ido primeiro e o motor ia depois, esta deve ter sido uma das últimas aquisições de Lee, não dando tempo do motor chegar ....
Outra teoria possível é Lee ter comprado o carro sem motor e o Matarazzo ter comprado o motor sem o carro, já que os dois foram separados ainda em poder do tio do Ofídio ....
Outro ponto: quando a ex-Srta.Reuters descobriu que o motorista tinha se apoderado do carro, será que ela passou a documentação ao mesmo ? Uma coisa é não se importar, outra é regularizar a documentação para ele ...
Seguindo a especulação ... Se a ex-Srta.Reuters não passou os documentos para o motorista, e ninguém fez uso de um despachante milagroso (como um de vós aqui referiu-se recentemente), o carro ainda deveria estar em nome do tio da mãe do ofídio !!!! Não faz sentido ?
Bom, sabe-se lá o quanto de verdade tem nisso tudo .... Só ressalto que o relato desta história data da década de 80, muito antes do filme do Coppola (1988) que disseminou o nome Tucker entre os leigos tupiniquins.
Não resisti a contar este "causo" pro cêis... (Badolato, paulistano de 3 gerações, virou caipira!!!)
Gostaria de ouvir a opinião dos senhores...
Abraços,
Badolato
NOTAS
Este “causo” também faz parte do tópico “CAUSOS ANTIGOMOBILÍSTICOS”, neste fórum.
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Guinle - Postado em 14/02/2006 22:35:00 - Forumnow
Bem,
Já que é pra palpitar (ou palpitá -se é pra falar minerês) aqui estou!
A história do Tucker brasileiro é ainda um mistério.
O assunto merece uma profunda investigação, talvez comece por reencontrar o Ofídio, submetê-lo à um interrogatório, incumbi-lo de investigar todo acervo de fotografia da família.
Araraquara? não seria Caçapava- Vale do paraíba?
Eu já ouvi dizer que vieram para o Brasil dois Tucker dos 51 produzidos em 1947/48. Os únicos que saíram do EUA. Um foi para o Rio de Janeiro, o outro foi para São Paulo. O do Rio é tido como desaparecido, já o de São Paulo é o que foi salvo por Roberto Lee. Existe uma fotografia de época, provavelmente dos anos`50, onde aparece um Tucker em meio ao trânsito do litoral santista... certamente é o preto da coleção Lee.
Se o suposto feliz proprietário tinha costume de frequentar as avenidas da praia de Santos, talvez... Mas, embarcar o carro para a Europa? será mesmo?
Se o falecimento do provável proprietário se deu no início da década de `70, é perfeitamente possível cronologicamente ser o mesmo.
Conta-se que Lee era extremamente minuncioso, escrevia tudo sobre o Museu, ou seja, ele resgatava a história com os carros, fazia a história do antigomobilismo e ainda contava detalhadamente. Quem sabe as respostas desse mistério todo esteja escrito em páginas que correm perigo no deteriorado prédio histórico!!
Se para a inventariante o carro (troço) fosse apenas um carro velho de 1949 e sem motor (o que provavelmente era mesmo), o carro e nós -militantes do antigomobilismo- tivemos muita sorte em ele ter sido comprado antes.
Haveria sentido o carro estar em um lugar e o motor em outro?? o motor do Tucker sempre foi dado como roubado! Meu pai esteve no Museu por volta de 1978, infelizmente não tirou fotos, mas relata que haviam muitos carros "alejados", muitas peças estavam sendo roubadas por "colecionadores" que ainda hoje podem ser encontrados no meio... E por aí vai. Comenta-se ainda que certo fulano agenciou muitos carros para exportação.
Hoje, lá está o motor... como? quem dirá? quem sabe algum manuscrito possa esclarecer...
Consta que os carros que restaram foi porque não estavam em nome de Lee (ou não tinha o documento??) os outros foram para o exterior.
Bom, tudo ainda é especulação, são apenas impressões e opiniões totalmente parciais...
Abraços,
Guilherme.
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AGB - Postado em 15/02/2006 04:54:00 - Forumnow
Onde lê-se Araraquara, considerem Caçapava ...
Essa história de embarcar carro para levar para uso na Europa não é tão incomum assim ...
