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Sempre achei incrível esse carro, feito pelo Breno Fornari no fundo do pátio da revenda Simca SABREN de Porto Alegre, em 1967, para participar das Mil Milhas Brasileiras. Segundo informações do Alexandre Fornari no Blog do Flavio Gomes, a Base foi o assoalho de um Simca Tufão, que depois recebeu partes do recém lançado Simca Regente . O Motor era Motor Emi-Sul, com 4 carburadores dfv. O cambio tinha três marchas mais a "6M" da simca. Pesava 900 kg e comprimento era de 4.05 cm, portanto mais de meio metro menor que o Regente de fábrica. Consta que breno descomprimiu o Emi-Sul para maior durabilidade, e que tinha cerca de 180 CV. O Carro foi resgatado no Interior do RS e restaurado em 2005. Se alguém tiver fotos, por favor, poste!
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sexta-feira, 31 de agosto de 2007Trinta e cinco era o número da sorte de um consagrado piloto, muito querido por todos e que infelizmente nos deixou hoje, pra acelerar fundo por outras bandas.
Breno Fornari, morreu aos 84 anos, em Porto Alegre. Nesta sexta-feira será realizada uma pequena cerimônia de despedida e o piloto será cremado às 21 horas no Crematório Metropolitano.
À família Fornari, os sentimentos pela perda.
Postado por Leandro Sanco às 12:20 | 31/08/2007Blog do Sanco
Automobilismo no Rio Grande do Sul. Histórias, personalidades e o que vier pela frente.
SIMCA TEMPESTADE
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Postado por Leandro Sanco no Blog do Sanco
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
A última Antoninho BurlamaquiExcelente contribuição do Alexandre Fornari sobre a participação de seu pai na última prova Antoninho Burlamaqui, em 1968.
"Em 1968, isto é, um pouco mais de quarenta anos atrás, acontecia a última Prova Antoninho Burlamaqui, uma das mais tradicionais corridas que tinha seu percurso entre Porto Alegre – Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul.
Sua origem remonta os anos 30, com as primeiras corridas realizadas até o litoral norte. Em 1952, durante o Circuito do Atlântico Sul, em um grave acidente próximo a atual praia de Santa Terezinha, viria a falecer o piloto Antoninho Burlamaqui. Em sua homenagem, as demais provas realizadas receberiam seu nome em justo tributo. A Primeira edição aconteceu em 1953 com a largada em Caxias do Sul e sua bandeirada final em Capão, e seu vencedor foi Diogo Ellwanger. A partir de 1954, o percurso se fixou entre Porto Alegre e Capão até sua última edição realizada em 11 de Fevereiro de 1968, sendo sua XIII° edição. A corrida foi realizada na velha ligação para o litoral via RS-030 e teve como vencedor o piloto paulista Luis Pereira Bueno, pilotando um Mark I, carro da equipe oficial da Willys. Contudo o destaque maior ficaria para o piloto gaúcho Breno Fornari, o melhor colocado nesta prova conquistando um 3° lugar. Breno conduziu heroicamente o seu Protótipo Chrysler Regente Sabren de número 35 com sérios problemas no motor apresentados desde sua passagem por Gravataí.
Até hoje, as competições que rumavam ao litoral, marcaram em muito a memória de várias gerações. Principalmente os grandes pegas inesquecíveis entre grandes nomes da época, destacando os irmãos Andreatta, José Asmuz, Raffaele Rosito, Breno Job Freire, Ismael Chaves Barcellos, Henrique Iwers, Raul Fernandes, Aristides Bertuol, Haroldo Dreux, Aldo Costa, Bica Votnamis, Bird Clemente e outros valorosos pilotos que registraram seus feitos nesta página memorável do Automobilismo Gaúcho, de Grandes Corredores e suas maravilhosas máquinas de corrida.
Alexandre Fornari - Guaíba /RS"Abaixo três imagens que ajudam a ilustrar a prova e o grande piloto, Breno Fornari.
Na primeira, Fornari ultrapassa a Corvette de Bica Votnamis. Nota-se a presença no banco de co-piloto, do Cinegrafista da TV Gaúcha Telmo Cursio, com uma Câmera 16mm, gravando a corrida.
Chegada em Capão, próximo à atual Avenida Paraguassu.