Quando eu era moleque, tinha um portugues dono de padaria, que ao comprar uma Maverick recém lançado, colocou ele no navio e ficou 3 meses rodando com ele em Portugal ... O mesmo ele havia feito anos antes com um Aero Willis ...
Conheço um Magnum 79 em Pernambuco que rodou a França toda ... Dizem existir fotso dele em frente ao arco do triumpho, torre Eiffel, etc ... Nunca as vi, contudo ...
Badolato
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gtx - Postado em 15/02/2006 16:16:00 - Forumnow
das implacáveis nasser's files:
disse-me o roberto, aí pelo início de '70, que teriam vindo dois tuckers para o brasil. mas o registro tucker norte americano indica apenas um. teria sido de um certo jamie gatsnamin ou coisa parecida.
o carro perdeu o motor no caminho - não sei em que parte do caminho. o fato é que foi comprado pelo eduardo matarazzo que antes de 1 970 vendeu-o ao lee - portando um motor cadillac.
não sei se à época da venda o eduardo reteve o motor, ou se o comprou posteriormente. sei que andou empurrando uma lancha veloz. de quem ? não faço a menor idéia. o lee tinha lanchas mas não faria uma canibalização destas. o eduardo ? não creio. ambos tinham noção clara do que seria o antigomobilismo e desde aquela época se dedicavam, com fervor à preservação.
sobre o que ocorreu com os carros do lee deu-se, faticamente, o seguinte: dona maria pia matarazzo, ex-mulher do lee, mãe da única herdeira, solicitou licença a um juiz para retirar do museu em caçapava os carros que estavam em nome de pessoa física.
foram vendidos de imediato. a venda foi pré-negociada com um número de falsos antigomobilistas do nosso conhecimento. os sabidos brasileiros exportaram quase todos os automóveis, o que incluiu um chassi de bugatti que eu havia conseguido a doação, e um de mercedes sssk ( está certo ) que cuidei da solução jurídica para traze-lo da bolívia. foram feitos apenas 8 destes carros e o museu da mercedes não tem idéia de onde foi parar.
dona pia ficou feliz com a venda e os falsos antigomolistas também pelo lucro realizado. os panacas europeus e norte-americanos, compradores vistos como uns bôbos, devem rir até hoje pelo ótimo negócio que fizeram com os sabidos locais.
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AGB - Postado em 15/02/2006 16:37:00 - Forumnow
Nasser,
pelo menos um ponto em comum nas histórias: o motor havia saído para ir para um barco (ou lancha) ... Vou tentar descobrir o nome do tio do Ofídio ...
Abraços,
Badolato - Que anda louquinho para pegar uma carroceria de Democrata... Acho que vou dobrar a dose dos medicamentos ...------------------------------------------------------------------------------------------
Grecco - Postado em 16/02/2006 13:38:00 - Forumnow
Quatro Rodas nº 341 - Dezembro de 1988
Um Tucker no Brasil
O revolucionário automóvel lançado em 1948 pelo americano Preston Tucker morreu numa batalha contra os poderosos da indústria automobilística, mas dos 65 carros fabricados, um chegou ao Brasil. Michel Toulekian tinha 2 anos em 1957, quando seu pai, Agop Toulekian apareceu com um Tucker preto 1948, comprado numa loja da avenida São João, centro de São Paulo.
As pessoas paravam para olhar o Tucker. "Lembro que o velocímetro marcava até 120 milhas (193 km/h) e havia seis saídas de escapamento. Íamos muito com ele para Santos e, uma vez, meu pai arriscou um racha com um táxi na estrada e venceu o percurso até São Paulo em 40 minutos" - diz Michel. O motor não dava qualquer problema, mas a parte elétrica era um mistério: "Os faróis acendiam sozinhos e chegou a sair fogo do painel. Por isso, meu pai vendeu o carro.
Orlando Bombarda, o novo dono, vendeu o Tucker para Eduardo Matarazzo, que o repassou ao colecionador Roberto Lee. Depois, o Tucker foi parar no Museu de Antiguidades Mecânicas, em Caçapava, SP, onde continua até hoje, em péssimo estado de conservação.
Do site www.trombinoscar.com :
" Dos 51 carros fabricados em 1948 ainda restam 48;
Sua numeração de série vai de 1001 a 1051;
O 1018 se acidentou e teve perda total;
O 1021 se incendiou dentro de sua própria garage;
O 1048 foi destruido em Memphis (USA);
22 exemplares estão em museus americanos;
Somente 2 carros estão fora do continente americano:
Um no Japão (1020) que pode ser visto regulamente em eventos.
E outro no Brasil (1035). "
Sds
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gtx - Postado em 16/02/2006 13:57:00 - Forumnow
de cobra e pau
o tucker do lee, comprado ao eduardo matarazzo, é 1 949.
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Guinle - Postado em 16/02/2006 15:05:00 - Forumnow
O.K.
Afinal, chegou-se à algum consenso? os carros que ainda estão no Museu pertencem a quem?
Existe melhores perspectivas para o acervo?
Culturalmente falando, existe possibilidade de se "tombar" o acervo como patrimonio histórico, assim como se faz com coleções de quadros e outras obras de arte ou é um total absurdo eu pensar assim?
Qual seria a melhor proposta para salvar estes veículos?
E o Tucker? qual será o futuro dele?
Abraço.
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Guilherme Lopes - Postado em 28/01/2007 15:05:00 - Auto Diário
Tucker - O final real, não o "alternativo"
http://autodiario.blogspot.com.br/2007/01/tucker-o-final-real-no-o-alternativo.html------------------------------------------------------------------------------------------
Guinle - Postado em 19/03/2007 18:45:00 - Forumnow
Amigos,
voltando ao antigo assunto que, embora fuja ao tópico central Simca, é muito interessante e conta com a permissividade do moderador.
Saiu nesse mês uma lembrança sobre o "Museu" de Roberto Lee na cidade de Caçapava-SP no site "autoclassic.com.br", daí lembrei-me desse tópico.
O ponto forte da matéria são as fotos, para mim que nunca tive a oportunidade de conhecê-lo, achei sensacional!
Infelizmente, ao que parece, esse quadro se arrastará assim, sabe-se lá por quanto tempo... Poder público? Ah...
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gtx - Postado em 19/03/2007 19:41:00 - Forumnow
sobre o bom artigo em autoclassic, um adendo. o saque continua.
o texto informa que a locomotiva que ali havia, e que o lee funcionava com orgulho tocando a sineta e a buzina a vapor, desapareceu. antes, haviam furtado ? roubado ? subtraído ? tudo o removível, até, creiam, as rodas.
tenho fotos de todos os carros, tiradas há uns doze anos. a foto do capeta mostra-o com rodas e pneus velhos, sem calotas. a que tenho, exibe-o com as rodas e calotas cromadas, e pneus cinturato o km.
dizem, alguém que tem a chave do museu, vende peças. até quanto isto vai continuar? até quando se denuncie a herdeira por desaparecimento de bens das quais é cultural fiel depositária. afinal, o conteúdo do museu é tombado pelo governo de sp.
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Grecco - Postado em 20/03/2007 11:15:00 - Forumnow
Que outro comentário eu poderia fazer além de "Lamentável".
Agora, pergunto, afinal de contas quem é responsável por tudo isto?
É a herdeira, que se não me engano já foi inclusive defendida e louvada neste mesmo sítio em outro tópico?
Quem tem a chave e o acesso livre?
Já vi vários comentários em outros fóruns a respeito deste assunto, mas até hoje não vi ninguém (pessoa física, jurídica ou governamental) que tivesse peito para tomar providências. Enquanto as coisas continuarem sem responsável direto não se pode cobrar nada de ninguém, e logo nada mais existirá para contar a estória, os culpados sairão impunes o acervo será delapidado e os únicos beneficiados serão aqueles que obtiveram lucro com a venda do acervo e os que compraram a memória nacional a preço de banana.
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VIRGILEXNER - Postado em 26/05/2007 01:51:00 - Forumnow
Olá pessoal ,
Meio atrasado por motivos técnicos, pois meu PC se negou a obedecer à ignorância informática do patrão, achei muito interessante essa conversa sobre o nosso Tucker.
Vai que fiz minha primeira incursão " nacional" em 1976 , quando da inauguração do CAAMP de Curitiba, onde ainda havia imenso estado emocional devido ao destino do pioneiro Roberto Lee.
Por conversas doa "mais antigos", também ouvi a respeito de um segundo carro a aterrar nestas paragens , talvez coincidindo com as confusas origens do carro ou dos carros.