A volta do Protótipo Chrysler Regente em foto no Parque da Redenção em Porto Alegre, durante largada do Rallye para Carros antigos em 2007.
Essa foi a última foto de Breno junto do "Boca-de-Bagre", de sua criação.
Valeu, Alexandre!
Nota: Outras fotos do Breno e do seu 35 no tópico "Fotos e Videos de Competições".
SIMCA TEMPESTADE
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O texto do Alexandre fala por si. E as fotos. Simca ultrapassando Corvette Cinegrafista dentro do carro. É por isso que o pessoal que viveu essa época tem tanta saudade.
Rui, ainda bem que o Toco não aparece por aqui, porque com certeza não ia gostar de ver essa bela capa com o Jaime Silva.
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artigo publicado em Auto & Técnica. Mando o texto. Fotos após. Está no livro inédito.
Não se volta quando a meta é a estrela texto: Roberto Nasser
fotos: Arquivo e Alexandre Fornari
A frase, do gênio renascentista Leonardo Da Vinci, tem sido o lema do "Carro do Brasil", o pioneiro encontro restrito e valorizador dos carros nacionais antigos. Contém o brilho davinciano, sintetizando universos em poucas palavras. Seu espírito é conhecido de todos os que perseguem objetivos, independentemente das críticas, das impossibilidades, das dificuldades graciosas por ignorância, inveja, negativismo. Mas quem olha a estrela não se perde na lateralidade das críticas, nos conselhos para desistir. Olha para cima – e sobe.
Sonho é o impalpável combustível que alimenta o algo mais dos mortais. O dar forma à matéria que poucos vêem no processo, mas se extasiam com o resultado.
Frase e raciocínio vieram-me à cabeça ao ler o correio eletrônico do Alexandre Fornari. Professor em Canoas, beiradas de Porto Alegre, entusiasta de tudo o que fez e faz seu pai, o famoso e hoje octogenário Breno Fornari: no texto dividia com os amigos a satisfação de ter reconstruído o famoso Protótipo Regente 35.
"Da busca, salvamento e reconstrução do Protótipo Regente 35"O automóvel fora construído por Fornari pai no final da década de ’60, e estava desaparecido há três décadas, quando vendido a um piloto uruguaio.
Construtivamente utilizava como base um Simca Regente, versão mais leve e menos equipada que o então luxuoso Esplanada. Fornari era dono da SaBren - como o nome diz, serviço autorizado Simca na capital gaúcha. Competidor com a marca desde o seu surgimento no Brasil, em 1959, e autor de modificações nos Simca Chambord, de tal maneira positiva que posteriormente foram adotadas pela montadora, e a aproximação desaguou na nomeação.
A tecnologia de preparação que desenvolveu, gerou muitas vitórias e boas participações locais, regionais e nacionais com seu Simca, marcado pelo número 35, e permitiu a coragem de construir um protótipo para enfrentar a leva de automóveis de corrida desenvolvidos na fase marcada pelo fechamento das equipes oficiais de competição das fábricas, e a decisão de retirar de competição os carros de turismo, substituindo-os pelos desenvolvidos especialmente para as corridas. Era a época dos protótipos, mesclando novos padrões de construção, como chassi de produção própria e motorização nacional ou estrangeira. Tempo do Willys e depois Ford Bino, dos Fúria GT, do VW Fittipaldi com dois motores, e muitos outros.
Partiu do Regente. Decisão razoável, Fornari era o piloto particular melhor sucedido com a marca; o motor EmiSul, com válvulas deslocadas para o cabeçote sinalizava um enorme potencial de desenvolvimento, e um grande desafio: fazer motores com performance e resistência. Poucos meses antes, em última performance - ou na performance que a encerrou - a Equipe Simca, com cinco Chambord EmiSul tivera problemas com os dois conceitos durante a disputa de uma prova dura, o "X Grande Prêmio da Argentina", rallye em estradas de terra, com dificuldades africanas.
Legenda 1: Simca Regente
Prático em suas formulações, Fornari adotou, no geral, a fórmula conhecida nos anos ’60 na ponta da América do Sul: a construção de "carreteras". No caso dos veículos nacionais, era manter a carroceria visualmente identificável, porém reduzindo seu peso permitindo ao motor bem preparado conseguir bons resultados em aceleração e velocidade final. Diz o folclore da época ter sido num papel que pouco antes embrulhara pão, que o conceito e as primeiras propostas foram riscadas.
Do desenho ao alinhar o nascente automóvel para a largada nas "1.000 Milhas Brasileiras" no autódromo de Interlagos, SP – a mais famosa corrida de resistência no país– gastaram cerca de 50 dias. 44 para transformar o risco no papel de pão num automóvel de ótimo rendimento e aparência.
Partiu do Regente. Menor. Os 4,72 m foram reduzidos para 4,05 m – tamanho de um Brasília - com a distância entre eixos – quase 2,69 m – encurtada para 2,15 m. A redução exigiu suprimir as portas traseiras. O teto rebaixado, e muito peso aliviado. Na dianteira, uma visão gaúcha das "berlinettas" italianas daquela época. A forma final lembrava, em ponto maior, um GT Malzoni, síntese nacional daqueles conceitos. Faróis recuados, invaginados por cobertura plástica. À frente, uma grande tomada de ar elipsoidal. Chegaram aos 900 kg, contra quase 1.300 kg originais.
Câmbio de três marchas, reduzida elétrica transformada para acionamento mecânico, dava ao carro adicionais três meia-marchas, de grande valia caso o piloto soube-se utilizar o curioso aparato – e era o caso.
No motor, as mágicas de Fornari. Uma delas, a usinagem excêntrica das bielas e do virabrequim, modificando o curso e a área de passeio dos pistões dentro do bloco. Era um motor EmiSul, de 1966, portando as novidadosas válvulas no cabeçote. Fornari descomprimiu-o, aliviou as pressões internas provocadas pelos 9,3:1 de taxa de compressão original. Apostava na resistência. Ainda assim, alimentado por quatro carburadores DFV 446, montados em coletor feito em casa, em chapa de aço, supridos por duas bombas elétricas para gasolina fazia, segundo Breno 200 cv de potência – mais que os carros preparados pela Equipe Simca no X GP da Argentina, destruidor de carros e de sonhos. Breno acreditava no potencial do motor porém optou pela descompressão para conseguir resistência e durabilidade na extensa e quebradora prova.
A construção envolveu o universo em torno de Fornari, líder nato, um sedutor de pessoas em torno da idéia das corridas de automóvel. Há a se lembrar, apesar das 1.000 Milhas serem disputadas em S Paulo, os mais fortes concorrentes eram os gaúchos, incluindo Fornari, vencedores de algumas edições. Não se construía apenas um automóvel produto do gênio fornariano. Criava-se um ícone estadual, automóvel para alinhar contra os Bino e Mark 1 da Equipe Willys, os GT Malzoni que pertenceram à recém desfeita Equipe Vemag, Karmann-Ghia Porsche da Dacon, e competidores portugueses com Lotus Europa, Ford Cortina e Porsche 914.
Deve-se considerar um dado singular. Normalmente a construção das "carreteras" tomava como base um veículo usado, desgastado, apto ao sacrifício e às mudanças irreversíveis para as novas morfologia e finalidade. No caso do protótipo Regente, o processo foi diferente: Fornari tomou um automóvel O km e saiu a retirar latas, equipamentos, cortar, soldar, reduzir. Um processo caro. Custou, então, 30 mil moedas da época – num comparativo, mais que um novidadoso Ford Gálaxie; duas vezes um GT Malzoni; 20% superior ao FNM Onça, então o automóvel mais caro e exclusivo do país.
Em rápido teste, dia 23 de novembro de 1967, na estrada RS 030, de Porto Alegre a Capão da Canoa, o motor engoliu o velocímetro: chegou à faixa vermelha em velocidade máxima – acima dos 200 km/h. Era rápido e forte.
Muitas corridas e a última na inauguração do Autódromo de Tarumã, RS, onde fez sensação como automóvel derivado de carro de turismo, andando à frente ou embolado com outros, construídos como carros de corrida, com suspensões adequadas, motor entre eixos, como o Bino e os Fúria GT, e produtos de outra geração, como os Opala. Logo em seguida, a decisão de parar de correr com a marca, a venda ao piloto uruguaio e o total desaparecimento.
Legenda 2*: O protótipo em Tarumã, 1970, à frente do Bino 47 e do Fúria Alfa. Terminou em 9º lugar.