Até aí ,em nada posso ajudar senão nas suposições da época.
Mas o que me deixou bem ligado foi a relação de países onde se abrigariam os remanescentes.
Pois, quanto ao que está no Japão, por ter sido o primeiro que vi, na primeira viajem que fiz à Meca de Hershey e, ao primeiro leilão que assisti, por tudo isso me traz muito boa lembrança.
Vi e fotografei o carro 1020 na passagem pelo martelo, um de outros azuis metálicos, naquele espetáculo Disney que são esses acontecimentos por lá.
E, sim, se falava que comprado por um Japonês, e não quero ter me enganado, pelo valor de U$ 320.000,00.
No murmurinho após a gritaria (porque parece leilão de gado) me esgueirei pelo meio das "arquibancadas" e ouvi um comentário de que, em 1987 aquele mesmo carro não valeria mais de U$ 80.000,00.
Pois é , estávamos no leilão do Omar Landis , em 28.09.1989, Lancaster , Penn., USA.
Verdade é, aquilo tudo foi um pós graduação! Ninguém volta de lá igual!
Um tradicional companheiro de viagem , na volta e ao passarmos pelo freeschop do aeroporto de Guarulhos , me disse "será que tem machadinhas aí ?...porque tenho vontade de picar todos meus carros"...
Gratos pela atenção, vocês todos
Simcalement TATO
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Guinle - Postado em 26/05/2007 19:27:00 - Forumnow
Hershey? Vontade. Um dia certamente.
320.000U$, em tempos de Real super valorizado, 640.000 por cima.
Muito interessante o testemunho.
Abraços,
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OC LynX - Postado em 28/05/2007 13:22:00 - Forumnow
Vi as fotos do site e quero conferir com as fotos que tenho do Capeta, pois estão no HD do pc antigo do qual o backup ainda não foi feito.
Que procedimentos pode-se tomar a respeito do museu?
Quanto ao Tucker, não entendi direito: atualmente porta o motor original?
Boa tarde!
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8ba - Postado em 01/06/2007 09:02:00 - Forumnow
LynX,
melhor um motor de Subaru (by Carlo Chitti) turbo com 320 HP
Aí seria mesmo um "Torpedo"
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Guinle - Postado em 20/07/2007 20:39:00 - Forumnow
Turma, ontem tive de ir à Bragança Paulista mesmo estando em férias, e por esse motivo, na volta dei uma desviada à Caçapava.
Tremenda judiação. O galpão principal estava trancado à sete chaves. As entradas foram fechadas com muros, novos. Todas as janelas lacradas. Só pude ver pelo buraquinho da fechadura. Tudo escuro. O Chevy'38 e o Stud'56 lá no escurinho, sepultados. O telhado já está muito ondulado, não aposto que durará muito tempo. bastante peso de vegetação sobre ele.
A locomotiva ainda etá lá no terreiro, em meio há uma fábrica de blocos que agora lá funciona. Podre.
Em um galpão secundário, também lacrado recentemente, existe uma portinha quebrada na lateral. A prudência mandava não entrar por causa do telhado, mais "feio" que o principal. Local úmido, sem ventilação, sem sol. Dá até um calafrio, principalmente pelas imagens: Um Cadillac prêto, 57(?) meio enterrado com seus antigos pneus faixa-branca no barro seco. Capô afundado por vandalismo, parabrisas quebrado... pior que a cena é a estória que passa pela cabeça da gente, de estar visitando o berço do antigomobilismo no nosso país, fazer projeções inúteis de o que foi,o que podia ter sido, e o que poderia ser. Um Chevrolet 49 ao lado, teto amassado à toa. Uns outros escombros ao lado onde não me arrisquei me aproximar muito, lugares assim são bons refúgios aos peçonhentos. Um outro Cadillac 49 fleet line (ou sedanete) com o teto muito amassado. Uma frente de Cadillac encostada na parede, um outro esqueleto de carro que não consegui identificar. Tudo uma lástima.
No galpão da entrada, metade do teto havia caído. Pela fresta do portão, Cadillac 41 e umas outras coisas sob o teto desabado. Fui atrás do Tal que possui as chaves para agendar uma visita, não quis me receber. E ficou nisso.
SIMCA TEMPESTADE