Fênix VermelhaAposentado das corridas, Fornari nunca se retirou do automobilismo. Preservou sua história e no aspecto de físico restaurou sua "carretera" Ford, da fase pré-Simca. Alexandre refez um dos Chambord 35 – é o Simca mais abusado que já vi e ouvi funcionar. Disseram-me há alguns anos desejar localizar e preservar o protótipo Regente.
O sonho tomou densidade em 2000 num encontro de veículos antigos em Livramento, fronteira com o Uruguai. Fornaris pai e filho ouviram da existência do carro. Que teria estado, ou estava na cidade. Dois anos da seara conhecida por todo perseguidor de automóveis antigos – dúvidas, informações erradas, outras totalmente desencontradas, referências infundadas, decepções, raivas, tempo perdido - chegaram ao carro. Aliás, ao que restava dele. Bom percentual havia desaparecido. Parte do alumínio que compunha a frente, desaparecera, possivelmente vendida a peso.
Se para gente normal tais restos eram desanimadores de qualquer projeto, para os Fornari funcionou como uma enzima do bem. Pai e filho tem uma sinergia mágica, uma energia sensível os conecta. Entendem –se por olhares, dividem as frases em dois. Decidiram imediatamente, o que já haviam decidido há muito tempo. E do limão fizeram uma limonada. Como explicou Alexandre: “ – Se em 1967, de alguns rabiscos saiu um protótipo, agora, com 40%, porque não reconstruir o velho Regente ? Não deu outra. “
Desta vez a empreita ultrapassou os 44 dias. Não era a criação de um automóvel, com peças novas na prateleira e no estoque, mão de obra na oficina, amigos donos de retíficas de motores aptos a apostar nas criações e invenções de Fornari. Tempos outros. À época da construção Breno tinha 45 anos. Na reconstrução, 77. Desapareceram a marca e sua oficina especializada, as peças. Boa parte dos companheiros então envolvidos já se fora. Nas retíficas, a mão de obra é outra. Hoje, refazer um motor de EmiSul e acertar seu balanceamento – o que a Simca não conseguiu à época – é de tal monta que, se o mitológico Hércules fosse chamado à empreita, seria o 13o. dos seus famosos trabalhos ...
Breno e Alexandre atraíram dois amigos à empreita. Pedro José Klagemberg e Bonadarque Rodrigues. Um, hábil costureiro das peças remanescentes e fazedor das partes de ligação. Outro, incurável apaixonado pelos carros Chrysler – à época em que Fornari construiu o Protótipo Regente, a Chrysler havia recém adquirido e assumido a Simca no Brasil. Assim, os primeiros carros Chrysler no Brasil, Esplanada, Regente e o GTX, eram de origem, Simca.
No mesmo local de criação, o fundo da oficina Fornari, no miolo da Avenida Farrapos, em Porto Alegre. Novas técnicas, novos materiais, e paixão comum pelo resgate de um importante pedaço do automobilismo nacional, a volta ao envolvimento de Breno com as corridas, a reconstrução do velho Regente ofereceu resultados superiores ao modelo original. Visualmente é o mesmo automóvel, mantendo as rodas em ferro, de aro 15”, talas finas como então. Conserva a pintura vermelha, o mesmo número, o grafismo dos patrocinadores da época, incluindo a oficina.
No final do ano passado, num "rallye" de veículos antigos, as "100 Milhas de Guaíba", RS, o vermelhinho 35 alinhou novamente, mais de 30 anos após sua última corrida. Breno e toda a família cercados de carinho e emoção de amigos, conhecidos, gente que reverenciava a chama do agora idoso campeão. O resultado seria irrelevante, mas foi o 2o. lugar.
História e sonhoMais importante, entretanto e acima de tudo, é a coragem da ação, o esforço para refazer um veículo, idéia superior a um simples e velho bem econômico de transporte, mas uma referência viva de tecnologia das corridas dos anos ’70.
Não se volta quanto a meta é a estrela, escreveu Da Vinci. Os Fornari não voltaram e chegaram à sua estrela. Sonhos alimentam a alma – e no caso salvam a história.
Relato fotográfico da recuperação
( Breno Fornari passou, pouco depois. Esperavam-no para uma prova em estrada e, ante a demora do velho campeão, foram procurá-lo. Apressado, partira antes ... )
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BLOG DO SANCO - SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013
SIMCA REGENTENão tinha como não acertar, afinal aquela foi uma das poucas provas (senão a única) daquele Simca Regente branco #35 do Breno Fornari no Tarumã. A imagem do último Desafio mostrava uns quantos carros contornando a Curva do Laço, na prova principal da programação inaugural do autódromo de Viamão.
O carro era o mesmo que dois anos antes protagonizou o famoso acidente no muro da Delegacia de Polícia da Avenida Wenceslau Escobar, quando disputava a prova 500 km de Porto Alegre no dia 11 de Agosto de 1968.
Fornari competiu com este carro até 1971. Sua última apresentação foi na prova Grande Prêmio Internacional de Tarumã no dia 30 de Maio.
A imagem do Desafio mostrava ainda os Pumas #46 do piloto paulista Freddy Giorgi e o #48 do também paulista Angi Munhoz, um Simca, que provavelmente era o #85 do Afonso Iglesias, um VW, que creio que possa ser o #8 do Lino Reginatto (puro chute) e um tal paralamas.
O meu amigo Carlos "Catô" Belleza lançou um outro desafio em meio a este, mas seria muito difícil tentar aqui dar um parecer, afinal o paralama traseiro do carro que ia logo à frente do #35 aparecia muito pouco. Mesmo assim, foi levantada a hipótese de ser o Simca #87 do José Madrid. Será? Fui buscar uma imagem daquele mesmo dia onde aparece esse carro. É difícil confirmar.
Bom, as imagens me foram gentilmente enviadas pelo Alexandre Fornari, que cuida com todo o carinho do acervo do seu saudoso pai. Seguidamente é possível encontrá-lo em alguma exposição de carros antigos, divulgando a memória do Seu Breno.
Fiquem com mais outros registros do Regente #35 no dia da inauguração do Tarumã.
Olhando com atenção a última imagem, percebe-se que o Simca de Fornari, que aparece seguindo o "Chico" Feoli, estava com a frente inteirinha para os treinos. Nas demais, onde é possível vê-lo na pista, nota-se que Seu Breno havia provavelmente dado uma encostada nas latas com a lateral dianteira direita.
Fonte das imagens: arquivo Alexandre Fornari.
SIMCA TEMPESTADE
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Blog do Passatão - Automobilismo Gaúcho por Niltão Amaral, 14-02-2014
Imagem mostra ângulo inédito da batida de Breno Fornari na delegaciaÂngulo inédito da pancada de Breno na delegacia
Uma relíquia da história das nossas carreras, vinda dos arquivos de um dos grandes heróis dos primórdios ao automobilismo gaúcho. A imagem acima mostra um ângulo inédito (pelo menos eu nunca tinha visto) de um dos episódios mais famosos da época das corridas de rua: a pancada de Breno Fornari na delegacia da Tristeza, durante a prova 500 km de Porto Alegre, realizada no Circuito da Pedra redonda, zona sul de Porto Alegre, em 1968. Ao escapar, seu Breno deu "PT" na sua Simca.
No carro, o tradicional #35, o patrocínio SABREN, revenda Simca que pertencia à família, e a inscrição "Breve... (no autódromo)", que já fazia alusão à construção de Tarumã, primeiro autódromo do estado, que foi inaugurado em 08 de novemnbro de 1970. Aquele foi o último ano em que as corridas de rua aconteceram, proibidas pelo governo devido aos acidentes fatais, principalmente atropelamento do público. Apesar disto, era uma época romântica, na qual a havia mais envolvimento, e a massa tinha paixão pelas corridas.
Breno Fornari (direita) junto com o filho Alexandre, em 2006, no mesmo local
A imagem foi publicada por Alexandre Fornari, filho de Breno, juntamente com a imagem acima, que o mostra no mesmo lugar da pancada, em 2006, durante um encontro que reuniu antigos carros de competição. Os irmãos de Alexandre, "Neco" e "Nêne" Fornari também vieram a ser grandes nomes do automobilismo.
Breno Fornari, ganhador da I Mil Milhas Brasileiras, em 1956, entre outros feitos, faleceu em 2007. Tive a honra de conhecê-lo na prova I Subida da Boróssia, em Osório, da qual participei com o Passat Canhão, ainda de rua, pouco antes da sua partida.
Nosso agradecimento ao Alexandre por cuidar tão bem destas importantes lembranças. Feliz do povo que preserva a sua história e enaltece seus heróis!
Imagens: Arquivo pessoal/Família Fornari
SIMCA TEMPESTADE
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Hoje foi um dia especial .Estava eu me desviando de um asfaltamento improvisado ,pré copa e me deparei com uma Retifica antiga ( redundancia ) chamada Pampa.Ato continuo ,atravessei a rua e procurei o cidadão mais antigo para perguntar por peças de Simca e surpresa:o Sr Sergio ,foi um dos que ajudou o lendario Breno Fornari a trabalhar o virabrequim para tirar mais potencia do Aquilon e no fim ajudou a criar o motor Tufão .( me certifiquei com o filho meu xara pelo FB)
Cabeça branca ,oculos de grau ,com recortes de jornais e revistas na parede da epoca..
Como dizia um conterraneo ,saí da rua para entrar na Historia .
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está correto. em entrevista o breno me disse ter re usinado os mancais do virabrequim conseguindo mais curso. a partir desta solução e de outras aplicadas ao pioneiro 35, a simca - leia-se a área de desenvolvimento com jaime silva e turma - desenvolveram o motor tufão.
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São essas "pequenas" coisas que, nesta vida cada vez mais díficil, nos fazem ter momentos de satisfação: um obstáculo levando-o a um lugar, a intuição fazendo-o parar e conhecer alguém que, não sendo famoso nem celebridade, criou soluções que beneficiaram a muitos. Bela história, Alemão!
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alexandre,
seu pai foi muito mais que um grande piloto. diria, um pesquisador com base técnica, conseguindo otimizar e fazer render os motores simca em níveis superiores ao fabricante. a preparação do protótipo regente, como me descreveu na ocasião em que estivemos juntos e fomos a viamão, é uma aula de bom senso.
assim, diga, quais eram os "sérios problemas com o motor"? admiração nasser
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Nasser, sem querer parecer muito chato, não seriam os moentes do virabrequim?
Alemão, fantástico isso. Por que você não coloca no papel ou grava uma entrevista com esse sujeito? O papel dele na história da Simca foi importante demais e até agora era um desconhecido para todos nós.
Quem sabe esse cara não iria no nosso evento em Poços de Caldas?
Essa ideia de aumentar o curso do virabrequim foi fundamental para o motor melhorar bastante em termos de torque e potência.
Alemão, já não seria a hora de convidarmos o Breno e o Alexandre para o nosso evento?
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Marcelo ,o Breno como voce sabe e falecido ,mas o filho dele ( que esta inclusive com os carros ) Alexandre eu tenho falado seguidamente e ja o convidei ,ainda nāo me deu resposta .
Boa ideia de fazer uma entrevista com o Sr Sergio ,guardar a memoria da Simca enquanto ainda se pode ouvir da boca dos protagonistas .
Depois deste 1 encontro ,estive la novamente para pedir umas dicas e ele estava com uma fratura na cabeça do femur ,sentado trabalhando normalmente ,enquanto aguardava uma cirurgia ....
Me mostrou RX de outras 2 que ja tinha feito ,sem nenhuma queixa ,bola para frente .
Que espirito .....
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Bola fora minha. O Alexandre até tinha entrado em contato comigo há algum tempo e conversamos sobre isso. Tô queimando óleo 90!
Um sujeito com um espírito desse, olha, quem sabe o sr. Sérgio encara. Leva o seu Simca para ele dar uma volta e se animar.
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Alemão e Marcelo, falem com o Alexandre Fornari; talvez ele consiga um patrocínio e traga os carros do Breno até São Caetano.
SIMCA TEMPESTADE
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Boa ideia. Vamos ver se o Alemão fala, tem mais contato do que eu e está mais próximo.
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o mercado de transporte de automóveis está na mesma situação da venda de automóveis. ou seja, como se diz no goiás, mais por baixo que bunda de sapo sentado ...
assim, custos não devem ser elevados, e com a vantagem de serem ponto a ponto.
marcelo, tem razão. são os colos onde vão as bielas. interessante este sérgio confirmar a história do aumento de cilindrada, pois a simca dizia ter sido sua a criação.
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